Por Henrique Mann
Mais uma vez o truculento e ignorante General Mourão despeja estupidez e ódio
sobre os brasileiros. Em defesa de torturadores disse que “heróis matam”. Não. Quem mata são pessoas em legítima defesa, no estrito cumprimento do dever ou
assassinos e bandidos, heróis jamais. A menos que o General esteja a falar do
Rambo e dos maníacos de Hollywood.
Eu poderia citar vários heróis
benfeitores da humanidade que não mataram ninguém, claro que Gandhi ou Cristo
seria demasiado para alguém tão mundano quanto o General e os torturadores a
quem ele se refere. Então vou citar apenas um outro militar, um seu colega de
farda, seu superior, um Marechal.

E quando mais não fossem
Marechais, não esqueça, General, que um simples Alferes chamado Joaquim José da
Silva Xavier, o Tiradentes, Patrono das Polícias Militares e Patrono Cívico do Brasil, forças a que o senhor serve, disse que
se “mil vidas tivesse, mil vidas daria”, e ao que se saiba, não torturou nem
assassinou ninguém.
Os seus heróis não morreram de overdose (talvez... é possível), mas assassinaram gente inocente como Zuzu Angel, Vladimir Herzog ou Rubens Paiva. E o General sabe a origem da palavra “assassino”? Uma das versões mais aceitas é de que derivaria de “haxixe” ("haxixin”, fumador de haxixe) e estaria ligada à seita ismaelita em que os assassinos consumiam esta droga para perpetrarem seus crimes.
É uma história controvertida, é verdade, mas combina bem com os heróis
do General. Assassinos e bandidos como os que
botaram as bombas no Rio Centro em 1981, como os que mataram covardemente
Herzog e Zuzu.
Então, General, não desonre a farda das Forças Armadas Brasileiras. Este manto que já esteve sobre os ombros de homens honrados, heróis de verdade como Rondon e Lott, não merece a vergonha de um farsante como o seu candidato ou de assassino covarde como o seu “herói”.
.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario