(...)

- Está aqui, é tua, vai sair,
Bruno?
- Não, a chave é para comer, o
que tu acha?
- Peraí, Bruno, tu está desde
manhã rançando com todo mundo, quase jogou a Aline de Ibirité pela sacada, o
que está havendo, tu precisa contar pra gente, somos tuas mulheres. - Disse
Mariana de Rosário do Sul, minha índia da Serra do Caverá, que amo de amor.
- Eu não tenho que contar nada
pra vocês, não devo satisfação pra ninguém, vocês são putas e eu que mando
aqui, está pensando o quê, Caverenta?
- Pelo amor de Deus, não brigue,
a gente só está preocupada contigo. - Disse Luciana de Viamão caindo de
joelhos.
- Tá bom, desculpe, Mariana de
Rosário, todas me desculpem, só me irritei com uns troços que não é da conta de
vocês, está tudo bem.
A Mariana de Rosário é
incorrigível, me faz de gato e sapato, voltou à carga:
- Mas onde tu vai, e pra que sair
armado?
- Sempre saio armado, esqueceu,
querida? Quando foi para livrar a tua cara tu achou bom. Só vou ali levar uns
caras e já volto, não demoro.
E saí, na escada já pisando feito
gato...
(...)
Demorei cinco horas, mas levei os
quatro para o inferno, dois tiros em cada um, para pegar o último tive que
recarregar. Esses fascistas não incomodam mais. Cheguei em casa sorridente,
elas respiraram aliviadas. Sem saber elas perderam três clientes violentos que as ameaçaram, machucaram, no
cabaré onde trabalham.
- Vão tirando os trapos,
mulheres, abram cervejas, vamos comemorar, correu tudo bem, amo vocês,
queridas, teremos um Natal Feliz!
(...)
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