martes, 30 de abril de 2013

Perfídia (13) - Altemar Dutra

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Seguindo, hoje cabe a Altemar Dutra interpretar a música mais tocada do mundo.



Praça Clóvis

Na postagem anterior, vimos que Luciano ensaiava Praça Clóvis com Mateus do Pinho, depois o chargista Fausto lembrou o samba na homenagem que prestou ao grande Paulo Vanzolini. Ora, pois: unimo-nos às homenagens.

Aí vai, com Tião Preto.


A Revolta dos Tatus, n'A Charge do Dias

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Os boêmios do Botequim do Terguino são uns caras engraçados. Hoje, por ser véspera de feriado, estão desde cedo numa felicidade que só vendo. Como se trabalhassem... O Contralouco tinha uma razão a mais:

- Atolei naquele leão punguista, o mão-de-gato vai ter que me restituir o que me tomou na fonte".

À noite terão cantoria, vão longe. Mateus do Pinho e Luciano Peregrino ensaiavam no canto do bar, Luciano lá entoando "Na praça Clóvis, minha carteira foi batida...", deverá ser o ponto alto logo mais. Ontem arriscaram, com pouca gente no bar, mas Luciano reclamou que sem ensaio não dá. 

O churrasco de amanhã, com os tradicionais festejos do povo do Beco do Oitavo, em comemoração ao dia dos que sustentam os parasitas, parece que sairá numa das ilhas, ainda não sabemos.

Começaram por escolher uma obra que alude ao grande Paulo Vanzolini. Não se cansam de brindar ao ídolo que partiu. A doce homenagem é do Fausto, do Jornal Olho Vivo (Guarulhos, SP).



Clóvis Baixo pediu a palavra e defendeu a eleição da obra que aponta.

- Em Londrina, lindíssima cidade paranaense, começou a Revolta dos Tatus, por enquanto com uma manifestação isolada. Logo todos colocarão as suas armaduras e sairão atrás do Puteco, o que cara que inventou o ridículo nome do mascote da seleção, como dos larápios da CBF, pretendem convidar o Romário para ajudar na revolução.

A obra do M. Jacobsen foi eleita foi unanimidade.




Como não resistem em desprezar criminosos, se vieram também com a obra do Nani.




Miss Leila Ferro ficou com o Duke, de O Tempo (Belo Horizonte, MG).



 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram  no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

Alexander Alekhine Memorial

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Hoje tivemos a penúltima ronda do Alekhine Memorial, torneio que reúne dez dos principais enxadristas do mundo. Os combates de ida se feriram em Paris, nas dependências do Museu do Louvre, e os de volta se ferem no Museu da Rússia, em São Petersburgo.

Não poderia ser mais emocionante: faltando somente uma ronda, cinco dos participantes possuem chances reais de vencer. 

Boris Gelfand (Bielorrússia) está isolado na ponta, com 5 pontos, somente meio ponto à frente de Michael Adams (Reino Unido), Levon Aronian (Armênia), Viswanathan Anand (Índia) e Maxime Vachier-Lagrave (França), com 4,5. 

A tabela de classificação segue com Nikita Vitiugov (Rússia) e Laurent Fressinet (França), com 4, estes com mínimas possibilidades de chegar ao topo, empatados em pontos com outros. Depois Vladimir Kramnik (Rússia), com 3,5; Ding Liren (China) com 3 e Peter Svidler (Rússia) com 2,5.

Só Gelfand depende exclusivamente de si mesmo, bastará vencer amanhã. Gelfand que foi o desafiante ao título mundial em maio de 2012, onde não logrou êxito diante do campeão mundial Viswanathan Anand. E é o próprio Anand quem estará em sua frente, de negras, na última ronda do Alekhine Memorial. 

Os confrontos de amanhã:

Round 09 – May 01 2013, 14:00h (7:00h em Brasília)
Peter Svidler2747
-
Laurent Fressinet2706
Boris Gelfand2739
-
Viswanathan Anand2783
Michael Adams2727
-
Vladimir Kramnik2801
Nikita Vitiugov2712
-
Ding Liren2707
Levon Aronian2809
-
Maxime Vachier-Lagrave2722

Inúmeros sites transmitem em direto, temos acompanhado por AQUI.

Quem viver, verá.

Enquanto os nervos afloram em São Petersburgo, o búlgaro Veselin Topalov retorna às manchetes com toda a pompa, ao vencer hoje, invicto em onze rondas, o Grand Prix de Zug, na Alemanha, diante de adversários tão temíveis quanto os que estão na Rússia.

P. S.: Como se sabe, somente Levon Aronian venceu no dia 1º de maio, se quedando igualado em pontos com Gelfand. Aronian foi declarado campeão já pelo primeiro critério de desempate (maior número de vitórias).

            

lunes, 29 de abril de 2013

Declagação de renda, n'A Charge do Dias

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Marquito Açafrão e Wilson Schu jogavam xadrez no botequim, um final complicado de uma Siciliana. Toda a turma acompanhava, atentos, em silêncio sepulcral, como é de lei. Clóvis Baixo entrou no bar e sentou-se com eles. Acompanhou o fim da guerra, onde depois dos últimos peões eliminados restaram Rei, Cavalo e Bispo contra Rei, aí Marquito não teve dificuldades para cercar o Rei negro no canto, com o método dos triângulos. Acabada a partida, Clóvis falou:

- Desconfio que a Virgínia anda querendo me dar uma letra, acho que por causa de ontem à noite, quando tomei todas e me meti a fazer strogonoff de filé, a irmã dela estava nos visitando. Nem foi pelo campo de guerra - como ela diz - em que a cozinha se transformou, é que andei misturando os ingredientes e a comida saiu um mingau com gosto de vodka. Pediram pizza por telefone, enquanto eu pegava no sono lá no quarto. Olhem o que ela deixou em cima da mesa hoje, antes de sair para o trabalho, vou ler pra vocês, o Poema do Bêbado.

Eu tinha lá em casa dez garrafas de cachaça da boa, mas minha mulher obrigou-me a jogá-las fora.
Peguei a primeira garrafa, bebi um copo e joguei o resto na pia.
Peguei a segunda garrafa, bebi outro copo e joguei o resto na pia.
Peguei a terceira garrafa, bebi o resto e joguei o copo na pia.
Peguei a quarta garrafa, bebi na pia e joguei o resto no copo.
Peguei o quinto copo, joguei a rolha na pia e bebi a garrafa.
Peguei a sexta pia, bebi a garrafa e joguei o copo no resto.
A sétima garrafa eu peguei no resto e bebi a pia.
Peguei no copo, bebi no resto e joguei a pia na oitava garrafa.
Joguei a nona pia no copo, peguei na garrafa e bebi o resto.
O décimo copo, eu peguei a garrafa no resto e me joguei na pia.

- No finzinho o PS: Meu querido, na próxima vez comece pelo fim.

Os empinantes estão rindo até agora, não ficam nem vermelhos.

E se vieram com as charges, possuem muitos créditos com a Leilinha. Estranhamente, hoje, além dos ladrões, incluíram futebol, coisa rara os boêmios escolherem esse tema.

Com o Fausto, do Olho Vivo (Guarulhos, SP). Um achado, ensinando aos ídolos a dar bom exemplo ao povo que os enriqueceu.




Outro achado, do Bruno, do Vale Paraibano (São José dos Campos, SP). Está tudo ali.



O também grande contista Newton Silva, de Fortaleza (CE), com a sua obra Declagação de Renda. Pior...



E chegaram nos ladrões. Com o Jardim.





Idem, com o Zop. Dez a zero, vai para a parede do bar (obra que tenha boteco, por alguma razão, é sucesso certo no botequim).



Ibidem, com o Laílson.



De volta ao futebol. Alguns boêmios andaram por Santa Catarina, já falamos aqui, Floripa é a cidade do encanto. A tranquilidade do Centro à noite, com seus barzinhos de boas comidinhas, moçada sentada na rua, o teatro, os bares da velha guarda, maravilha... Andaram em outras cidades também, como nós andamos, primeiro mundo. Para entender o futebol, entretanto, é complicado. Quer dizer, entender é fácil, o que não entra na cabeça de ninguém é de onde os cartolas tiraram um sistema assim ridículo. Exemplo: ganhou o primeiro turno do campeonato catarinense e levantou a taça, com volta olímpica e tudo? Ótimo, torcida feliz. Ganhou o segundo turno, o mesmo time, nova taça, nova volta? Beleza. Porém não vale nada, o mesmo clube pode ganhar os dois turnos, significa pouco mais que nada. O campeão pode vir a ser o quarto colocado em algum dos turnos. O César, do Notícias do Dia (Floripa), matou a pau.




Miss Leilinha Ferro poderia escolher duas, escolheu uma, alegando que a sua outra opção (Bruno, ali em cima) já tinha sido escolhida. Ficou com o Elvis, do Correio Amazonense (Manaus, AM). De chorar mesmo. Leila. Oba, falar em bom gosto, hoje partiu Paulo Vanzolini. Tintim, seu Paulo, valeu.



 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram  no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.


domingo, 28 de abril de 2013

Vá para o Inferno, na Charge do Dias em branco

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Os boêmios do Botequim do Terguino, como sabem os amigos, assinaram contrato verbal com este blog, comprometendo-se a fornecer duas colunas, uma diária, A Charge do Dias, e outra, recente, semanal, chamada Os Filhos da Puta. Esta última, com boa vontade, podemos dizer que está em dia.

A Charge do Dias não. E compreendemos as razões. 

Ainda abatidos pelo inesperado, os amigos emudeceram. Tornamos a informar aos leitores: devido ao passamento de Mr. Hyde, que foi para o Inferno, os demais amigos se encolheram Explicamos aos que caírem aqui de primeira viagem: Ímpar figura do Botequim, médico e humanista, Mr. Hyde é como se convencionou chamá-lo, pois este blog por vezes satiriza amigos e situações. A responsabilidade é de quem publica, é nossa. Minha.

Ele não acreditava em céu nem em inferno, muito menos que lugares assim tivessem chefe, não era idiota, e implorava dizendo de farra que, se houvesse algum, que fosse o Inferno, mas este tal como por ele concebido, cheio de mesas fartas, bibliotecas sem fim, cerveja, barricas de chopes, vinhos, uísque, carne gorda, salada de maionese, de tomate com cebola, massa, couve, feijão, bergamota, manga, abacaxi e ariticum, boas camas, mulheres lindas vestidas de folhinhas, umas peitudas, outras menos, só não vale despeitadas, e blues, sambas, boleros, concertos maravilhosos à tarde, uma lista de amores, Beethoven, Mahler, Scarlatti, Mozart!, tantos, não sabemos a ordem de preferência, amava a todos. Todos, que não cabem aqui.

O céu, dizia, se existisse como empurram no pobre povinho, daqui ou do Oriente, seria uma chatice, aquele monte de babacas com rodinha na cabeça, sem comer, sem beber, sem surfar... sem fogo!, umas anjinhas avoando sem vontade, lá entoando Óó..., ora se isso é ser feliz, francamente, nem cafezinho servem.

Hyde era médico, mas não se precisa ser médico para saber que Deus foi inventado, no início com bom propósito, controlar a turba, evitar o caos, e depois... a grana, puxa, há séculos a humanidade pensante sabe disso.

Mesmo sabendo-o feliz, os boêmios andaram abatidos, afinal aquele lugar na mesa 1, ao lado da janela, ninguém ainda tinha ousado ocupar. 

Hoje pela manhã, no início dos trabalhos, ali pelas onze, espantaram a tristeza levados de roldão por ele, o Bruno Contralouco. O boêmio chegou espiritado, de cara Jezebel do Cpers pensou, pronto, amanheceu na rua, o doidivanas, mas nada, estava sobríssimo. Oi para todos e foi até o Terguino, dono do bar, confabulou, se demoraram, a turma seguiu conversando bem feito que o Grêmio perdeu, ora 850 mil por mês para esse Luxemburgo Cochicho, tem moleque levando bola aí, e assuntando coisas do Beco do Oitavo, a noiva que não desiste do Bruno, e das suas vidas, filhos, alguns netos. 

Quando viram, Bruno Contralouco e Terguino Ferro chegaram com copos para todos, naqueles pratos de latão de carregar copos, Leilinha ajudando a descê-los às mesas, eram poucos os amigos, uns vinte naquela hora, mas quase todos dos mais chegados, só faltavam Luciano, Chupim, Açafrão e Schiru, este anda sumido. Copos pela metade de dyabla verde, tiro curto, a moçada anda moderando. 

Bruno Contralouco sentou-se na cadeira da janela da mesa 1, no lugar do Hyde, dizendo em voz baixa daqui em diante eu assumo. Não discursou nem veio com pieguices, só falou:

- Ergo o meu copo - disse e ergueu.

Pelo gesto que era um convite, todos ergueram os seus.

- Tomara que Mr. Hyde esteja no Inferno, igualzinho aqui!

Tintim.

Ali começou a sair o leite retido, a disritmia de que falou Martinho da Vila, o cansaço, o medo, a decepção com Deus. 

Bruno entornou o seu copo e berrou, começando rouco até recuperar as cordas vocais na sua plenitude: Aaaaaaaah! Todos fizeram o mesmo, Jezebel desatou a chorar no meio do seu Aah pequeno, e foi Silvana chorando, e foi Jussara e foi Zilá, e foram as meninas da faculdade, e foram todos. Tigran Gdanski acordou o Japão com RRRaaaaaaah! Carlinhos Adeva ficou com o rosto ensopado, mas não emitiu um soluço, foi de RRaaaa também, Clóvis Baixo sumiu num silêncio que gritava.

E depois se abraçaram, aliviados, mãos apertando mãos com força demasiada, cientes de que a vida precisa continuar, queiramos ou não.

E continua. Lorildo de Guajuviras, lendo o pensamento de todos, a partir do seu, fez troça, imitando os velhos gaúchos de antanho: Sejemos home, já que a nossa vó não foi.

Leilinha Ferro liberou quantas obras quisessem, de ontem, da semana, hoje ainda nada tinham visto, para recuperar o atraso. Luciano estava demorando, já ficaram preocupados.

Debateram, debateram... sobre o Lula ter sido convidado para ser colunista do New York Times os artistas se esmeraram, muitas charges boas, mas os boêmios saltaram fora. Sentiram o mesmo que este blog sentiu: os americanos acharam um jeito de nos humilhar, esbofetear, como nação, pelo insulto aos nossos escribas e pensadores, incontáveis humanistas, muitos de renome mundial. 

Os boêmios citaram um nome, o que muito nos alegrou, como exemplo, para representar um universo de homens de valor, que temos muitos: o autodidata Mauro Santayana, que com rara erudição diz, aos 80 anos, o que vê e o que viu desde menino, o que sente, o que está aos olhos de todos, não o que eles querem ou não querem ouvir.

Ao insulto, o silêncio. A quem esse cidadão estará representando? A si mesmo é impossível, se é notório que seus recursos intelectuais não lhe permitiriam escrever anúncios de Vende-se em jornal de bairro. Sem mandato nem cargo em instituição alguma, representaria o quê? Não batem prego sem estopa, algum objetivo os ianques perseguem, não acreditamos que seja apenas para divertirem-se às nossas custas. Logo saberemos.

E aqui não estamos, como não estavam os boêmios, espantados a partir do fato de que o Lula não sabe escrever nem pensar, ora, é claro que não sabe, é apenas um bom papagaio. 

Não é disso que se trata. Poucos dirigentes redigem seus discursos. Acontece que o NYT, ao que parece, meteu-se numa enrascada, pois é forçoso admitir que acaba de ceder espaço a uma facção de um partido brasileiro, o partido no poder, com essa monstruosa súcia a que chamam de coalizão. Só rindo, ao se imaginar o que poderá dizer algum burocrata dessa facção do PT. Abobrísticos pensamentos, supomos, em brutal contraste às suas práticas.

Em nova postagem, saberemos o que decidiram os amigos neste domingo.








sábado, 27 de abril de 2013

O SUS e a Nomenklatura

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 A visão sobre o SUS (...) não é homogênea no interior do governo.

O fato dos principais governantes, legisladores e juízes do país não usarem o SUS para suas demandas cotidianas, e terem seus tratamentos privados subsidiados pelos contribuintes, cria uma situação no mínimo curiosa. 

Todos defendem o SUS como política pública universal, desde que a elite da nação não seja obrigada a utilizá-lo. É preciso aqui uma mudança radical cuja essência é a seguinte: o SUS não pode ser um sistema para atender aos pobres. 

Um sistema concebido para atender apenas aos pobres acaba se transformando em um sistema pobre; o SUS é componente fundamental para o processo que vai nos levar ao desenvolvimento no seu sentido mais pleno; o SUS é componente central para a consolidação da democracia no país; e o SUS deve ser olhado como fator importante para o desenvolvimento da ciência, da inovação e de uma base produtiva nacional voltada para atender os principais problemas de saúde do país.

Excerto da imperdível entrevista do ex-ministro José Gomes Temporão, sob o título Saúde para todos, à Plataforma Política Social, hoje no JB, AQUI

Escrevi Nomenklatura, que em tradução livre é filhos da puta mesmo, frios criminosos, chamar de egoístas é pouco.

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jueves, 25 de abril de 2013

Luê

Uma palhinha da jovem cantante e musicista (violino e rabeca) paraense Luê Soares (Belém, PA, 14/jan/1989).



A idade penal do assassínio premeditado

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Max Gonzaga, com a Banda Marginal, há muitos anos colocou uma pá de cal nos nazistas das Vejas, Globos, Opus Dei, Bands e sobre todos os desgraçados de maldade, tirania e violência que entretém o povo do escuro com o circo das suas "programações", novelinhas, filminhos de violência com pseudo humanidade, missas, papas, artistinhas, ratinhos, bbb's, ufc's, falso futebol e falso carnaval. Salvo futebol, carnaval e papa, tudo copiado do Tio Sam, aquele das armas de destruição em massa e bombas localizadas sobre o Oriente do ouro negro, o tio que por uma reles calúnia de um petroleiro expelido na Nova Inglaterra, Mr. Bush, o facínora conluiado e a serviço de indústrias de armas e petróleo, não hesitou em destruir um patrimônio milenar da civilização, Bagdad. Com seres humanos dentro.


O tema, de tão violento, que assim o sentimos, impede regressões à psicologia, geografia (si), à mãe Filosofia, a das marés..., a do poente da vida, a da adaga de água, e nada de ídolos de teatro, cavernas... Nada também de poesia. Nada da experiência humana deixada em velhos livros perdidos, nada das almas que nos trouxeram até aqui. Apenas conversa de amigo magoado. Vamos?...


O futebol das ilusões da plebe cairá a partir de Europa, ainda é cedo. O carnaval de rua vai vencer aqui, adeus televisão, adeus cordão de isolamento, não há mais espaço para fiascos de bicheiros, homicidas, bandidos de avenidas para a tevê e rádios de que cachorros-loucos se apropriaram no vão da escada. Com que estratégia os seus pensadores da ignomínia adotarão o carnaval de rua, como pensam sair dessa, agora que a festa na rua tornou a brotar, espontânea, pelo cansaço do povo, os cegos viram, rá, como farão para se apoderarem dos blocos de rua, da rua, dos passantes que entram de braços abertos, dançando, como farão para logo exterminá-lo, substituindo-o por outro modo de extorsão da insegurança e desague das massas sempre apavoradas? Complicou, malandrinho vagabo? 

O Lula poderá lhe dar o telefone de um bandido sem vesícula, aliás, sem nada, especialista em corromper povinho, herança que seu pai lhe deixou, salve Lupicínio, marqueteiro de cais, ele, não o Lupi, ele que não engana puta, mas engana o povo esfaimado do Nome da Rosa. Com muita grana afanada para simular na tevê. Qualquer sujeito com estudo médio acaba com ele em um minuto, mas os cagados se abaixam, querem uma beira, porém..., mania de desviar, voltemos ao tema principal, a idéia do marqueteiro dente de ouro, ou seria marquês, é enganar o povinho que lá embaixo recebe restos de comida dos supostos padres, pessoas que festejam a bondade matando-se uns aos outros por um pedaço de pé de porco. 

Cada morto-vivo vale um voto. Qualquer um anula o meu, o seu. Anulados, a enchente depois vence. Assim é em todo o mundo. No sertão baiano, o povinho tinha retrato do Antoninho Malvadeza na sala do casebre, lá mortos de sede, sabiam que em época de eleição o dotor os premiaria com um saco de farinha de mandioca, algum arroz, para engolirem farinha com grãos de arroz com toda aquela água do sertão de tunas. Matança, e o povo agradece. Se não agradecer, morrem..., as crianças. 

Todos fizeram assim, no voto direto, de Collor a Dilma, exceto Itamar Franco, que caiu de uma nave estelar, este é mais em cima, e pulamos esta parte, não devemos falar de homens de bem quando o assunto é o horror. 

Ninguém tem estômago, ninguém tem nada a ver com os amigos do marqueteiro, claro. Valério antes foi canonizado também. O petê do JD ama esse tipo de gente, sente-se bem, é o subterrâneo de sindicatos de grana muito mal havida. Por dinheiro ele finge não ver o desprezo que lhe dedicam almas superiores, isto é, todos os que cursaram uma faculdade pela metade, qualquer uma, ou nem isso, apenas a da vida, em especial uma que é uma casinha com uma mãe, essa faculdade que nos impediu de sermos um inseto. Ele é um ser abjeto, asqueroso, pior ainda quando sorri, ou seja, quando arma aquele esgar no rosto. Caras-cortadas se entendem.

Poderá servir aos seus propósitos inconfessáveis. É um Paulo Coelho de eleições, usa os ignorantes, nada mais. Inteligência e boa sorte o Lula acha que teve, mas deixa a roda do mundo girar, empaca para sempre, como falou Luciano, demora, a gente definha, e quando se passaram anos a roda da vida resolve andar, desempaca sozinha, e vai girando como o mundo, voltando para ver.

Puxa, gastar tempo com marqueteiro desmoralizado, in natura, que tem mundinho e mil milhões para iludir a senzala... Só nós mesmos, ingênuos. De onde vieram os milhões mesmo, como os dos governos Collor e FHC?

Tudo igual. Como diz o pensador Mauro Santayana a su manera, antes os governos orientavam, auxiliavam até, as empresas, ou seja, tentavam cumprir a sua obrigação. Exceto pelos Yes, sir, raros, funcionava mais ou menos bem. Agora o sistema financeiro manda, e fim, cale a boca e passa para cá o dinheiro, a infra, o povo, para empurrarmos Cocante Refrescola, monopólio de filmes de assassinatos e terror, e McGraxas, y, o pior, otras cositas más, estas de bilhões, não há safra de cebola que pague, que escondem-se à sombra dos visíveis refrescos e remédios cancerígenos e outras drogas. 

Onde estão os nacionalistas sem fanatismo? Como pudemos nos vender assim? Os "acadêmicos" seguem achando que é uma briguinha, disputa de beleza. Seus...

Se estivéssemos cercado por cinco dos seus aspones, ó pobre Dilma, e não por 39 mentecaptos aliados para o butim, todos comprados e vendidos, só cinco, faríamos como disse o sincero, isso ninguém tirará do ditador, Figueiredo: daríamos um tiro no coco. Vocês seguiram o plano da direita, porque não tinham plano algum. E agora? Vão arrastar até quando os cadáveres de Lula e Cia? 

O Brasil não vai acabar. Alarmismo de pessoas ruins, como foi o petê (e ainda o é), quando os larápios da privatização estavam no "puder", o que aconteceu? Pelo PT, não teríamos sequer uma Constituição, quem decidiu isso foi a Execa paulista ou os neurônios que faltavam aos amigos na saída do fime de terror, a encaminharam mal lá atrás, sempre querendo prejudicar o Brasil, importava era ganhar. Ganharam, os ajudamos. É a vez deles serem tão antipatriotas como vocês foram. Covardes e ladrões, de lado a lado.

Cebola, tomate, as coisas vão meio mal? Era hora de o Brasil se unir, mas, qual... As redes de tevê e rádios não dão folga, querem o pior, os nazistas querem retomar o poder, como os loucos do PT o queriam e fizeram igual, a qualquer preço, o povo que se... ara, povo, que povo? Os de lá de baixo do barranco, aqueles para quem jogamos restos?

Voltando. Mania de mudar de assunto.



As passeatas combinadas pela internet os deixarão cegos, já os cegaram, e sem a infiltração dos seus matadores, embrutecidos sem livros, sem escolha, selecionados da mesma massa, qualquer um que jure obediência por ríspidos trinta dinheiros, que trinta nada, mil reais, se tanto, que nem dinheiro é, mas o é para gente sem moral, a natural, esses bichos que iniciam os quebra-quebras para ao fim arrebentar trabalhadores de razão perdida, o que farão, então, agora com lanterna na cara do jacaré cego da silva? 

Quem são os quadros das milícias que fazem as pessoas se suicidarem caindo drogadas da janela do décimo, quase digo dízimo andar, ou andando na Av, Brasil para o inevitável atropelamento pelo ônibus da Itapemirim ou de uma daquelas dos caras que mandam matar o vizinho por causa de trinta metros quadrados, arre trinta, quem são os quadros de um chefe ex-militar da ditadura, ou dono de empresa de segurança, dá na mesma, quem? Guerra aberta, povinho sicário contra povinho que luta com ardor e poucas armas?

Sobre papas, e os "deuses" que os pariram, o amor próprio não nos permite descer tanto, e esse amor pede, justifica com esta mania de mudar de assunto periga fazer com que nos embrenhemos em outro papo, deixa para lá, fiquemos com as máfias caseiras.

O desespero é tão grande, ao ponto de mirarem em crianças famintas, esquecendo a história? Essa briga é sem volta, vocês pretendem mesmo assinar o próprio enforcamento? Acham que ficarão vivos, depois da tempestade, como ficaram após a tortura da ditadura que promoveram? Os gritos dos inocentes lhes causarão orgasmos, novamente, e tudo ficará por isso mesmo? Sentem saudades dos orgasmos, como sentiam, nos gritos de pavor da mãe vendo sua nenê ser afogada em vaso sanitário cheio de fezes?

(Alguém recorda quem era o governador de São Paulo quando do massacre do Carandiru? Lembra do sumiço de infelizes moradores de rua? Lembra de tudo o que ocorreu entre 1991 e 1995, de quem estava por trás do coió sem coração? Não seriam os mesmos de agora?)

Vamos, finalmente, descobrir se os tempos são mesmo outros? Sairemos para a rua, no mano a mano? O povo zumbi acordará na hora do pega? Transformaremos o Brasil num inferno de mortes e brasas, irmãos brigando por uma dezena de assassinos que dos seus palacetes ordenam que se matem?

É o que vocês pedem há 500 anos. Vão levar, cedo ou tarde. O tarde já passou. A primeira bomba será na pior rede de tevê, ou em algum palacete particular? Muitas, simultâneas? Talvez no iate do Ronaldão da Fifa, o palhaço sujo, explorador de meninos, essa maldosa "esperteza", essa negação da palavra homem, esse brutal elogio à ignorância. Não vale a pena bater em morto, ainda que com a carteira cheia. É morto de nascença. Zumbi. Nada de falar no Roberto Carlos, um guerreiro... Ahahah.

Agora querem novamente matar crianças, para manter a classe média E, F, G, até o Z, sob controle. Dizem que as suas polícias bem pagas (vide ali em cima) saberão como lidar com isso. Não precisa, todo dia a tevê passa os datenas de todas as cidades, moda atual, mostrando como chupam o, o dedo dos ratos do governador. Criança? Degole, é mau elemento. O bom está na cadeira de diretor que ele almeja, ou na de governador. Uma vozinha me diz dedo nada, o pau.

Todo ano voltam à carga. Nunca desistem. Matem, prendam!, gritam lá da beira das suas piscinas e cofres, cheios de dinheiro roubado, exala um cheiro..., que cheiro dessas contas, essas numeradas. O odor deve ser por culpa dos filhos da miséria, a ralé não se banha, quanta indelicadeza dessa gentinha sem... boa escola.

Agora, desde que Lula aumentou de 300 para 500 picaretas, a la Passarinho, ao diabo os escrúpulos, como se os tivesse, quero ganhar, ganhar o que não sabemos, mas reconhecendo às suas almas perdidas o paro de mentir que sou honesto, assumo, mentes atrofiadas pensam coisas ininteligíveis, além de comprar os que já existiam Lula e os seus agora colhem, um amontoado de canalhas, assaltantes, doentes mentais até na Comissão de Direitos Humanos, os poucos honrados jogados a um canto, falando a ninguém, agora que jamais um Congresso Nacional foi tão corrupto, sem uma parte apenas, como sempre foi, uma parcelinha ao menos, que represente a alma dos bons e firmes que nos antecederam, limitando o abuso ao levantar-se em voz e sinceridade, que tal Sócrates, esqueçamos Jesus, tão usado por biltres televisivos, agora sentem o momento propício? Crêem que conseguirão? Tontos.

Todo ano a mesma coisa, não se contentam, a consciência dos seus crimes os impele a cometê-los em escala cada vez maior. O medo de ter a máscara de maldade arrancada os transtorna, afundam-se.

E todo ano rodamos a canção do Max Gonzaga, para lembrá-los de que haverá um tempo. Um tempo que nunca quisemos, toleramos tudo, nunca o quisemos. Vocês o querem. Um tempo ruim.

Lembramos Max e sua composição antológica em todos os sentidos, não apenas musical, onde é bárbaro. É um alerta, é  um grito no Universo. A mesma turba temerosa, egoísta, que aplaudia Getúlio, o mataram, aplaudiram Jango, o mataram, a mesma que aplaudiu Médici, depois ovacionou Lula. A turba é a mesmíssima. Aplaudem o que as redes de comunicação roubadas mandarem.

A morte os ronda, não viverão para sempre, artífices do infortúnio de más escolas e anfiteatros do ridículo, para submeter aos homens traídos pela propaganda em seus direitos, pela subtração da luz. Só por dinheiro, ou pela mesma insegurança dos desgraçados?

Meu Deus..., eles vão conseguir.

Boa noite, governador de São Paulo et caterva, e é extensa a lista da caterva, vocês não sufocam? Aqui dormimos sem capuz branco nem de cor alguma. Sofrimento alheio, tiros, mortes, nos provoca dor, lembra-nos de nós mesmos de um ontem recente ou de um amanhã que não tardará, e isso não nos provoca dissimulada semi-ereção.

Alguns doentes gostavam e gostam, protegidos pela semi-obscuridade dos teatros clandestinos onde metiam por baixo aquele cabo de vassoura no rapaz, até sair na goela ou se desviar no caminho, os berros, as vísceras destroçadas, o coração... conseguiam enfim uma ereção completa, ainda que apenas mental.

Sono leve, pressentimos seus movimentos, a chusma da pilhagem quer se banhar em sangue. Salto da cama, suando, ai meu Deus, acendo a luz, ufa, eles não estão aqui. 

Sabemos que não se importam, mas quando tudo acabar, um belo dia, saibam que os predadores pegarão os seus filhos. Para escravos, meros pedaços de carne, pior que lixo, ah, o lixo, aqui são politicamente corretos, colhem, derretem, cada um pelas suas características, em usinas. 

Lá no monturo há lixos e lixos, como em todo lugar, suas piscinas de dinheiro roubado, por exemplo. Uns topam a escravidão nas usinas, se sobreviverem logo ganharão uma porção de açúcar sujo atirada na boca, esses em breve perseguirão seus ex-irmãos. Outros fogem, e fugindo se drogam com crack pela rua, em triste impotência, quero morrer sonhando, sonâmbulo na praça dos esquecidos, lá vem os caras quererem me levar para abrigo, não quero, não vou, não vou, quero morrer. Uns poucos prometem suportar, até o dia em que poderão incendiar o circo, com fé. Com todos vocês dentro.

Bela obra de Sustentabilidade.

Quando forem os seus filhos, eu vou me rebelar de novo, a morrer, não mesmo. Pelas crianças. 

Se no tempo justo, condições razoáveis, todas podem ser salvas. Não vou conseguir, se os pais não viram nos filhos dos outros também o seu.


Seus... assassinos.








PS: A ilustração é uma foto do Brasil, moço-menino pensando em como resolver as coisas, com a menina no colo.

domingo, 21 de abril de 2013

Os Filhos da Puta (2)

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Itamar sonha novamente, turbilhão. No sonho o Cândido - e lá de pronto surge um monstro advertindo que Deus não o perdoará por sugerir candura, aquele notório, contrata o Grande Advogado por cinco milhões - que vá a merda quem perguntar de onde tirou tanto - e faz churrasco no domingo, acende com notas de cem o carvão bem relacionado em frigoríficos de atuais empreiteiros. Duas pedrinhas e folhas ou gravetinhos finos, otário, ou uma folha de jornal e gravetos, ou só gravetos. Estarão molhados os gravetos?, quem sabe acende mesmo sob chuva torrencial, mas que vida, nem as de cem o transformaram num bom assador, o cretino, só viu boi em desenho animado, antes foi flagrado berrando, de dentro do carrão especial, para um escravo paulista, na verdade um nordestino humilde: volta lá no açougue já, já!, seu desgraçado!, essas são pequenas, quero picanhas bem grandonas! Lá dentro do açougue, todo mundo vendo e ouvindo o canalha e seus impropérios. Desceu do automóvel e seguiu ofendendo. Descontou nas costas do pobre cidadão os berros que ouvia ao rastejar em palácio e no congresso, melhor conúbio nacional, é sempre assim. Surtiu efeito, os açougueiros capricharam em picanhas de três quilos cada uma e ele saiu com setenta quilos de coxão duro no porta-malas, exultante, eu sou o cara, por dentro o risinho de raposa, não mais vaca, ui vou agradar o chefe que me permitiu ser podre de rico. 

Na Capital dos filhos da puta picanha passa de um quilo, oigalê terra de bois grandes e velhos, guampa seca e osso carcomido; aqui, quando dá um quilo dá fraco. Mas compreende-se, lá picanha é proporcional. Boi foi touro, é capado, serve bem a comparação. Não levou as pontas finas, não percebeu que o açougueiro as tirou com raiva. O açougue deveria mas não explodiu em risos, a dor foi maior. Um sujeito desses, vestindo calças...

O moço do fundo do açougue chaireia a faca de matar boi, porco, ovelha, boi com a ponta da lâmina, um, dois dedos na entrada da veia, depois puxa rasgando de leve, o bicho em pé, não sente, o sangue esguicha, depois jorra mais manso, minutos intermináveis, falseia as pernas, vai desabando aos poucos, quem sabe essa faca um dia possa servir para castrar os novos ricos do poder, os antigos estão fora de alcance mas voltarão, enquanto aguardamos podemos ir treinando com os novos, está doido para sair do sério, e para tirar o pelo, começando por riscar a pata, por ora segue olhando magoado a prepotência de um asno em auto do governo. Na república só quem come carne são os ladrões - e o açougueiro, que guarda para si o pesçoco cortado, a incisão inchada -, o povinho segue lá abaixo do barranco do Nome da Rosa.

O seu Itamar pensa meu Deus tenho cada sonho de arrepiar. Logo pagando a conta do festim dos ridículos, incauto, sem saber o que se passava, às onze da manhã entra assoviando e pede 600 gramas de ponta da agulha, ou seja, a ponta inteira, nos bichos daquele lugar, sorrindo para o seu Dermindo, açougueiro-chefe, porém ao botar o pé dentro da carnicería arrependeu-se de ter saído de casa desarmado, o costume, nem lembra mais onde anda o trinta e oito. Sentiu o sopro do mal no recinto, calou-se. Mirou a porta de lá, o sujeito parado lá fora, arrogante. O moço de rosto de pedra da chaira também olha, a seguir mira firme para Itamar, ar de não se preocupe, seu, também sentimos o fedor, e caprichou ao tirar a ponta da agulha de um talho só, o melhor pedaço do boi, fora os caríssimos, sem despregar os olhos de sangue da placa branca que dali a pouco vai sumindo, bandeirinha do Brasil tremulando na frente, mandando abram alas, seus coitados, vão aprender a roubar, seus burros. O seu Itamar não se contém: se matar esse boi que saiu, a carne é ruim, os corvos repugnariam.

O consulpone dos vinte dinheiros em algum lugar ri coçando os bigodinhos de gato, coça outro lugar, cheira o dedo fedido, depois telefona para seus cupinchas instalados em poltronas caídas do céu, ufa, pelo menos frigoríficos e açougues se retiraram do sonho, agora amorcegam contratos via Banco de Desenvolvimento, BB e Caixa topam após telefonemas outros, os carnívoros da base de putaria precisam consultar a agência central, os agiotas múltis querem mais, não precisam obedecer, e outros segredos para repassar?, química bancária, passa para cá, madame, esta que ao ver o verme levar o dedo ao nariz sonha que teve também uma coceira, mas, tristeza, engano, foi aquele golinho de caipirinha feita pelo expert baiano inescrupuloso, fodam-se os escrúpulos e agora surge um passarinho, é noite de breu, a ambição trabalha no escuro

Amanhece, o lindo manto da noite, luzes e bares nas zonas dos abonados, lindo, dá lugar a um amanhecer de chuvoso outono, nada mudou. Itamar é feliz na periferia, possui na geladeira um buco para a sopa, estava meio vencido, tem que fazer hoje, mulher, é descarnado mas vamos chupar a gordura de dentro, se mexa, trouxe pão? Aumenta o volume aí, moleque, vão passar os gols, ta acabando o faustão. Plim-plim, faustão para presidente do assassínio em massa, o Brasil se alimenta de restos, dorme em berço esplêndido. Ouve-se um grito de criança, mas os palácios não ouvem, deles saiu a ordem para a polícia matar. Não contente a Opus Dei reduz para 16 a idade penal. Não sabem, os velhos insanos, que ao terrível agravo dia virá em que o desagravo será desproporcional, a vingança rastejando de fome pelo esgoto até os encontrarem em suas fartas mesas de comidas subtraídas, reconhecíveis que são. Explodamos os palácios deles, com eles dentro - pensam os meninos sem voz sem colégio sem comida sem roupa sem tênis sem nada sem conseguir colocar em palavras os pensamentinhos. A um olhar.  

Os pervertidos agem em silêncio, ninguém ouve meus gritos, só admitem investigação das suas feridas pela polícia que comandam. Um pau-mandado do Piauí coloca 33 bombas no Supremo. Extinguem o judiciário, querem a constituição polaca. O filho da puta mor arrota a sua sabedoria de mercador do golbery no mercado de cartas do Recife. Direita e esquerda se fundem num peido fragoroso, putrefato, atraindo todos os corvos do país.

O ar do Brasil se torna irrespirável. Quero acordar.

Itamar não acorda, a decepção o matou e ele ainda não sabe. Os meninos do Brasil saberão o que fazer.




A coluna é inspiração dos boêmios do Botequim do Terguino, que esclareceram, em Termo assinado no dia 15 de abril com o Sindicato das Trabalhadoras do Sexo, que isso não tem nada a ver com mãe nem com puta que mereça esse nome. Vide Os Filhos da Puta (AQUI). Hoje veio pela máquina de Luciano Peregrino. Créditos dados por ele ao Lorildo de Guajuviras.

viernes, 19 de abril de 2013

Mulheres... E tiau, Mr. Hyde, na Charge do Dias

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Os boêmios faltaram com a charge do Dias por uma semana ou mais. Mr. Hyde subiu, no início de abril. Poupo os bilhões de leitores, já choramos por todos, salvo por uma boa: deu baile, lá pela meia-noite, com bandoneón e guitarras, no João 23. Até logo, camarada.

Hyde sempre dizia que iria rir muito, ao ver lá de cima os infelizes que acham que viverão para sempre. Deve estar rindo a não mais poder, vendo alguns deputados do petê, entre estes o ser mais ridículo que apareceu na face da Terra, atolados na operação Fratelli da Polícia Federal.

Hoje Leila Ferro enviou as obras, logo após as notícias de Luciano sobre Os Filhos da Puta.

Aroeira, do Rio de Janeiro, RJ. (Por alguma razão sai embaçada, vê aí, Leilinha). 

Aos que estão mal de visão, é um cão (polícia federal do ministro Cardozão) lambendo os ovinhos do "o cara", das loras ou negas dele. Hoje a turma da palafita subiu nos tamancos, pois Mariana de Rosário me assopra, sem querer atrapalhar a digitação: "Chama logo de filho da puta, eu mato esse cara com os dentes, ele não é de nada, mata ele". 

Faço-me de surdo, eu hein. Mariana, até vir para a palafita, jamais tinha pego em caderno ou livro, mas tem mais cultura que o Lula, aquelas cosas que os antigos passam, de ervas que curam a gestos de recato na vida. Não cresceu em São Paulo, gigoleando, é de Rosário do Sul. Da Serra do Caverá, para ser mais exato. Mas não bate muito bem, segundo o pensamento dominante nos invejosos da sua espontânea grandeza, pois tem alma pura, diz o que pensa, não é falsa, e quando sente raiva, a raiva de impotência, única que lhe ataca, me sai com cada coisa. Depois passa, até se arrepende, é incapaz de matar uma barata. 

Por falar em rato de esgoto, opa, falei antes de barata?, dá na mesma, desejamos ao ridículo deputado negador do inegável uma duradoura prisão, estará entre os seus, chega de insultar a inteligência e a simplicidade dos brasileiros. E o que demorou.... deveria estar numa jaula desde os tempos da tesouraria. Boa noite, Olívio, como vai? Bem, dizia que ela é assim, espontânea, mesmo tendo passado horrores na vida, é bondosa e original ativista da natureza. Temos orgulho de Mariana de Rosário, bate bem, sim.

Surpreendentemente, Jacira de Uruguaiana, sempre calma e ponderada, apoiou a "doida", mesmo sabendo que a parceira estava em momento ruim: "Ela está certa, a gente deveria matar esses filhos da puta". Meu Deus, estou estranhando as minhas changas, ora, temos leis, meninas, e para que a boca suja?, não precisa. "Claro que temos, a lei para os pobres, nem somos tanto, diante da maioria sinto-me podre de rica hoje em dia, mas sob a lei para os honestos, é diferente da lei para os predadores", de novo Jacira, eta respondona. Peço para Kafil tirar o auto, vamos dar uma saída, así me dejam loco. A culpa é minha, não deveria ter falado coisas na frente das gurias. Fico pensando no bem maior que roubam, a esperança do povo, mas nestas circunstâncias é melhor nada dizer à Jacira.

A haitiana Sibylle, já queimando folhas e flores de vudu, apronta os bonecos simbolizando os zumbis bem mandados da Carta de Recife, agulhas prontas. Vou sair.






Os boêmios não são fáceis, achamos aqui que iriam deixar passar batido. Nada, ali quem corre menos voa. Referimo-nos aos caras que querem tirar, por lei, o direito dos procuradores da república, únicos que não têm chefe, de investigar suas roubalheiras, e mexendo logo na Lei Maior, por Proposta de Emenda à Constituição. A odiosa PEC 37. Querem ser investigados somente pela polícia, que, mesmo tendo, se fosse o caso, absoluta maioria de homens de bem em seus quadros, porém homens que, a depender da investigação, podem perder o cargo ou ser transferidos para a fronteira da Amazônia, mirar a mata de madrugada, linda solidão, ouvir os rugidos e os pios da floresta, o abandono no sem fim. Assim se rompe a dignidade dos homens, os que ficam já terão a espinha dobrada. O crime compensa, esse o recado. Aliás, isto não deveria nos surpreender, pois toda a criminalidade, todo o desespero dos sem futuro, são frutos do exemplo dado pelos governantes e congressistas, que são galgados aos altos cargos, ao fim e ao cabo, pelo povo da escuridão. O que sente um jovem, lutando como estafeta ou entregador de pizzas para levar grana para casa, ajudar na renda familiar, ao ver diariamente a roubalheira de milhões, algumas de bilhões? Se os pais da Pátria roubam, eu hein, vou ficar aqui com cara de sonso? - diz o despreparo das belas escolas que temos.

Isso sim, de proibir que os investiguem, é que é ser filho da puta, certo, ilustre Renan Calheiros? Como pode o senhor, um homem sem mácula, honestino, permitir uma coisa dessas? Este um dos temas debatidos, que acabou perdendo espaço pela homenagem que nos prestaram para agradecer a cessão do blog para a série da postagem anterior, Os Filhos da Puta. Não precisava, nós os reconhecemos como homens de bem, ó boêmios.

Dêem uma olhada em alguns nomezinhos (amanhã traremos todos), da Comissão de Justiça (que Deus me perdoe) que querem tirar da reta:

Deputados Arthur Oliveira Maia, Eliseu Padilha, Fábio Trad, João Campos, Reinaldo Azambuja, Arnaldo Faria de Sá, Ricardo Izar, Eliene Lima, Francisco Araújo, Edio Lopes, Fernando Francischini, Vilson Covatti, Bernardo Santana de Vasconcellos, Acelino Popó. 

Apresentaram votos em separado os Deputados Vieira da Cunha e Alessandro Molon.

Sobre Vieira da Cunha, gaúcho, que votou em separado, vamos procurar o voto, ele merece, já foi citado por este blog ao aguentar quase sozinho no caso do Código Florestal. Publicaremos seu voto na íntegra. Os não citados nominalmente são notórios, salvo também o Alessandro, de quem também veremos o voto, mas deve haver alguma exceção entre os demais, algum poderá ter votado por engano, o que veremos no seguimento.

O pior será nominar os demais deputados (além dos 14 acima) cúmplices desse terrível engodo, grande parte, ou todos, de espinha dobrada, seguindo os "líderes" das respectivas gangues, no imenso insulto aos seus eleitores e a todo o povo do Brasil.

Amâncio, de Natal, Rio Grande do Norte. Por proposição de Aristarco de Serraria, acolhida por unanimidade, vai para a parede do bar.



E Jorge Braga, de Goiânia, Goiás.



Ia sair, e saio. A casa já fumegando, Sibylle ligou o som e começou a dança, antes das agulhas entrarem nos bonecos, sobre as agulhas disse que começará metendo naquele lugarzinho. Ao rufar dos tambores Mariana saltou se contorcendo, quem diria, ela que ama boleros, o que faz a convivência. Elas sorriem, riem, se requebram, esquecem rápido, não são como eu, que guardo amargura no peito. Eu me mando, enquanto é tempo, vai que acabe pegando gosto em enfiar lâminas no..., bem, no coração dos bonecos. Elas sentem que não devem insistir comigo para ficar, só abanam, sabem que volto.


A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro. 


jueves, 18 de abril de 2013

Os Filhos da Puta (1)

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Há três dias estamos - o povo aqui da palafita - nos preparando psicologicamente para o pontapé inicial na nova coluna solicitada pelos boêmios do Botequim do Terguino. Tal o trabalho que tiveram, não pudemos nos recusar.

Após doze rodadas de reuniões semanais com o STS - Sindicato das Trabalhadoras do Sexo, finalmente obtiveram autorização para o título da coluna: Os Filhos da Puta.

As damas exigiram um esclarecimento, em cada postagem: que as putas referidas no título da coluna não são sindicalizadas, e sim meras rameiras rampeiras (rimou), pobres pessoas, que desvirtuam a nobre profissão ao misturarem com sexo prazeroso (no dizer delas, do que não temos como duvidar) as suas atividades de ladras e traficantes, além de outras qualidades aparentemente menores mas de grande importância, como mentirosas. As gatas sacaram, de cara: nada tem a ver com a mãe de ninguém. Alguns destinatários deixam dúvida se tiveram mãe, até, como bem observou Gustavo Moscão, o mais atencioso com as damas, só faltou lhes dar na boca os drinques que pedia por sua conta. Enfim, o que pretendem é um perfeito retrato dos políticos, digo, de alguns políticos, vez que a prudência, ao generalizarmos, manda que finjamos, não generalizando. 

Alguns, então, somente alguns, bem entendido: 99,99%. Carlito Dulcemano Yanés, de volta de Bujumbura, aqui na sombra da laranjeira empurra o chapéu para trás, serve-se de uísque e diz, rindo, que os 0,01% restantes morreram ontem, mas esqueçamos a jocosa observação do aguerrido companheiro, pois esse 0,01% é que nos salvará, todos os eventuais ofendidos estarão nele abrigados. Por falar no nosso beligerante cubano-uruguaio, o inacreditável Carlito, ele não pára de falar sobre San Pablo, isso de aumentar os juros - enchendo as burras dos bancos - deixou-o arrasado, quer porque quer viajar para, digamos, explosivamente incomodar algumas agências de agiotagem da grande avenida, 50 incomodações simultâneas, para desnortear os cães de guarda, com o auxílio de Juanito Diaz Matabanquero e da turma do Armênia, eta nomezinho sintomático esse do Juán, mas isto é outro papo, ave, esta mania de ir mudando de assunto.

Diana Chupinsky, que é estudante de Sociologia na PUC e vice-presidente do Sindicato das Trabalhadoras, representando a presidente Stanislava Perkosky (a Polaca), esta ilustre madame que nesse dia se encontrava em Brasília, o bordel mais fétido da América, ansiosa para sair daquele ambiente, logo que encerrar as negociações sobre Belo Monte, isso diz ela, nada temos a ver com o peixe, mas colada ao telefone, resumiu Diana: "Enfim, putas mesmo, no sentido abrangente dado pela população às pessoas sem respeito, sem amor próprio, e quem não tem amor próprio não ama os seus semelhantes". Estes esclarecimentos em cada postagem, além de bebidinhas e comidinhas por conta dos adquirentes do título, a cada vez que as senhoras visitarem o botequim para confraternização com os empinantes, é o preço da cessão de direitos. 

Claro, as comidinhas e bebidinhas é papo de brincadeira, para descontrair, as moças pagam o que consomem, possuem recursos obtidos com seu trabalho em benefício do povo, não são parasitas como aqueles que jamais reuniriam condições morais para serem seus filhos.

Lucinha Ternerovski, diretora da Comissão de Direitos Humanos do STS, que acompanhava o séquito de 20 senhoras no dia da assinatura do Termo de Compadrio e Outras Avenças, em seu discurso disse da esperança do STS: "Vão fundo, rapaziada, atolem neles até o cabo". Tudinho exposto no acordo escrito, redigido pelo boêmio-advogado Carlinhos Adeva, registrado em cartório no dia 15 de abril de 2013. Compadrio, esclareça-se, na melhor acepção: cordialidade, companheirismo, confiança, amizade. Das demais acepções os políticos dão mostras todos os dias, não precisamos explicar.

Uma cláusula não foi escrita, para não causar encrenca familiar: a condição de que certo boêmio casado pare de comê-las com os olhos, não se come a carne de onde se tira o pão (assim recebemos, embora nos pareça que o ditado é um pouco diferente, dando na mesma). Uma vez assinado, amanheceram de festa no bar, dançaram, se beijaram, sem frescura. As boêmias Jezebel, Zilá, Jussara e Silvana trocaram telefones com as obreiras. Moscão parou de olhar sem querer para as pernas das profissas, eram anjos comemorando algo que consideram bom e saudável. Umas meninas grandes, pombas - desabafou Lorildo de Guajuviras à meia boca para o Terguino -, que caíram na vida por não ter para onde correr na desgraça, na meninice, mas hoje mulheres politizadas. 

As trabalhadoras são fãs e eleitoras da Maria do Rosário, a ministra abstêmia do Brasil, não a nossa Mariana de Rosário, em comum só têm que são de chegada, sai da frente, a nossa Marianita então, faca nada, adaga na bota, mas, ã..., dizem que independentemente do horror que a cerca, à ministra, bem entendido, dos conluios e estragos do seu partido - alguém falou em bando? -, tem sido guerreira na defesa das minorias e desprotegidos em geral. Feito o registro que pediste, Sra. Lucinha, veja que não somos tão radicais assim. 

Aliás, a bem da verdade, abstraídas eventuais e menores discordâncias deste que desenha estas mal traçadas com dois dedos, aqui na palafita também é assim, vejam só: as 29 moradoras (subiu o número, sim), mesmo que algumas ainda não possam votar, por estranjas, desejam ardentemente que a Maria do Rosário tenha uma chance como prefeita de Porto Alegre, acham que vai botar abaixo tudo o que os faraós embalsamados - incluídos os daquele bando - inventaram em tempos recentes, voltando à esperança de 1988 com tecnologia de 2017. Isto, obviamente, enquanto o boêmio João da Noite não se candidata pelo Partido dos Boêmios, elas são loucas mas não ao ponto de me magoarem tanto, mas isso pelo jeito vai demorar, pelo golpe que hoje presenciamos e pela demora na elaboração do Estatuto. Mania de mudar de assunto.

Bruno Contralouco, desajeitado com as palavras devido à emoção, alegrou o ambiente: "Peço às damas a honra de ser padrinho de algum filho da... de trabalhadora, se algum ainda não foi batizado, de modo a selar com sangue este acordo histórico, não quero nem saber, por uma causa dessas entro em qualquer templo de qualquer religião". Em seguida explicou que pretende dar só uma picadinha de agulha no dedo do pezinho do nenê, e rasgar à ponta de punhal o próprio polegar da mão direita (vá entender a escolha da mão, o Contra é ambidestro, bate com as duas), para selar a eterna amizade ao colar dedão com dedinho, a partir desse momento dará a vida pelo bebê e pelo STS.

Os companheiros estão tentando dissuadi-lo da idéia, quanto ao ambiente da cerimônia, melhor será no botequim, numa bela manhã de domingo, churrasco, música gaúcha, com performance do grupo de teatro de Nicolau Gaiola... Os boêmios sabem que não convém ao Contralouco entrar armado em templo religioso, o seu amor por pastores periga fazer com que estripe um deles, e, pior, saia espalhando tripas fedorentas pela rua. Marquito Açafrão botou fogo na festa: "Já pensaram se o pastor for o Feliciânus?", e mais não podemos dizer, quanto ao que falaram depois, este blog é familiar.

Jurema Gemidinha foi ao céu de felicidade, está com 4 meses de gravidez, e aceitou prontamente, em lágrimas: "Imagine, Bruno, ter um cara como você de padrinho... meu filho terá pai, valente e famoso". Contra ficou sem jeito pelo famoso, aí que se atrapalhou mesmo, perdeu o rebolado. Acabaram chorando juntos. Valente o pessoal quer ver quando ele souber a religião da Gemidinha, vai querer entrar com canhão no recinto.

Estão em dúvida sobre a matéria a inaugurar a coluna, neste momento debatem cinco assuntos. Ah, a "matéria" será apenas um parágrafo ou dois, mas não descartam a possibilidade de mandarem um livro. Agora 21:30 h em Montevideo. Segundo Luciano Peregrino, faz uma linda noite em Porto Alegre (mesmo horário). Enquanto debatem, aguardam as trabalhadoras, vão dar-lhes a honraria de opinarem na matéria de abertura.

00:30 h de 19 de abril. Esta foi a hora em que chegou, não estávamos em casa, saímos dar uma volta e acabamos tomando umas e outras num boteco da Treinta y Tres.

Luciano esclarece que os assuntos são muitos, todos graves, mas que optaram por um em homenagem ao que o blog (nosotros) colocou lá em cima. Deram até título. É amargo, respiremos fundo.

Um crime inominável



BRASÍLIA - Sob pressão do Palácio do Planalto (da Dilma), a Câmara aprovou ontem à noite, por 240 votos a favor, 30 contrários e 13 abstenções, o texto-base do projeto de lei que limita o acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e no rádio. 

O governo atuou fortemente nos bastidores pela aprovação da proposta. A mandalete de Relações Institucionais telefonou para parlamentares e líderes cobrando (ameaçando não dar cargos e nosso dinheiro) a posição de partidos da base aliada, para depenar os incautos, ou iludidos, ou pessoas sérias, diferentes deles. O jornal de extrema-direita Estadão flagrou um desses telefonemas. Putaria sem sindicato.
O resultado praticamente inviabiliza a candidatura da ex-ministra Marina Silva, que luta para formar seu novo partido, o Rede Sustentabilidade. Malvados, trabalharam contra o Brasil, pela ânsia horrível de "puder". Ditadura de calar vozes não queremos, nem de direita nem de esquerda. Adeus, PT, vocês morreram. Resta torcer para que a extrema-direita não ocupe o espaço que vocês estão cedendo a partir dos mensaleiros da vida. Não permitiremos tal retrocesso.

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Post Scriptum: 

Muita sensata a decisão de criar a coluna, amigos, já antevejo trilhões de leitores. Porém muito cuidado, não queremos saber de processinhos para cima do nosso lombo. Sem grana tirada sabe-se lá de onde, que sabemos de onde, não vai aparecer nenhum Márcio Thomaz Bastos para nos defender, e então ficaríamos muito magoados. Nesse passo seriam muitos processos contra homens de esquerda país afora, triste ironia, prenderiam quem deu a vida pela mudança, que se roubou foi de si mesmo, da própria família ao entregar algum suado para inconsequentes, pensando em mudar o Brasil. Nem FHC jamais processou alguém, e vocês sabem dos abusos que cometeram com ele, vida pessoal e tudo. Vejamos como se comportam quando vem de pessoas como vocês, com autoridade moral para lhes dizer verdades, embora o Chico de Oliveira nem tente mais, desistiu, à evidência de que o dinheiro e o deslumbramento suplantam a vergonha que perderam, se a tinham. Ele tem razão, os protestos, quando aqui ocorrerem, serão apenas registros para a posteridade. Os promotores da "coalizão" (entre bandidos e mocinhos não existe coalizão, tem outro nome, mas vá lá, o estômago aguenta) sabem como isso termina? Deveriam saber.