Me
fui pras buva! - exclamei outro dia para uma mulher. Pronto,
a dúvida se instalou na cuca da capixaba. Esclareço.
Buva - Conyza bonariensis - é uma espécie daninha comum na região Sul do Brasil, um
terror para algumas plantações.
A
Globo e seus patetas que sabem de nada logo colocariam a culpa nos argentinos,
pelo "bonariensis", velho recurso de botar a culpa nos outros a que
sempre apela para não reconhecer a própria maldade e incompetência, mas nada a
ver, os argentinos, com população de 42 milhões de habitantes, não tem culpa de
jogar futebol melhor do que nós, com nossos 206 milhões e área três vezes
maior, para desgosto da Galvona Buena, uma vagaba que se vira no Méier, vai que é
tua, grita para a molecada.
Não,
nada a ver com los hermanos. A buva cresce em muitos lugares, com origem
comprovada da Rua Von Martius, 22, no Jardim Botânico carioca, este jardim que,
ao que se saiba, nenhum canalha tenta privatizar, diferentemente do que
pretende um governador do RS e, bem, mania de ir mudando de assunto, isto ainda me levará pra cadeia em tempos nazis, onde
estava?
Ah,
na buva. Desde este endereço carioca ela causa terríveis malefícios ao povo, e
já invadiu São Paulo, na Av. das Américas, pelo nome da avenida pretende
invadir a Argentina, tocando o aerofônico clarim em si bemol. Em Porto Alegre
fica na esquina da Av. Ipiranga com Érico Veríssimo, pobre do seu Érico. Seus
tentáculos devoradores estão por todo o Brasil.
Pero
no linguajar de gaúchos que já morreram na guerra, buva tem também outro
significado. Se o índio diz me fui ou me vou pra buva, ou pras buva ou buvas, é
como dizer sei que vou mifu, azar, não quero nem saber, encaro a maldade que
for. Naquela de já que estou no inferno não custa nada dar um abraço no capeta. Estamos
indo pras buva, ultimamente, pelos moleques que cultivam essa daninha na Rua
Von Martius, e a espalham pelo Brasil diariamente.
Sei
que com estas vinte e poucas linhas mereço ser convidado para integrar a
Academia Brasileira de Letras, mas de antemão recuso, prefiro ir pra buva a me
misturar com gente do naipe de Merval Pereira e José Sarney.
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