martes, 31 de agosto de 2021

TEM UM GATINHO ALI

 Cansei de sair passear pelas ruas do Caiçara, do Savassi, tomar chope no Mercado Central, ver os perigosos onde não conto, ver amigas no Cafezal, com ele ali. Quando ia brincar com os mineirinhos na sinuca, ensinar coisas para a moçada do Alto Caiçara, deixava o blusão na cadeira da mesa do bar, ele de lá olhando. Ao andarmos pelas ruas o companheiro quando queria assistir o trânsito, a paisagem, me dava uma arranhadinha de leve, aí eu abria para ele ver tudo. Não levava o gatinho para tomar chope no Mercado Central de Belo Horizonte, claro, ele tomava água e comia na mão pedacinhos de peixe fresco, bem feliz.

No Mercado Central é (ou era) proibido entrar com animais, embora entre cada figura... O Gatolino Piu podia, ou os amigos mineiros e eu teríamos um sério problema. Nunca tivemos rusga nenhuma. Claro, sempre tem um boi corneta louco pra morrer, mas isso é assim em todo lugar.
Escrevi num conto que falava de crianças: o sinal, mortal, das que estão que estáo morrendo de fome é que perde a voz. Grita com os olhos. Esse eu salvei.
Como também morro de saudades de algumas mulheres da pensão onde morei. 



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