lunes, 19 de octubre de 2020

ATÉ PODE ENTRAR VIVO NA MINHA ÁREA, MAS...

 .


Não existia cartão amarelo, e sim a regra "do pescoço pra baixo é canela". Expulso o cara seria se saísse em briga de mão, isso não pode, ou se numa voadora ferisse gravemente um adversário em falta feia, do sujeito ser levado para a Emergência do Hospital de Caridade. Na expulsão nada de cartãozinho, era o braço do juiz esticado para fora do campo, indicador em riste: rua! Fui expulso somente uma vez, o juiz era deles, ladrão, pois nem matei o alemão provocador, só saiu choramingando com a perna quebrada.

Esse time NUNCA perdeu uma partida. Todos na catega, mas quando o negócio complicava eu, 14 ou 15 anos e capitão do time - nem sempre fui, que era o zagueiro central, dizia pro Tasico, quarto zagueiro (penúltimo em pé, da esquerda para a direita): vamos abrir o açougue, negão, e subir para a área deles. Ele, que a bola morria ao cair em seu corpo, elegante, saía batendo pra matar. Pro Jardo e pro Rui, ao meu lado, nem precisava dizer. Lá na frente o Sérgio, o Gilba e o Lumumba, todos os nossos cobras - de alguns não lembro os nomes, se sentiam melhor na foto, agora é nóis, e iam velozes para cima deles. Coisa mais boa ao final da peleja, saindo de campo, receber um abraço feliz do nosso técnico José Machado, este benfeitor da comunidade - tempo, dinheiro, dedicação - por apoiar a meninada.

No hay comentarios.:

Publicar un comentario