Há inimigos, eles nos tiram para
inimigos, uns cães raivosos cegos pela lavagem cerebral dos palacetes, como os
partidários do monstrengo Bolsonaro, pobres homens manipulados em seus
defeitos, há feras perigosas como congressistas, e há adversários políticos de bom convívio, tanto em nossas vidas como no parlamento, como deve ser.
Política, ex-Maquiavel, é a arte ou ciência do progresso pelo confronto de ideias, os contendores melhoram uns aos outros e à sociedade nesse confronto. A oposição fiscaliza a situação, etc. Lula é o
maior exemplo: político por excelência, emérito negociador, jamais incentivou a
violência, ao contrário, desgostou a muitos dos seus companheiros por, sem
deixar de ser firme, ser o Lulinha Paz e Amor antes e depois de chegar ao poder, em momentos em que eu mesmo
achei que deveria engrossar um pouco. Lula ganhou o respeito e a admiração de toda a Terra.
Marcelo Reis Garcia, assessor do
DEM e do PSDB, é meu adversário político e tem o meu respeito, quem sabe até poderíamos ser amigos. Assistente
social e especialista em políticas sociais, prestou serviços em gestões de
Antônio Anastasia (PSDB) e César Maia (DEM), é Conselheiro de Rodrigo Maia na
Câmara.
Marcelo vem de se somar aos que, sem nuvem de ódio lhe atrapalhando a visão - é um homem culto, ao seu modo humanista como se verá mais adiante -, abstraídas ideologias, enxergam que a prisão do
ex-presidente é injusta e resultado de um julgamento sem provas. Manifestou-se
em sua página no Facebook depois do interrogatório a que o ex-presidente foi
submetido pela juíza substituta e amiga de Sérgio Moro, sim, é preciso que se
diga, amiga e seguidora do inquisidor Sérgio Moro, futuro ministro do cachorro louco fascista, a Sra. Gabriela Hardt.
Acompanhem o texto:
O ex-presidente está preso há 7
meses. Preso sem provas concretas. Os delatores estão soltos e morando em suas
mansões. Só votei em Lula uma única vez na vida (segundo turno de 1989). Mas
separei quase 3 horas do meu dia e assisti ao depoimento de Lula para a nova
Juíza do caso Lava Jato.
Em nenhum momento foi apresentada
uma única prova de que o sítio de Atibaia era dele. Muito ao contrário, as
provas mostravam que não era dele.
Eu repito: Assisti atentamente.
Não foi apresentada uma única
prova. Nenhuma prova de que o sítio fosse dele. Ele frequentava o Sítio como eu
já frequentei a casa de vários amigos. Ontem (quinta-feira) tive muito respeito
por Lula: Ex-presidente da República que deixou o governo com 90% de aprovação,
que teve um câncer 1 ano depois, 73 anos, viúvo há quase dois, preso há 7 meses
sem uma única prova concreta do triplex do Guarujá e ele buscando por vida e
justiça.
Poderia ter saído do país e estar
exilado, mas foi se entregar na Polícia Federal do Paraná e cumpre uma pena de
10 anos sem que uma única prova seja real. Enquanto isso Temer é Presidente da
República e Padilha e Moreira são ministros.
Podem me vaiar, bloquear ou me
expor ao inferno, mas Lula é sim um Preso Político. O PT cometeu erros enormes,
mas os demais partidos também, mas o troféu que queriam era Lula. Fiquei triste
em ver o que a Justiça pode fazer com um brasileiro.
A Justiça pode matar, prender e
calar uma voz.
Lula está preso e em silêncio.
Está velho e frágil, mas manteve em todo depoimento argumentos sólidos sobre
sua situação e sabe que o tempo será cruel com ele. Ontem, no final do
depoimento, chorei pelo Brasil e vi que, quando a classe média e a elite
minoritária desse país se sentem ameaçadas, elas usam da legalidade para
reverter o jogo e voltar ao poder.
Tenho 49 anos e ontem tive a
sensação de que veremos Lula sair no caixão da prisão e aí a história será de
fato contada e compreendida. Aí virão monumentos, homenagens e tudo mais.
Lula quer a Vida dele de volta.
Lula não quer ser um herói morto. Quer ser um Político vivo e com voz. Tenho
quase certeza de que não vai conseguir. A Justiça ontem mostrou pra mim que
esse país mata com a lei na mão e que a lei é uma interpretação.
No caso de Lula, uma
interpretação de pena de morte.
Lula vai morrer na cadeia.
E o que mais me assusta é que é
justamente isso que a minoria que comanda a desigualdade no Brasil quer.
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