sábado, 24 de septiembre de 2016

SONHEI DEMAIS

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Bom dia aos amigos seus e às amigas minhas.

Acordei com um tesão dos infernos. Primeiro no sonho uma mulherada nua que me tonteou, ui, taradas, até ali eu estava muito feliz.

O pior veio depois.

Tesão para dar um tiro num vampiro, pois sonhei com um vampiro destruindo o Brasil. No sonho ora era o vampiro temeroso de quinta catega, ora era o vampiro da serraria, de segunda.

Protegendo-os, a vampirada, uns mil, era vampiros da FIESP e dos Estados Unidos, estes de primeira categoria, e os infelizes tiriricas, romários, empresários gatos, legisladores da Câmara e Senado, gente da (in)Justiça, caninos à mostra pingando sangue, me ameaçando.

Alucinado, pensando que era verdade que queriam chupar meu sangue e de todos os pobres do Brasil, peguei a arma debaixo do travesseiro e atirei em todos.


Descarreguei a automática.

Foi um escarcéu no prédio. A D. Lulu, a mais velha moradora, lá do 801, com 84 anos, foi a única pessoa que teve coragem, desceu e tocou a campainha. Abri a porta ainda com os cabelos desfeitos, todo ruim.

- Está tudo bem aí, Salito?


- Sim, dona Lulu, só tive um sonho ruim, já passou, muito obrigado.

Ela me olhou e respondeu:

- Antes dos tiros eu ouvi os teus gritos no pesadelo. Infelizmente o pesadelo não acabou, meu fio, está recém começando. Não se entregue, sei que tu tem coragem.

Aí num impulso avancei um passo, cruzando o limiar da porta, e me abracei nela chorando.
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O QUE FAZ A BEBIDA

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A última antes de capar o gato para o aeroporto de Confins. Agora sei que estava com saudades antecipadas da cidade, no fundo não queria voltar para Porto Alegre, não agora. Ontem não sabia disso e aprontei. Morro de vergonha, mesmo depois de duas caipirinhas, mas conto.

Comecei ali pelo pelo meio-dia: tomei doze cervejas de casco, 600 ml, num boteco do Mercado Central de Belo Horizonte, isso depois de três ou quatro rabos-de-galo. Saí pelas três da tarde, levando os números de telefone de algumas changas Uai que me deram trela, e fui pra outro boteco encontrar um camarada lá pros lados da Lagoa da Pampulha. Lá tomamos trinta, eu umas vinte e ele dez, sou um gambá voraz, bebo rápido. Esqueci de almoçar, claro.

Havia combinado de encontrar duas doces amigas do Facebook à noite, a Arlete (Rio de Janeiro, de passagem por Belô) e Luíza (Belô) no Pedacinhos Do Céu, amo aquele bar musical, o templo do choro. Cheguei atrasado, pelas nove e meia da noite, o Ausier lá do palco só me olhou, eu sem camisa, com a indumentária superior numa sacola, corri ao banheiro fazer pipi (depois de tanta cerveja era toda hora a vontade) e vestir a célebre amarela e preta do Peñarol de Montevideo, por cima uma preta social e depois o paletó. Deu tudo certo e voltei à procura das senhoras, estavam numa mesa do fundo.

Uma festa, tiramos foto e tudo. Lá pelas tantas, depois de mais seis cascudas, me deu uma euforia imensa e as pedi em casamento. A Arlete disse rindo: - Tudo bem, mas com qual de nós quer casar?

- Com as duas. Ué, o que tem de mal?

Aí elas sentiram o drama. Foram ao banheiro, mulheres indo juntas ao banheiro é fatal, malandro, tu tá frito, falam mal de ti, consideram a situação brasina e tal... Na volta pagaram a conta e se mandaram, lembraram de outro compromisso às onze da noite, com toda a gentileza.

Restou-me sair com o Pepê do violão, quando a música acabou e o bar iria cerrar as portas, fecha cedo, a uma da matina prum boteco vagabo da Dom Pedro, para tomarmos a penúltima.

Não recordo como cheguei aqui na pensão da Rua Rosinha, tenho a impressão que era de manhã, sol alto.
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viernes, 16 de septiembre de 2016

À buva

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Me fui pras buva! - exclamei outro dia para uma mulher. Pronto, a dúvida se instalou na cuca da capixaba. Esclareço.

Buva - Conyza bonariensis - é uma espécie daninha comum na região Sul do Brasil, um terror para algumas plantações.

A Globo e seus patetas que sabem de nada logo colocariam a culpa nos argentinos, pelo "bonariensis", velho recurso de botar a culpa nos outros a que sempre apela para não reconhecer a própria maldade e incompetência, mas nada a ver, os argentinos, com população de 42 milhões de habitantes, não tem culpa de jogar futebol melhor do que nós, com nossos 206 milhões e área três vezes maior, para desgosto da Galvona Buena, uma vagaba que se vira no Méier, vai que é tua, grita para a molecada.

Não, nada a ver com los hermanos. A buva cresce em muitos lugares, com origem comprovada da Rua Von Martius, 22, no Jardim Botânico carioca, este jardim que, ao que se saiba, nenhum canalha tenta privatizar, diferentemente do que pretende um governador do RS e, bem, mania de ir mudando de assunto, isto ainda me levará pra cadeia em tempos nazis, onde estava?

Ah, na buva. Desde este endereço carioca ela causa terríveis malefícios ao povo, e já invadiu São Paulo, na Av. das Américas, pelo nome da avenida pretende invadir a Argentina, tocando o aerofônico clarim em si bemol. Em Porto Alegre fica na esquina da Av. Ipiranga com Érico Veríssimo, pobre do seu Érico. Seus tentáculos devoradores estão por todo o Brasil.

Pero no linguajar de gaúchos que já morreram na guerra, buva tem também outro significado. Se o índio diz me fui ou me vou pra buva, ou pras buva ou buvas, é como dizer sei que vou mifu, azar, não quero nem saber, encaro a maldade que for. Naquela de já que estou no inferno não custa nada dar um abraço no capeta. Estamos indo pras buva, ultimamente, pelos moleques que cultivam essa daninha na Rua Von Martius, e a espalham pelo Brasil diariamente.

Sei que com estas vinte e poucas linhas mereço ser convidado para integrar a Academia Brasileira de Letras, mas de antemão recuso, prefiro ir pra buva a me misturar com gente do naipe de Merval Pereira e José Sarney.
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jueves, 15 de septiembre de 2016

DELATORES E CRIMINOSOS DA LEI

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Tou escrevendo uma história chamada Delações Premiadas. Ainda estou em dúvida sobre o título, talvez troque para Felações Premiadas.

Ali se vê a covardia de ambos os lados, de um lado um ladrãozinho tipo banqueiro, mas menor: o covarde delator. Do outro lado os covardes inquisidores fabricantes de "provas", estes que, rasgando as leis, mal sabem que o mundo gira e que um dia o mal cometido vai estourar na sua porta.

No comecinho gostei desta parte:

- Pois é, senhor procurador, eu vi o Aécio receber 2 milhões...

- Cale-se, não foi isso que lhe perguntei.

- Desculpe, então eu sei como o Temer recebeu 9 milhões... e tem outras pessoas do PSDB, do PMDB...

- O senhor quer ir para casa de tornozeleira e ganhar uma boa vida, ou mofar na cadeia entre bandidos da pior espécie? Repito: não foi isso que lhe perguntei!

- Mas eu não sei mais nada, doutor.


- O Lula, idiota, se não sabe nada sobre ele, invente.
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NACHT DER LANGEN MESSER - E os risos do manicômio

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Cheguei em casa há pouco e as mulheres me chamaram, venha correndo ver isto. Nunca vejo a porcaria da Globo, mas fui ver. Lá estava um procuradorzinho de fraldas indiciando o Lula. A perseguição ao melhor presidente da nossa história segue implacável. O indivíduo sem mundo estava também sem provas, mas se dizendo convicto.

Vontade de rir da palhaçada. Como aquela da condução coercitiva por mais de cem homens armados, determinada por um canalha, para um delegado perguntar a idade e o endereço do Lula, o que todos os habitantes do planeta sabem.

Pretendiam mesmo era levá-lo para Curitiba, por nada, com a Globo prontinha para fazer o escarcéu. Não o levaram, conforme seu maligno plano, pela reação dos militares encarregados do aeroporto, que como homens de valor encararam os "japoneses" bandidos da Polícia Federal: aqui quem manda somos nós.

Essa teoria do não-fato entrará para os anais jurídicos do mundo.

Ainda ontem comentei aqui, quanto a perseguição desenfreada de um juizinho de primeira instância, com o criminoso aval do tribunal maior. O plano dos golpistas, para ser bem sucedido, sabem eles: Lula precisa ser morto, desmoralizado.

Todos sabemos dos motivos que levam os fascistas a essa loucura. Por um instante fugaz tornei a recordar da Noite dos Longos Punhais, ou das Facas Longas (Nacht der langen Messer) de 1934, determinada por Hitler e seus companheiros.

Num átimo voltei ao presente. Lembrei das delações premiadas:

- Pois é, senhor procurador, eu vi o Aécio receber 2 milhões...
- Cale-se, não foi isso que lhe perguntei.
- Desculpe, então eu sei como o Temer recebeu 9 milhões... e tem outras pessoas do PSDB, do PMDB...
- O senhor quer ir para casa de tornozeleira e ganhar uma boa vida, ou mofar na cadeia entre bandidos da pior espécie? Repito: não foi isso que lhe perguntei!
- Mas eu não sei mais nada, doutor.
- O Lula, idiota, se não sabe nada sobre ele, invente.

Os patos amarelos massa de manobra, destilando um ódio que sequer sabem a razão, devem estar rindo, brindam, com aquele riso bobo como o dos coitados e mais sofridos internos do manicômio Colônia de Barbacena.
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miércoles, 14 de septiembre de 2016

ESTOU INDO EMBORA

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Sou o errado, já sei. Paciência, estou caindo fora. Enjoei de frases fora de contexto: é osho, é rubem alves, é o dalai lama escravocrata, é mansur, é aquele doido do Caio Fernando de porto alegre, e muito mais, e vem depois cada coisa, cada louco...

A Rita Lee, o moleque do Skank é elevado a Nietzsche, mais o drogado de Brasília que dava pulinhos, e as frases atribuídas a Elis que se matou de droga viram religião, e é mais uns duzentos de vida estragada que tenho que ler, me ensinando a viver o que não souberam.

Onde onde quiserem estarão as drogas que lhes deram coragem para repetirem bobagens que leram na infância em algum livro.

Nunca tolerei, mas suportei até o limite para tentar me comunicar com essa gente. Agora enchi. Não quero mais me comunicar com ninguém.

Amados por loucos, drogados, homossexuais, lésbicas, despreparados, covardes que ficavam chorando sem reagir. Engraçado, quando precisaram ninguém lhes deu a mão.
Eu tentei estender a mão, todos juntos transei com putas, lésbicas, homossexuais, bebi, fiz festa com eles no mesmo quarto, mas não eram o meu negócio. Eles precisavam de outras drogas, eu só de álcool, na inútil tentativa de entender esta vida.

Depois de mortos se tornam ídolos. Uns coitados. Muitos conheci de passagem, eu não era das suas tribos, nem pedi para entrar. Respeitei-os, como me respeitaram.

Chorei demais, mas não por falta de pau nem de drogas, minha opção era a solidão de sonhar com uma mulher que hoje sei que não existe, que o mundo era ruim eu sabia, e... Meu Deus, apesar de ter morrido pelas ruas, pelas noites, não sabia que era tanto.

Junte-se uns sem talento algum nem alma que eu reconheça que com dinheiro se colocam nas redes "sociais".

Não clico mais, não levem a mal. Respeito a todos, mas enchi. Prefiro uma frase pessoal dos amigos, simples que seja (será simples, ou na simplicidade carrega o mundo?), ou uma música.

Eu gosto do falecido Caio Fernando, trocamos livros, mas ele estava morrendo de Aids quando o conheci por carta. Não pudemos conversar. Frase isolada não.

Quando os mortos diziam bobagens ninguém ouvia, morreram secos, sem grande ou nenhum reconhecimento. Se os citarmos, que seja no conjunto, não frase isolada.

Isolados eles eram, eu sou. Deixem-nos em paz.


João da Noite, 14 de setembro de 2016, Centro de Porto alegre, 5 da manhã.

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PRIVATARIA - O RETORNO

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O golpista Moreira Franco, a eminência parda dos usurpadores, há pouco no programa radiofônico Hora do Brasil (19:05h de 13/9/2016) dando ideias gerais da privatização - por enquanto via concessões - que será implementada o quanto antes pelo governo golpista, antes que caia.

A eles, para o assalto ao Tesouro do povo, é agora ou nunca, urge que se faça logo. Contratos com entidades internacionais, eles sabem, mesmo que depois os vândalos sejam depostos, são dificílimos de ser rompidos, sob pena de punições econômicas.

O indivíduo diz que tudo será feito com grande transparência, que beleza. Não desatei a rir porque o tema é muito sério. Fiquei, isto sim, com grande amargura na alma.

Transparência para inglês ver e o povinho pato amarelo ser roubado e aplaudir achando que é bom. Vi muito de perto a sujeira que cometeram antes. Eu vi, e compreendo tudo aquilo, mas temos muitos profissionais, atuários, professores, mestres em matemática superior, melhores do que eu, que não viram. Se vissem estariam subscrevendo tudo o que escrevi a respeito.

A Dilma também conhece o esquema em visão macro, sabe o território minado, pois cálculos de grande complexidade não é tarefa da chefe de estado. Eu entendo os cálculos, mas ambos sabemos como funciona, ela porque nunca foi boba nem politiqueira como eles.

Claro que sei que em todos os governos há ladrões, não adianta, nessas coligações a preço de cargos o roubo é antecipadamente declarado, para não falar dos desonestos "internos", do próprio partido.

Porém, no caso da Dilma, eles sofreram muito, ela não permitia, alguns devem ter feito sem ela saber, pois uma pessoa nem cem conseguem controlar o paquiderme que é o Estado. Muitos roubaram sim, mas jamais com a ordem saída do gabinete presidencial. Neste a ordem era para coibir, a qualquer preço, e daí advém o ódio dos gatunos que acabaram tomando o governo à força, pela mentira, com a rede Globo de parceira e cúmplice.

Quem fará os cálculos matemáticos para a determinação dos preços mínimos do patrimônio nacional? Os mesmos da Privataria do FHC, isto é, as "consultorias" estrangeiras fiéis aos estrangeiros interessados?

A roubalheira ficará embutida numa imensa fórmula onde ninguém a verá, os que a virem não entenderão o significado daquela raiz negativa de "x" ao cubo emendada na lista de siglas do comprido divisor. Ou a propina no desvio padrão de uma formuleta auxiliar nos cálculos de avaliação com base no fluxo de caixa projetado para "n" anos trazido a valor presente com taxa de juros norte-americana, a taxa que lhes der na telha.

Publicarão todos os dados que terão das avaliações para que técnicos nacionais possam vê-los? Jamais.

De certo o político golpista disse apenas que os investidores, que irão se apoderar do patrimônio nacional, receberão financiamento de 20 bilhões do FGTS, dinheiro dos trabalhadores que na origem tinha outros fins que não subsidiar tubarões, entre outras verbas ainda não declaradas.

Comprarão o que é nosso a preço de banana, com o nosso dinheiro.
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domingo, 11 de septiembre de 2016

POR EL CAMINO

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A caminho do Uruguay parei em Santa Vitória do Palmar, de saudade de pisar na tristemente famosa Praia do Hermenegildo, uma lindeza que sempre amei. Fui lá.

Parei o auto, tirei os sapatos, tirei quase tudo, fiquei só de cuecas, umas cuequinhas de viado que as mulheres me deram de presente em Itaguaí, no Rio. Pisei de pés descalços na areia, renasci. Entrei correndo na água.

Até que está linda a Hermena, recuperada, para quem a ama como eu está boa demais.

Depois, a caminho do Chuí, chovia a cântaros por el camino. Reduzi a velocidade, muita chuva. Parei no acostamento quando o pára-brisa ficou cego.

De umas moitas vi se alevantarem, cobertos de plásticos pretos, humildes índios que vendem cachaça e docinhos na rodovia. O índio levantando as cachaças de litro, a índia com os doces e uma cabaça nas mãos. O indiozito de uns oito anos com um cartaz manchado escrito Fora Temer.

Desci sob chuva, me abrigaram debaixo dos plásticos. Comprei a cachaça, a cabaça e os doces. Gastei poucos trocados para o meu bolso, por enquanto. Para eles muitos.

Conversamos, nos abraçamos. Foi fácil o entendimento, somos humanos com as mesmas reclamações.

Agora rumo meio acelerado para o Chuí, mas tomando cuidado. No Chuí vou estacionar e tomar um trago no bar La Cueva, do outro lado, no Chuí uruguaio, cantarei um tango com o pessoal. Depois sim, alta madrugada, pegarei o auto e entrarei no Uruguay a mil, me vou abaixo d'água, a chuva não pára, pegarei estradas sem asfalto, sei que vou ficar bem.

Preciso ver uma mulher em La Tablada, está me esperando há 50 anos, a bruxa que diz que precisa muito falar comigo em sonhos.

Para o menino prometi na volta de La Tablada lhe trazer um cartaz novo, só um não, mais de um igual aquele.
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LIVRE

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(Da série "As bobagens de nosotros") - Em construção.
LIVRE
Tem melhor opção do que arrancar a cabeça ou a ideia, vão por mim, ó nobres leitores, tem sim. Hoje falo para homens, guris, os melhores deles, os sentimentais: vi pela internet um troço de mulheres falando que nem arrancando a cabeça mudam de ideia.



Dá cadeia, malandro, se decapitar a onça com a faca maior, a afiada que ela nunca toca, com que fazes comida pra ela, carne gaúcha, ou se meter-lhe um ferro de passar com a toda a força na cuca.
Ela merece, eu sei. Mas não mesmo, nada de prisão, nada de sujar a biografia por um momento de loucura. Todos merecemos viver bem, em liberdade, sei do que falo, muito visitei presídios de jovens que perderam a paciência. Choram de arrependimento lá naquele horror gelado onde aprisionam os errados, de esperanças por uma nova chance.
Tudo passa. Tem vida lá fora, apesar dos Temer.
O amigo aí, vivido ou lutando para ser vivido, vivendo, em silêncio junta as suas roupas essenciais, as mais novas, e soca numa malinha velha, e em silêncio sai.
Na cabeça bailando um "Até nunca mais, juro, por tudo o que me é mais sagrado". Lá de dentro, descendo as escadas, ouve os insultos proferidos pela sabe-tudo que não muda de ideia nem arrancando a cabeça.
Acreditem, maninhos: vai aparecer um malvado na vida dela, e ela vai amar. Temos que respeitar.
Sai pela rua sem ter nem saber para onde ir, em duas horas andando a raiva já passou, agora segue misturando sentimentos de desgosto, tristeza e revolta.
Lá quarteirões adiante ouve música vinda de um bar, mas está sem dinheiro. Segue caminhando para algum lugar que não sabe, sem dinheiro, sem casa que deixou para ela, sem nada, mas começa a sorrir.
Livre, enfim.


Sei do que falo, pois escrevo aqui da Penitenciária de Segurança Máxima de Charqueadas.
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