viernes, 31 de agosto de 2012

As galinhas do Contralouco, na Charge do Dias

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Os boêmios sentados, calmamente, folheando os jornais e tomando fada verde, num dia é dyabla e noutro é fada, mas é losninha mesmo.

Mr. Hyde fumando na janela, mão direita para fora, a esquerda segurando o jornal. Quietude.

Entra o Contralouco, cara de nenhum amigo, e senta sem uma palavra. Todos o conhecem, melhor não perguntar nada. Seguem nas suas vidas.

Clóvis Baixo sai do banheiro com jornal na mão e vê o Contra. Diz, alegre:

- Bah, meu, eu tava cagando e li aqui no jornal que a Adriana Galisteu...

Pra que.

- Não quero saber de galinha nem de galinhasteu, me larga, Baixo, ou acaso este buteco está virando prostíbulo?! Daqui a pouco vai querer falar do capítulo de novelinhas. Fala algo que preste, tchê!

Com os olhos Mr. Hyde pede para o Clóvis baixar a bola.

- A merda que eu fiz ontem... botei fogo na fubica errada, não era a gritona da propaganda eleitoral, tinha uma igual na casa do lado - disse o Contralouco, voz de raiva e lamento.

Com essa Leilinha Ferro nos pediu para encerrar os diálogos: "Salito, cortei a gravação aqui, o tio Contra começou a falar de todos, de repente ia para a rua, tentando ver inimigos... e voltava, tava muito brabo, mas naquela hora não passou nenhuma camionete machucando ouvidos, graças a Deus". 


Os boêmios escolheram as seguintes charges, com autorização da coordenadora.

A primeira vai direto para a parede, emoldurada. Na hora a tigrada entoou vozes de acompanhamento, garganta de boca fechada, alguns laialá, e Cícero do Pinho rasgou seu violão, Janjão se fez de Cartola e Jezebel de Dona Zica. O Contralouco por milagre amoleceu o semblante, chorou. O bar virou uma festa de amenidades, amor.

Com o grande, espetacular, NANI.




Depois caíram de pau nos chargistas de Porto Alegre, não temos os diálogos nem sabemos as razões, nem queremos saber. Com o Bira.




Por fim, com o Pelicano, do Bom Dia (São Paulo, SP). "Aqui o tio Contra gritou que vai ver é no apagar da vela, não entendi".



E a luz que a todos alumia, Leilinha Ferro, escolheu a obra do Cazo, do Comércio do Jahu (Jaú, SP). Fã "antiga" do Cazo, manda abracinho a ele. Está dado.




Vassily Ivanchuk em Istambul

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De fato o gênio estava em Júpiter. Hoje acordou. Estamos em pouso a caminho de Espanha, longe ainda, saídos de Bujumbura. Mas, como torcedores, não podemos faltar com essa: Ivanchuk, o meninão que tirou fotos abraçado com a criançada em Caxias do Sul, na Festa da Uva, acordou hoje em Istambul. Falou com os anjos, murmurando "como pude perder aquela".

Ivanchuk é assim. Levanta da mesa de jogo, vai para longe e começa a cantar, o tempo correndo contra, fica no céu, nada de droga, é o seu cerebro, sua sensibilidade.

Tem dias que sai e esquece o tabuleiro, vai para a rua, olhando para o céu. O relógio comendo. O seu "técnico" sabe como lidar, nem sempre dá certo, mas sabe, toca nele na hora certa, aí Ivanchuk volta correndo, preocupado, e adeus, adversário.

Um dia largou a partida no meio, com vantagem, e foi para o hotel, do outro lado da cidade.

Noutro dançava feito doido no ambiente finório, todos de jaquetão e pince-nez, lordes e lordas. Espantou os viventes, ao ganhar mais um título. Depois saiu correndo para a rua, dançando músicas tradicionais da sua região dos confins da Ucrânia. Aos reis da Inglaterra, que nada entenderam, Vishy Anand, atual campeão do mundo, sorriu como só ele sabe e caminhou para a rua para abraçá-lo e gritar junto. Vishy havia perdido a partida e o troféu. 

Hay dias em que perde logo. Quem o conhece sabe que não estava a fim. Em outros destrói monumentos.

Mata todo mundo de preocupação.

Mas é o companheiro mais amado por todos os luzeiros do circuito mundial de profissionais, a começar por Vishy Anand, o campeão mundial, que agradece a Deus não ser Vassily Ivanchuk o seu desafiante. 

A Grobo na época, na Festa da Uva, não deu um pio, sobre a presença do maluco das estrelas em terras gaúchas, no Brasil. Uma inesquecível passagem, haveremos de descobrir o caxiense que cometeu o façanha de trazê-lo.

Fosse lá, no Rio, nos empurrariam goela abaixo cem vezes por dia, de mau jeito, com grosserias, constrangendo o artista, não sei se Ivanchuk não daria uma porrada em algum. Daria, se fosse o viado do Bial, escritor de livros sobre a cachorrinha do Roberto Marinho. Agora ilusionista de pobres meninas de vila, segundo nos contaram.

O bicho é amoroso, do povo, de macumba a sinfonias, mas estranha mediocridades, sai da frente, que forçam aparições grotescas, como sói com essa gente da Grobo.

Em São Paulo, então, nem pensar, os lixinhos do CQC berrando daquele jeito, alucinados em cima das antas indefesas do interior do Brasil, agitação falsa, sou o carinha, olha eu aqui... Seus..., só conhecendo o por trás da telinha para saber o Tas. Que decepção, seu Tas, seu bosta gritão, explorando meninos sem ensinar nadinha, na mesma tela alugada para estelionatários de religiões, ali não pode ser bom moço, tem que arrancar reais, né?

Sabe a história da Band, dessa que aluga, de como chegou às mãos do teu patrão?

Mas que mania de mudar de assunto. Tem gente que parece que bebe.

Falava de Ivanchuk. Das besteiras que fazem, os malucos do xadrez, antes de tomarem todas, uma é o futebol. Ivanchuk se mete a goleiro. Deixa passar todas, rindo, garrafa de vodka na mão.

Ah, lá em cima: como fazem diariamente, no Rio e SP, com artistas menores.

Deixemos vulgaridades de lado.

De outra vez, muitos anos atrás, numa dessas de sair pela cidade com o relógio correndo, na volta perdeu uma partida importante. Pronto, saiu encolhido, amuado, e disse que nunca mais jogaria xadrez. Vou plantar couves. E passaram-se os dias, as semanas, dois meses, três... Um belo dia chegaram todos juntos na sua simples moradia: dez dos vinte maiores cérebros da Terra, quem pôde foi, atravessaram oceano, alguns. Quem não pôde mandou flores e mensagem, para ser entregue no momento da chegada dos que puderam. Telefonaram na hora em que as garrafas eram abertas, quando Vassily humildemente mostrava as couves que havia plantado. Um mar de couves, ele corado do sol.

E o convenceram a voltar. Tinha que ver a felicidade do homem. O que mata a gente é o descaso, é a inexistência de amigos, pessoas que nos rodeiam porque necessitam sugar, viver, que pensam só em si, como é no dia a dia da maioria de nosotros. Ali ele aprendeu, ou teve sorte, que nao é bem assim, no nível de gente do seu meio, onde andam com a cabeça.

Abaixo, o luminoso ucraniano, em foto de hoje, ele que já não é um menininho, e sim um menino grande, ar de cansado, mas ameaçando um sorriso vindo de dentro da sua aparente timidez. Ao lado, no tab do blog, a partida.

Louco, graças a Deus, de atar!







A vida (dos outros) por mais dinheiros


 
Eu já sabia que Mr. Gugle, por trás o Pentágono e a CIA dos norte-americanos, é um filho de uma puta assassino, com o perdão da expressão, não achei outra melhor. Como o é aquele, aquele... como diz o filósofo Aristarco... ah, o Mark Putenberg do feicebuc, um inescrupuloso escravinho da CIA. Mais um lixo deste mundo dominado pelo império.

Todo mundo sabe disso. Este mundinho dessa gente resume-se a dinheiro.

Mas agora foi longe demais.

Aqui não se trata dos milionários, ou assaltantes, alugarem um site, pagando horrores a Mr. Gugle, e dele fazerem mau uso.

Não, é o próprio Mr. Gugle, o suposto dono da rede.

Há poucos minutos entrei no blog, ver se tinha recado e tal, que quase nunca tem, ou corrigir algum escrito feito às pressas, e também para relaxar, é meio de me comunicar com o mundo, tomando pouco cuidado com os bandidos, fé no taco e no dos companheiros, vi estupefato, na minha cara, a seguinte publicidade, naqueles quadrinhos de propaganda que aparecem:



Isto no meu espaço, onde falamos de butecos e de músicas, compositores, cantores. Pergunto-me: que esporte será esse, com armas de pressão assim, de que o blog Ainda Espantado faz propaganda?

Uma armona dessas, para atirar em quê? Elefantes de plástico? Mas é muito feio matar animais grandões, seu. Já chega os bois plastificados, derramados em gordura antinatural, que devoramos através do horror dos frigoríficos. O segredo, então, estaria entre a última letra e o ponto de exclamação, no espaço inexistente do publicitário analfabeto?

Não, como sabe Mr. Gugle, é pior. Publicitários, como os concebemos hoje, são apenas ladrões metrossexuais. Olhem a vida dos que dirigem Lula, Serra, todos os abonados. Publicitário é sinônimo de ladrão sujo. Recebe o grosso depois que o eleito pegar o governo, além de empurrar lixo no povinho. Ó nobre estudante de publicidade, perdão, você vai mudar isso? Nas aulas os professores contam como ficaram ou pretendem ficar ricos? Falam em talento? Não brinca. Qual é a graça em arrancar o dinheiro de esfarrapados incultos? Isso, a lei do cão. Vai mudar porra nenhuma.

Uma modificadinha planejada, ali atrás, na oficina, com mais três ou quatro componentes inofensivos que chegaram aos poucos por certos canais de entrada no país, e a velocidade e as balas podem ser outras, o produto é outro. 

Isso se chama tráfico de armas, na cara da polícia. 

Mr. gugle, seu irresponsável, para que isso? De armas não entendemos tanto assim, mas conhecemos o breu, fugimos de lá. Sabemos de máscaras no escuro, a podridão de almas mascaradas, que gozam precocemente no horror.

O senhor tem filhos?

Para não falar em emitir nota de uma coisa e embalar outra, prontinha, via fronteiras aniquiladas, com poucos federais "do bem" que ganham muito mal para quem diariamente corre risco de vida.

Sim, de vida, "risco", "perigo", é só de perder. No caso o que de mais precioso temos, a vida. Isso de morte é bobagem dos politicamente incorretos, até no sentido das palavras os otários querem inovar. Perder a vida, esse o risco, os bons especialistas das companhias de seguros sabem do que estou falando. Pensamos na vida, nunca na morte. Risco ou perigo de morte, de perdê-la, nunca corremos, esta é certa, ninguém perde a morte.

No império, todos sabemos, é possível comprar uma arma em qualquer bolicho, daí que volta e meia assistimos meninos doentes descarregando automáticas e fuzis sobre os colegas de aula. Pagamos um alto preço cultural - e econômico, esta a razão - por sermos alinhados aos canhões da maldade. Para eles a polpa. O atual governo brasileiro está tentando mudar isso, mas não é fácil, depois de mais de 60 anos de subserviência.

Mr. Gugle, ou a CIA devoradora de mentes com o cineminha dos lindinhos de Óliú se fingindo de rambos, me prometeu dez milhões de reais, ou um pila, não lembro, não importava, para colocar propaganda no blog, topei só para me arriar no patife, ver qual era, ora me pagar, não sou tão inocente assim.

Mas ele superou as expectativas, coisas fora de imaginação, já veio direto, sem respeito, sem nada, sem o mínimo pudor, sem um fragmento de pudor que até encadenados em prisões de alta periculosidade possuem.

É só dinheiro, quem pagar leva, deixando a monstruosidade da sua parte, de que não mais necessita, depositada em cofres de seres seus iguais. Um terrorista financeiro, investidor de fábricas de armas, a maior receita de exportação dos Estados Unidos, mais que os grãos dos alimentos, onde antes eram campeões.

Não por acaso a Suécia, sumida dos nossos noticiários por alguma razão desconhecida, fabrica horrores de armas, e as vende, como os EUA, para todos os lados em conflito. A parte boa, as armas mais fatais, para vencer trabucos, vende aos EUA. A Suécia é aquela que quer extraditar Julian Assange para os Estados Unidos, por denúncia de estupro de pobres moças que nunca prestaram queixa, mas foram pressionadas, compradas e até ameaçadas se não mentissem.

Mr. Gugle está aí no meio dessa bela história, com papel fundamental.

Traficantes desgraçados.

jueves, 30 de agosto de 2012

Olimpíada em Istambul, 3º dia

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E a Olimpíada entra na fase da guerra sem quartel, com entreveros de titãs. E com algumas surpresas (se bem que no xadrez não tem apito para ajudar o Corinthians, então por vezes, quando é "o dia" bom para uns, e ruim para outros, vai para o placar).

A equipe da Bulgária empatou com a França nos 2º, 3º e 4º tabuleiros. Perdeu para os franceses logo onde... no 1º, com o seu gigante ex-campeão mundial Veselin Topalov (2752), que conduzindo as negras cedeu a Maxime Vachier-Lagrave (2686) no 68º lance. Depois dessa, a Bulgária se fortalecerá, e Veselin também, têm raça, mas o título ficou muito longe.

A atual campeã e sempre candidata ao título, a Ucrânia, por pouco não perdeu para Israel. Graças a uma reviravolta na partida de Ruslan Ponomariov (2734), também ex-campeão mundial, que de negras estava em franca desvantagem contra o israelense Maxim Rodshtein (2642), mas que acabou vencendo. Final: 2,5 a 1,5. Na foto abaixo, navegando pelo espaço, quase chegando à Júpiter, o maluco dos céus, Vassily Ivanchuk, que empatou com o melhor da Judéia, Boris Gelfand.


O espetacular Levon Aronian, 1º tabuleiro, fez a diferença na vitória da Armênia sobre a Espanha, 2,5 a 1,5. Espanha desta vez sem Shirov, que ora disputa pela sua terra natal, a Letônia, o bom filho à casa torna.

O mesmo Alexei Shirov, outro louco amado pelos deuses, que no tabuleiro dos reis empatou com o maior dos russos neste momento, Vladimir Kramnik, o que não salvou a sua Letônia. Tablas em outros dois, mas perdeu no 4º, onde Dmitry Jakovenko (2722) bateu a Vitalijs Samolins (2404). Final, 2,5 a 1,5.

O Brasil passou arranhando pelos Emirados Árabes, com a recuperação de Alexandr Fier, que fez a diferença, 2,5 a 1,5.

No feminino pegou fogo. No terrível embate entre China e Ucrânia deu empate, 2 a 2. A chinesa Yifan Hou, atual campeã do mundo, bateu a Kateryna Lahno, porém a ucraniana Maryia Muzychuk (foto abaixo) salvou a pátria, vencendo a Xue Zhao.


As luminosas polacas, comandadas por Monika Socko, passaram de 3 x 1 pelas húngaras (a partida da Monika está no tabuleiro do blog). As russas não tiveram dificuldades contra a Mongólia, também 3 x 1.

Os Estados Unidos, que, como no masculino, tem seu plantel representado por jovens de outras nacionalidades, empataram com o Uzbequistão por milagre. Engraçado isso. Os moços e moças do grande país do norte, depois que Bobby Fischer foi caçado como um cão mundo afora, desinteressam-se pelo jogo dos reis. Hoje importam talentos.

As brasileiras, à frente a espetacular Vanessa Feliciano Ebert, venceram as gurias de El Salvador por 3 a 1.

A pedido do pessoal do bar que tem uma coluna neste blog (A Charge do Dias), vai uma foto de espanholas e sérvias, hoje, no palco de luta. Uma sérvia que aparece no retrato deixou a todos de coração aquecido, com todo o respeito. Sabemos o nome da moça, brilhante guerreira, mas deixamos para outro dia, vocês brincam demais. Ora, "serva".












9 a 2 para o Brasil, na Charge do Dias

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Desde cedo os empinantes comemoram no Botequim do Terguino. Motivos não faltam. Um é que Mr. Hyde está novamente a postos, após ter-se evadido do hospital com o auxílio do Contralouco. É o velho Mr. Hyde, com seu metro e noventa e a sua voz de trovão, que voltou ao trigo-velho com cerveja, rindo na mesa da janela, agora de nótibuc, tabuleiro à frente para acompanhar a Olimpíada de Xadrez em Istambul.

Outro é a surra que os asseclas do José Dirceu vêm levando no STF.

Do Internacional ninguém ousa falar, quando o Jucão da Maresia tentou o Chupim da Tristeza se intrometeu, com tristeza no semblante: "Pelo amor de Deus, esquece isso, depois que virou time de ricos babacas não importa mais".

Aristarco de Serraria: "Alguém sabe do Contralouco?".

Clóvis Baixo: "Última vez que o vi foi ontem à noite, tava olhando feio para a camionete de alto-falantes da Manoela Meia Entrada, passou aqui na frente tarde, umas nove da noite...".

Aristarco: "Ave Maria, espero que não seja o que estou pensando...".

Lúcio Peregrino toma a palavra: "Peguem aí, tigrada, vai a situação do João Paulo Cunha, que poderia se eleger prefeito de Osasco:

Corrupção passiva: Brasil 9 x 2 José Dirceu
Peculato: Brasil 9 x 2 José Dirceu
Lavagem de dinheiro: Brasil 6 x 4 José Dirceu"

Gustavo Moscão: "Ué, por que José Dirceu?".

Lúcio: "Se ele era o chefe da quadrilha...".

Nicolau Gaiola, sempre avesso à política, hoje topou participar das discussões: "Ora, é Brasil do Joaquim x João Paulo. Um raposão antigo da política como esse João Paulo não iria comer pela mão do José Dirceu feito um ingênuo, são é comparsas".

Moscão: "Será que ele ia mesmo se eleger em Osasco?".

Ariscarco de Serraria: "Nunca se sabe, as pesquisas o botavam nos calcanhares de outro raposão antigo, do PSDB".

Moscão: "Eta povinho bem desgraçado, igual aqui".

Mr. Hyde solta a rua risada de filme de terror, depois diz: "Gostei desse igual aqui, Mosca, bem isso", e segue rindo.

Lúcio Peregrino: "De quebra vai perder o mandato de deputado. Mas, preso que é bom, nunquinhas, aliás como todos os demais".

Carlinhos Adeva: "Peço vênia para mandar um abraço ao meu amigo Cezar Peluso, que ontem implodiu a mentiralha de que era 'apenas' Caixa 2. Que aproveite bem a sua aposentadoria, ele merece, um grande juiz. Ontem à noite ele me telefonou, emocionado, para me convidar para a festa de...".

Nicolau Gaiola: "Pronto, tava indo bem, mas lá vem de novo com invencionices, pode parar...".

Carlinhos, mudando o rumo da trova: "Tá bom, não querem que eu conte, então não conto. Amigos, é o seguinte: gestionei junto à Leilinha, que concordou, a surra é histórica, merece homenagem fatiada tripla".

E com isso vieram três charges, valendo uma das duas a que têm direito, pelas regras da coluna.

Com o Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE).






Com o Sponholz, do Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR).



E com o Dálcio, do Correio Popular (São Paulo, SP).





Para homenagear o grande artífice da mudança, obtiveram a autorização de duas obras. Ontem mesmo, por unanimidade, haviam separado a do Marco Aurélio, de Zero Hora (Porto Alegre), obra-prima cujos traços revelam, segundo o filósofo Aristarco, um fabuloso impressionista moderno. Vai para a parede.



E do Lute, do Hoje em Dia (São Paulo, SP).



Miss Leilinha Ferro ficou com a obra do Tacho, do Jornal NH (Novo Hamburgo, RS). Leilinha, que deve ter lá as suas razões, a dedica à Manoela Namorida, ao Miudinho Fortunati e ao Villão.




(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)




Olimpíada em Istambul, 2º dia

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A equipe feminina do Brasil perdeu para as fantásticas russas por 3,5 a 0,5, mas chamou a atenção do mundo com Vanessa Feliciano Ebert (Rio do Sul, SC, 1/8/1990) no primeiro tabuleiro, que empatou com a atual campeã europeia, Valentina Gunina, em 76 lances, numa Índia do Rei de punhal, baioneta, de estremecer os antigos prédios, despertar os deuses de Bizâncio a cada ataque branco, acordar os califas de Constantinopla com a defesa e contra-ataque mortal das negras. A brasileira conduziu o exército de preto, batalha aguda, guerra muito equilibrada, onde Vanessa nunca esteve em desvantagem, mas sim em vantagem em muitos momentos. 

A nossa equipe masculina vendeu caro a derrota para os ingleses: 2,5 a 1,5, três empates e uma derrota.




A rodada foi um desastre para a sempre forte equipe da Georgia. Perdeu para a Alemanha por 2,5 a 1,5, três empates e uma derrota. A derrota ocorreu justamente no primeiro tabuleiro, onde na equipe georgiana não estava o seu melhor homem, Baadur Jobava (está inscrito, mas não sabemos se foi uma decisão desastrada de poupá-lo ou se outro motivo o impediu de jogar).

Outra surpresa foi a derrota do Vietnam para a Bósnia-Herzegovina.

A América do Sul comemorou o que foi a maior surpresa da rodada, no masculino: a vitória da Venezuela sobre a Holanda, com três empates e uma vitória, esta garantida no terceiro tabuleiro por Felix Jose Ynojosa (2374) sobre Jan Smeets (2608), ao lado no tabuleiro do blog.



Fotos: são da bela Anastasiya Karlovich

miércoles, 29 de agosto de 2012

Mallu Magalhães - 20 anos

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Leilinha nos lembra que hoje a festa é na casa da Mallu (Maria Luiza de Arruda Botelho Pereira de Magalhães - São Paulo, SP, 29/8/1992).

No vídeo com sua Velha e Louca.

Tintim!










Cachoeira de Donativos, na Charge do Dias

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Pela manhã, a um canto do Botequim, afastado dos companheiros, Lúcio Peregrino pilotava o nótibuc e fazia anotações.

Na mesa do centro a turma folheava os jornais. Clóvis Baixo pega a palavra, empolgado: "Bah, tiraram fotos e filmaram o príncipe da Inglaterra, o Éurri, cheirando cocaína e dando a bunda numa festinha de ricos, e...".

Lúcio grita lá do seu canto: "Putz, meu, fala mais baixo, tou trabalhando. E quem se importa se existe príncipe, isso é babaquice pro povinho deles, você só fala abobrinha".

Clóvis: "Tamos só vendo as notícias, meu chapa".

Jucão da Maresia: "Olhem esta: um juiz absolveu os milicos das Forças Armadas de Israel do assassinato da americana Rachel Corrie, ativista que protestava contra a demolição de casas palestinas. A guria tinha só 24 aninhos. Os caras passaram por cima com um escavadeira militar. O juiz aceitou que o milico que operava o monstro não viu a moça, ninguém viu. Ela estava gritando num megafone, com roupa cor-de-laranja fosforescente, olhem aqui a foto dela minutos antes de morrer, lá parada com o megafone na mão... Lá juiz e milicos são todos cegos e surdos...".

Leilinha Ferro, mortificada: "Eu vi na internet, vou mandar as fotos pro blog".

Jezebel do Cpers: "Puxa... mas esta aqui é mais alegre: o sucesso da menina de 13 anos que botou no Facebook a situação da sua escola em Santa Catarina. Caindo aos pedaços. Agora correram a tocar as obras de reformas. Se a moda pega...".

Gustavo Moscão: "Pra'lguma coisa esse facebosta serve, mas é raro, a Jussara encerrou a conta, só abobrinha".

Aristarco de Serraria: "Vi o filme sobre o puto que é ou foi dono desse negócio, um tal de Mark Putenberg, um nojo, roubou a idéia dos outros, que era botar um badú com cara de certinho".

Jezebel: "Queridos, mesmo quando acho uma coisa boa, vocês tratam de esculhambar. Que droga!".

Lúcio Peregrino grita: "Achei!". Vem para a mesa do meio e explica:

"Ontem o Pagot disse na CPI que o documento apócrifo, chamado Cachoeira de Donativos, é o caminho das pedras pra pegar corruptos dentro e fora do governo. O único jornal que noticiou - muito estranho isso - disse que não podia dar os nomes dos acusados, uma vez que era só suspeita. Se sou eu o suspeito eles fincam na primeira página. Fiquei uma hora tentando achar algo na internet e nada. Agora botei aspas em "Cachoeira de Donativos" e pimba. Tá lá, inteirinho, em PDF, no que parece ser uma página de uma comissão do senado, olhem, AQUI, o ofício da Procuradoria e as 11 páginas do documento. Já salvei no computador, antes que tirem".

Jucão da Maresia, exasperado: "Mas ainda não caiu a ficha em vocês? Os caras NÃO QUEREM pegar ninguém, porra".

Os boêmios estavam assombrados, lendo a barbaridade, quando adentraram no recinto o Contralouco e Mr. Hyde.

Contralouco, garrafa na mão, com um enorme sorriso: "Ajudei o Hyde a fugir do hospital! Os caras vieram implicar da gente estar bebendo uísque e fumando no quarto".

Mr. Hyde:  "Saí com meu jaleco de médico!".

Quase meio-dia. Leilinha Ferro pede licença e diz: "Depois vocês contam, tio Contra, mas preciso mandar as charges agora, de tarde não estarei aqui".

Enquanto riam e davam tapinhas nas costas do Hyde escolheram as obras. Aristarco de Serraria não se cansava de olhar para o Contralouco e repetir: "Eu não acredito...".

Ficaram com a obra do Newton Silva.


E com a do Nani.




Leilinha Ferro mandou a sua, do Duke, do Super Notícia (Belo Horizonte, MG): "Se for possível a publicação, além das fotos da Rachel".




As fotos da Rachel. A segunda minutos antes de ser morta.




 


(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)



  








Olimpíada em Istambul, 1º dia

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Em geral os resultados foram normais no primeiro dia de Istambul. Os favoritos passearam nos tabuleiros. A Rússia, equipe de rating mais elevado, passou com um escore de 3,5 a 0,5 pela República Dominicana, permitindo-se o luxo de dar folga ao seu primeiro tabuleiro, Vladimir Kramnik. Destacou-se o dominicano Willian Puntier, com rating de 2.312, colocado como o 4.573º no ranking mundial, ao arrancar esse meio ponto para o seu país diante do gigante Evgeny Tomashevsky, de 2.730, 20º do mundo. No feminino não houve jeito, 4 a 0 nas meninas bolivianas.

No masculino os bolivianos perderam de 3 x 1 para os armênios. Esse um foi obtido com bela vitória de Oswaldo Zambrana (2.471) sobre Sergei Movsesian (2.698), que ontem ilustrou o tabuleiro aqui ao lado.

Os titulares turcos, donos da casa, passaram fácil pela Tailândia, 4 x 0. 

Não temos todas as informações, mas na Olimpíada pelo menos o país anfitrião pode participar com mais de uma equipe. Tanto no masculino quanto no feminino, a Turquia tem a equipe principal e mais duas, compostas pelos conjuntos sub-16 e sub-12. Ao tempo em que se eleva a máxima do "o importante é competir", uma vez que as equipes sub-16 e sub-12 enfrentam os primeiros times dos demais países, preparam a moçada para o futuro.

Tanto no masculino com no feminino as equipes sub perderam a primeira ronda, mas a sub-16 feminina deu um belo susto nas titulares da Mongólia (que  poupou sua principal enxadrista, Batkhuyag Munguntuul, o que talvez não influísse no resultado, pois quem a substituiu venceu a partida no primeiro tabuleiro). Foi ali, ali, por 2,5 a 1,5, mas poderia ter sido 2 x 2, considerando que a partida que foi empatada poderia ter sido vencida pela menina turca Yesim Patel (foto), de 15 anos, que realizou uma partida trepidante com as negras.

Como era esperado, o Brasil passou com vitória. No masculino 3 x 1 sobre a Algeria, e no feminino 4 x 0 na Líbia.

Hoje tem mais. No masculino o Brasil encara uma pedreira daquelas, a Inglaterra. Como sabemos, as equipes têm cinco atletas, para quatro tabuleiros. Um descansa. Hoje Gilberto Milos dá lugar ao jovem Krikor Mekhitarian, e teremos os seguintes confrontos (Brasil na primeira coluna, mas de brancas irão Vescovi e Mekhitarian):

Rafael Leitão (2623) x Michael Adams (2722)
Giovanni Vescovi (2617) x Gawain Jones (2653)
Alexandr Fier (2582) x Nigel Short (2698)
Krikor Mekhitarian (2511) x David Howel (2635)

As moças brasileiras enfrentam, bem... a verdade é que a pedreira é muito maior que a dos homens: enfrentam o time da Rússia.

As 9 h, AQUI.



martes, 28 de agosto de 2012

O boteco vai ao hospital, na Charge do Dias

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Pela manhã os empinantes decidiram visitar a Mr. Hyde no hospital, onde se recupera do acidente que sofreu no horário eleitoral gratuito domingo à noite. O médico da turma teve muita sorte, o hospital estava superlotado, mas meia hora depois que deu baixa apareceu um quarto privativo, morreu um velhinho que era atendido por aquele seu colega antigo que no outro dia andou passando pelo Botequim para avisar a turma. Por outro desses milagres, o seu nome foi parar no topo da lista de espera para ocupação.

Antes de saírem para o nosocômio (eta palavrinha), os boêmios entornaram diversos lisos de Dyabla Verde, para entrar num lugar desses há que se ter muita coragem, pois é um hospital comum, com gente morrendo pelos corredores, bem diferente do hospital do Lula e da Dilma. Leila Ferro arrecadou a grana da vaquinha das flores e da caixa de bombons e foi às compras, enquanto os boêmios empinavam. Aguardando o retorno de Leilinha, deram vazão às suas angústias.

Tigran Gdansk: "Sabe, gente, depois que o Contralouco destruiu a tevê antiga, e agora com essa do Hyde, fiquei louco de curiosidade pelo horário político, mas ainda não tive peito para assistir, receio que me dê um treco, não tenho mais vinte anos, ninguém está livre de um AVC..."

Clóvis Baixo, o piadista que adora sacanear os companheiros: "Eu assisti a dois programas inteiros. O que ri... Mas quando tentei assistir o terceiro já não achei mais graça, começou a me subir uma raiva surda, ardeu o peito, desliguei rápido... não recomendo a ninguém".

Lúcio Peregrino, que não estava presente no dia em que o Contralouco quebrou a televisão: "Pessoal, me contem direito como foi isso, só ouvi o zunzum de que ele quebrou, mas não sei as razões". (AQUI contamos o pouco que soubemos na oportunidade).

Aristarco de Serraria: "Na verdade ninguém sabe direito, quem viu foi o Moscão, e também a Leilinha, que estavam aqui dentro do bar com ele, o Mosca na mesa e a Leilinha no caixa, a gente tava em mesas lá na calçada".

Gustavo Moscão: "Na verdade ele não falou nada. O Fortunati e seu pessoal quase choravam no programa, e o Contralouco de repente atirou uma garrafa com toda a força na tevê. Ela resistiu lá na parede. O Contra pediu mais uma cerveja pra Leilinha e seguiu falando normalmente, perguntou a ela se a greve tinha acabado e se as aulas da faculdade já tavam numa boa. Depois, quando apareceu o Villaverde discursando...".

Lúcio Peregrino: "O que ele tava dizendo no discurso?".

Moscão: "Vá saber, eu tava nem aí, coisa que os políticos dizem pra engambelar os otários, ora. Bem, seguindo..., ele se levantou, pegou uma cadeira e a despedaçou em cima da pobre. Com a cadeirada o tareco ficou pendurado de lado, meio que cai-não-cai, bem na hora que terminou o discurso do sujeito. Eu e a Leilinha não abrimos o bico, sabem como é o Contra. O Terguino, que ouviu o estrondo lá da cozinha, também espiou e se fez de sonso. Bueno, o Contra voltou pra mesa e sentou de costas para a tevê. Seguiu conversando, disse que não via a hora do Forlán começar a acertar de fora da área, entrei no assunto, o Forlán bate com as duas mas a esquerda é melhor, mas dali a pouco ouvimos a voz da Manuela Namorida vindo do caco torto. Amigos, pra quê. Ele não deu um pio, mas de novo se levantou, agora transtornado, foi lá e subiu numa cadeira, arrancando a coitada da parede. Levou-a para fora e aí vocês viram".

Aristarco: "Jogou na lixeira gritando qualquer coisa".

Gustavo Moscão: "De repente foi o barulho e a voz melosa daquela gente, tem dias que o Contra tem dor-de-cabeça. Sabe que ficou uma beleza aqui dentro. A Leilinha botou um CD da Maria Rita".

Lúcio Peregrino: "Em casa já vi um pedaço do programa. Acho que foi outra coisa...".

Nesse momento o próprio Contralouco entrou no botequim e a turma mudou de assunto. O Contra todo feliz, de sacola na mão, dizendo que se atrasou porque antes de vir pro bar fora comprar uns presentes pra levar para Mr. Hyde. O pessoal queria ver mas ele disse que era surpresa.

Leilinha chegou e saíram todos para o hospital, ficou somente o António Portuga, que irá à tarde. No caminho em direção à camionete do Lúcio, Carlinhos Adeva espiou a sacola do Contralouco e viu uma garrafa de uísque e um pacote de cigarros. Carlinhos lembrou de tomar a última, e observou que o Contra ainda estava em seco: "Não convém ir a hospital em seco, a Dyabla Verde protege de bactérias".

Voltaram para o bar. Pediram de saideira uma losninha para cada um. E agora, quem vai tirar da cabeça do maluco? Carlinhos, Aristarco e Tigran confabularam a um canto. Sobrou para o nobre filósofo.

Aristarco de Serraria: "Contrinha, o Carlinhos sem querer viu teus presentes. Foi uma linda ideia essa de levar coisas boas para o nosso querido doutor, mas temo que a equipe do hospital não vá permitir teus presentes, sabe como é aquela gente, tudo uns bunda-moles...".

Contralouco: "Deixa comigo, Ari. Se se atravessarem vão ver o que é bom pra tosse, encho eles de porrada, tenho pavor de enfermeiro. Uma vez, antes de uma cirurgia do intestino, me seguraram e um vagabundo desses me meteu uma mangueira na bunda, depois ligaram a água, quase morri".

Para encurtar o relato, Aristarco decidiu variar a conversa, contar algumas histórias, de repente tinha saído do assunto. Até que Tigran Gdansk olhou para o relógio e exclamou: "Perdemos o horário de visitas, fica pra de tarde".

Enquanto decidiam as obras do dia, Lúcio Peregrino propôs: "Cambada, vamos mudar aquilo de só vermos futebol na tevê, hoje à tarde tem depoimento do Pagot na Pizzaria do Cachoeira, ele prometeu falar tudo..."

Tigran Gdansk: "E mais tarde, às 19, tem a final de tango Escenario direto do Luna Park, em Buenos Aires, o Lúcio pode conectar a internet na tevê...". (AQUI)

Carlinhos Adeva: "A final de tango eu topo, claro que pode, os bailarinos não têm nada a ver com a programação de merda das tevês daqui. Mas o Pagot é perda de tempo, não vai falar porra nenhuma, vai é se fazer de santo como os outros, no máximo entregar algum que já seja carta fora do baralho".

Mais tarde saberemos.

Ficaram com a obra do Fani, de A Tribuna (Vitória, ES).



E a do S. Salvador, do Estado de Minas (Belo Horizonte, MG).

Leila Ferro abraçou a obra do Marco Aurélio, de Zero Hora (Porto Alegre, RS).


  

(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)



Olimpíada 2012 em Istambul

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Com transmissão direta pelas televisões de todo o mundo, ontem ocorreu a cerimônia de abertura da Olimpíada de Xadrez em Istambul, na Turquia, que reúne 158 países.

Bem, de todo o mundo não, que exagero, na Síria e outros países em conflito claro que não. O Brasil, por exemplo, ignorou a efeméride, sequer a veiculou no noticiário noturno, nem um flash. Algo muito grave deve ter acontecido, como na edição anterior do evento, pois os nossos concessionários de TV por nada é que deixariam de zelar pela Constituição, quanto à preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. A menos que o horário do evento, 15:30 na hora legal brasileira, tenha coincidido com o horário de transmissão de antigos desenhos animados norte-americanos, o que justificaria plenamente a omissão. Quanto a não veiculação nos noticiários noturnos, entende-se, a pauta é muito apertada por tiroteios e assassinatos.

O Brasil comparece nos combates masculino e feminino. Os rapazes são Rafael Leitão (rating 2623), Giovanni Vescovi (2617), Alexandr Fier (2596), Gilberto Milos (2593) e Krikor Mekhitarian (2531), que na estreia enfrentarão a Algeria. As moças são Vanessa Ebert (2224), Juliana Terão (2187), Artemis Guimarães Cruz (2042), Vanessa Gazola (2033) e Suzana Chang (2013), que iniciarão contra a Líbia. Não deveremos ter problemas em passar à frente, tanto no masculino como no feminino.

Não temos bom retrospecto na competição, e a barra é muito pesada. Para se ter uma ideia, o menor rating da equipe masculina da Rússia é de 2.736, e o maior é 2.799, do seu primeiro tabuleiro, o ex-campeão mundial Vladimir Kramnik. No feminino, as russas levam Valentina Gunina, as irmãs Kosintseva e a eterna rainha Alexandra Kosteniuk.

Salvo uma grande surpresa, no masculino o título deverá ficar com um entre Rússia, Ucrânia, Armênia e Bulgária. No feminino entre China, Rússia, Georgia e Ucrânia.

Será uma boa oportunidade para admirarmos a técnica e a genialidade de Vassily Ivanchuk, Levon Aronian, Gata Kamski, Hikaru Nakamura, Leinier Dominguez Perez e Fabiano Caruana, entre outros, lutando por seus respectivos países.

O primeiro round está programado para hoje, às 9 h do Brasil. Para entrar no site oficial, com transmissão ao vivo, clique AQUI.






lunes, 27 de agosto de 2012

Fatalidade durante o horário eleitoral, na Charge do Dias

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Clima de velório no Botequim, os boêmios com poucas palavras, sérios, conversando em voz baixa pelos cantos. Logo cedo foram comunicados por um sobrinho de Mr. Hyde da fatalidade. Ontem, em sua casa, o médico da turma sofreu uma repentina dor-de-cabeça, muito intensa, enquanto assistia tevê, no momento em que o Fortunati contracenava com o Fogaça. Levantou-se do sofá e foi molhar o rosto no banheiro, depois foi à cozinha, pegou um copo d'água e tomou um comprimido. Ao retornar para a sala a Manuela Namorida discursava, aí ele tonteou, derrubou o copo, tentou se equilibrar tateando no vazio mas desabou sem sentidos, na queda ganhando um corte feio no supercílio.

Ainda está hospitalizado, mas já fala algumas palavras. Os médicos ainda não têm resposta para o acontecimento, seguem realizando exames de toda ordem. Um dos médicos, colega antigo do próprio Mr. Hyde, passou no buteco e recomendou aos empinantes que não vissem mais o programa eleitoral, pelo menos até que a sua equipe tenha uma resposta para a ocorrência.

António Portuga colaborou, comunicando que a casa manteria a TV desligada daqui para a frente, por via das dúvidas: "Gente, vocês ouviram o gajo, de agora em diante a TV é só para ver futebol". O belo gesto do Portuga  também se deve ao fato de que a TV é nova, a antiga o Contralouco arrebentou outro dia, e andava olhando para a nova com ar ameaçador desde que soube da desventura do Hyde. Aristarco de Serraria ponderou: "Futebol, sim, mas se for jogo do Inter é melhor deixar desligada".

O pessoal aqui do blog deseja uma rápida recuperação ao doutor.

Somente pelo meio da tarde os empinantes se encorajaram a escolher as obras do dia.

Ficaram com o Luscar.




E com o Jota A, de O Dia (Teresina, PI).




Leilinha Ferro escolheu a obra do Newton Silva.





(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)




domingo, 26 de agosto de 2012

Nonato Buzar, 80 anos

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Hoje é festança na casa do fantástico Raimundo Nonato Buzar (Itapicuru, MA, 26/8/1932), pelos seus 80 anos.

No vídeo com o cantor Tom, apresentando a sua Rio Antigo, que compôs em parceria com Chico Anysio.

Tintim, Nonato! Saúde!


Por amor a Porto Alegre, na Charge do Dias

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Domingo de churrasco no Botequim do Terguino. Com a chuva, temperatura caindo rapidamente, a turma começou cedo com a bebida do bar, a Dyabla Verde caseira.

À dez da manhã o filósofo Aristarco de Serraria inaugurou os merengues: "Salta uma losninha, Portuga!".

Lá fora apenas o sambista Chupim da Tristeza, de papo com os passantes, todo alegrão, hoje comandando os espetos no tonel sob a marquise, de tênis, bermudas e camisa regata do Inter. Quando as mulheres o advertiram do frio, respondeu: "Tenho a meu favor as brasas e a losna, gripe não pega".

Com as brasas não sabemos, aqui na palafita, mas com o absinto doméstico não é só a gripe que não pega. Não pega nada, Chupim. Aliás, cura tudo, se a pessoa tiver algum problema, cura em uma semana, devido às propriedades medicinais... ué, nosotros aqui, nos metendo no papo dos pinguços? Se colocar alho sobre as picanhas e as penosas pouco antes de levantar do fogo, aí termina de fechar o corpo.

Lá dentro as discussões versaram sobre as eleições em Porto Alegre, os empinantes decidiram deixar para lá o "mensalãodowski", como disse Lucas da Azenha, o boêmio que não bebe, um dos poucos gremistas presentes, com uma camiseta tricolor reluzente de nova.

Lucas da Azenha: "Ficou ruim a enquete no blog Espantado, não consegui votar".

Lúcio Peregrino: "Ninguém conseguiu. Eles já viram, vão arrumar, só ainda não sabem como, são 'anarfas' nesse negócio, dizem que só sabem escrever mal e porcamente".

Contralouco: "Lucas, essa tua camisa parece um pijaminha de rico, huahuahua...".

Lucas: "De tarde tu vai ver pijaminha...".

Tigran Gdansk: "Ontem fui na casa da minha irmã, que tava de aniversário, e na volta ao Centro fiz um trajeto diferente, vim pela João Pessoa. Na esquina da Venâncio Aires quase me bateram atrás, pois li um negócio e meti o pé no freio de soco. No prédio do antigo Cine Avenida tem um Comitê Central de um partido, com uma gigantesca placa com a seguinte frase: 'Por amor a Porto Alegre'. Depois demorei cinco minutos estacionado, pra cair a ficha".

Carlinhos Pi e Contralouco falam juntos. "Ali não era uma bosta da Universal?", diz Carlinhos.  "O quê, por amor!?", exclama o Contralouco.

Mr. Hyde solta a sua risada de filme de terror. O Contralouco hesitou mas logo rolava no chão do bar junto com Gustavo Moscão, segurando a barriga de tanto rir, o Contra balbuciando: "Por amor...".

Aristarco, seco: "Esses caras têm coragem..."

Jezebel do Cpers, irritada: "Isso é desprezo à minoria pensante, sabem que desta não terão votos, ficam mexendo é na cabeça do povinho".

Jussara do Moscão: "Jeze, essa nem o povinho engole".

Nicolau Gaiola, contrafeito (detesta falar de politicagem): "Eu já tinha visto, é do Miudinho Fortunati".

Lúcio Peregrino, nótibuc à frente: "Pera aí, deixa eu ver...".

Clóvis Baixo, o piadista da turma, hoje um tantinho sério: "Propaganda é besteira. O povo vai atrás de quem promete mais vantagens pessoais. Pessoais mesmo, cada um para si, não para o seu vizinho ou para a comunidade. Os políticos em geral, como os estelionatários, sabem lidar com a ambição dos simples, é a velha história do conto do bilhete de loteria".

Lúcio Peregrino: "Tá aqui, achei, esse negócio de Amor é de um montão de siglas: PTN, PMN, PRB, DEM, PPS, PP, PTB, PMDB e PDT. Uma grande culigação, vai da tortura do Médici aos colégios do Brizola, passando pela Opus Dei e mais um monte de segundos negociados. O Miudinho é apenas a fachada, é o atual prefeito, tem a máquina. Outro dia o Baixo falou que tem o Fortunati por gente boa, eu até concordo, mas...".

Jussara do Moscão: "Isso não tem nada a ver com gente boa ou ruim, cada sigla tem de tudo. Me admiro de vocês, se espantarem, isso sempre foi assim, promessas, pegar nenê no colo, por dentro repugnados, depois reclamam daquele 'neguinho fedido', armam sorrisos, olhos simulando sinceridade... Vocês são uns babacas, por que estranhar agora?"

Nicolau Gaiola: "Com licença, vou ali falar um negócio com o Terguino".

Tigran Gdansk: "É que já era pra ter mudado, Sil, o mundo é outro...".

A professora Silvana Maresia, abraçada com seu marido Jucão, que tinha acabado de chegar, se irrita: "Não mudou uma pica, Tigran, é tudo igual; igual nada, é pior, a educação é pior do que 50 anos atrás, quer falar das escolas de novo, quer?!".

Nicolau Gaiola, de volta: "Não estou gostando dessa conversa, daqui a pouco vão falar da Manoela Namorida... Pelo amor de Deus, assim vocês vão acabar me estragando o domingo".

Clóvis Baixo: "Não sei o que significa a maioria dessa culigação, mas é gente do escambo de segundos na tevê, por cargos? No fundo o mensalão era um negócio parecido, não?".

Marquito Açafrão: "Engraçado que os chargistas de Porto Alegre perdem uma dessas, um prato cheio...".

Mr. Hyde: "Cagados".

Lúcio Peregrino: "Hoje à tarde tem Grenal, minha gente, alguém sabe a que horas começa?".

Leilinha Ferro permitiu a escolha de quatro obras. Cada um escreveu a sua predileta num papelzinho e ficaram com as quatro mais votadas. Com as reclamações de sempre: a dificuldade em escolher, todas são boas demais. Vão em desordem.

Luscar:




Geraldo Passofundo:




Sponholz, do Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR).




S. Salvador, do Estado de Minas (Belo Horizonte, MG).




Leilinha Ferro, a coordenadora da coluna, comunicou aos boêmios que, como concedeu a eles o dobro das obras regulamentares, também exercerá esse direito. Escolheu duas, em vez de uma. Disse mais: que, como coordenadora, não se sente obrigada a cumprir as suas decisões, sobre os temas abordados pelos artistas. Eta guria de personalidade.

Ficou com o Pelicano, do Bom Dia (São Paulo, SP).




E com o Zerramos. (A palafita curva-se à argúcia da Leilinha).




(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)