Sou o errado, já sei.
Paciência, estou caindo fora. Enjoei de frases fora de contexto: é osho, é
rubem alves, é o dalai lama escravocrata, é mansur, é aquele doido do Caio
Fernando de porto alegre, e muito mais, e vem depois cada coisa, cada louco...
A Rita Lee, o moleque do
Skank é elevado a Nietzsche, mais o drogado de Brasília que dava pulinhos, e as
frases atribuídas a Elis que se matou de droga viram religião, e é mais uns
duzentos de vida estragada que tenho que ler, me ensinando a viver o que não souberam.
Onde onde quiserem estarão
as drogas que lhes deram coragem para repetirem bobagens que leram na infância
em algum livro.
Nunca tolerei, mas suportei
até o limite para tentar me comunicar com essa gente. Agora enchi. Não quero
mais me comunicar com ninguém.
Amados por loucos, drogados,
homossexuais, lésbicas, despreparados, covardes que ficavam chorando sem
reagir. Engraçado, quando precisaram ninguém lhes deu a mão.
Eu tentei estender a mão,
todos juntos transei com putas, lésbicas, homossexuais, bebi, fiz festa com
eles no mesmo quarto, mas não eram o meu negócio. Eles precisavam de outras
drogas, eu só de álcool, na inútil tentativa de entender esta vida.
Depois de mortos se tornam
ídolos. Uns coitados. Muitos conheci de passagem, eu não era das suas tribos,
nem pedi para entrar. Respeitei-os, como me respeitaram.
Chorei demais, mas não por
falta de pau nem de drogas, minha opção era a solidão de sonhar com uma mulher
que hoje sei que não existe, que o mundo era ruim eu sabia, e... Meu Deus,
apesar de ter morrido pelas ruas, pelas noites, não sabia que era tanto.
Junte-se uns sem talento
algum nem alma que eu reconheça que com dinheiro se colocam nas redes
"sociais".
Não clico mais, não levem a
mal. Respeito a todos, mas enchi. Prefiro uma frase pessoal dos amigos, simples
que seja (será simples, ou na simplicidade carrega o mundo?), ou uma música.
Eu gosto do falecido Caio
Fernando, trocamos livros, mas ele estava morrendo de Aids quando o conheci por
carta. Não pudemos conversar. Frase isolada não.
Quando os mortos diziam
bobagens ninguém ouvia, morreram secos, sem grande ou nenhum reconhecimento. Se
os citarmos, que seja no conjunto, não frase isolada.
Isolados eles eram, eu sou.
Deixem-nos em paz.
João da Noite, 14 de
setembro de 2016, Centro de Porto alegre, 5 da manhã.
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