Vamos
e venhamos: isso de ter candidata (se falam candidata é porque não foi eleita)
a vereadora ladra, como no caso do PSDB do Espírito Santo, ora, isso pode
acontecer com qualquer agremiação.
O
problema são os eleitos e, pior ainda, os caciques dos partidos. Veja-se a
cúpula do PSDB, PMDB e muitos outros: ali se rouba de dezenas de milhões, cada
um mais sujo que pau de galinheiro, não roubam apenas uma sacola de mercadorias
de supermercado, no que parecia mais diversão, uma aventura, do povo do que
crime, embora crime seja.
Claro
que todos fomos a favor dos primeiros movimentos da Justiça para enquadrar os
ladrões ou os que de alguma forma agiam à margem da lei. Creio que todos
aplaudimos a Lava Jato num primeiro momento, para logo alguns de nós darmos
para trás, repensar: tinha algo de muito errado. Ainda tem.
Os
visados eram apenas os quadros de um partido político, o partido com mais poder
na coligação que venceu as eleições presidenciais.
Conversas
entre meliantes de altos postos confirmam: o golpe serviria também para estancar
a Lava Jato, pois a presidente Dilma assistia impassível, de consciência limpa,
o avanço da Justiça sobre os que cometeram crimes. Naquele passo logo chegaria
nos eternos inculpáveis.
Ficou
claro que os processos, agilíssimos para uns, eram meros instrumentos para o
Golpe que pretendia barrar processos semelhantes a posteriori. Se combinaram
com a Justiça não se sabe, porém o Supremo lavou as mãos no que talvez tenha
sido a pior e mais covarde decisão da sua história, quando chamado a atuar na
ópera bufa que foi o impeachment.
Isso
e mais a lavagem cerebral da grande mídia - sem esta não haveria Golpe, foi o
que bastou para que os grandes ladrões rasgassem a Constituição e adotassem o
plano de governo perdedor nas urnas, ao tempo em que esses grandes ladrões
maquinavam para se safar das garras da lei.
Ainda
trabalham para isso, no desespero perderam completamente o tino, ao ponto de
nomear um maluco para o STF, para que mais tarde revise a Lava Jato dos que tem
fôro naquele tribunal. Como último recurso, ainda podem renunciar aos cargos,
remetendo os processos - quando e se houverem - para a primeira instância,
ganhando tempo; inútil recurso, nessas alturas a opinião pública não permitirá
engavetamento.
Por
outro lado, com tanto ladrão descarado, com pilhas de indícios de
enriquecimento ilícito, e a Justiça, Procuradoria e Polícia sabem disso, e
aquele juiz de Curitiba foi atrás do Lula, sem evidência concreta alguma. Até
da mulher do cara, do filho...
Francamente,
isto que dissemos não é nenhuma novidade em corredores e salões dos
privilegiados. Ninguém é criança, passa da hora de começarem a respeitar as
caras dos cidadãos e cidadãs.
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