viernes, 22 de septiembre de 2017

ONDE ESTÃO OS BRASILEIROS?

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(Rascunhos - Reflexões da madrugada)

CADÊ OS PANELEIROS? CADÊ A CHAMADA SOCIEDADE CIVIL, CADÊ AS INSTITUIÇÕES?

Alguns desses ou dessas sabem qual foi o "crime" da presidente eleita, a legítima presidente? Sonham por que, as verdadeiras razões, ela foi afastada? 

Sabem quem pagou a conta do crime da deposição? A Globo martelando dia e noite, os ditos grandes jornais, que estão indo à falência. Além dos seus próprios nocivos interesses de elite retrógrada, quem pagou os patos amarelos gigantes, camisetas da seleção de segunda ou terceira categoria distribuídas graciosamente, sites, metrô liberado, PM a favor, o despertar dos nazifascistas, etc.?

Quem pagou? Quem agora se beneficia, enquanto o País afunda?

Muitos sabem, não os paneleiros, a estes "Perdoai-os, não sabem o que fazem", como disse o Outro lá com as suas palavras em aramaico.

Dos demais os que sabem foram cúmplices. Por ação ou omissão, mas igualmente cúmplices em crime de lesa-pátria. O pior dos crimes, até não muito tempo atrás com pena de morte, que persiste em alguns países.

Não entro no mérito de simpatias ou antipatias pela presidente Dilma, andei um tanto ressentido com ela e com o PT, isto é, com o governo, por alguns rumos tomados, até pelo pecado de alguma esperança pessoal, eu achava que poderia ajudar em Brasília, e nunca me telefonaram.

Bobagem minha, momento em que andava mal depois de ter-me queimado no mercado, as portas se fecharam, eu era "PT" na cabecinha dos inimigos da sigla, não queriam saber se profissionalmente nunca levei ninguém livre, um presidente da CRT me ameaçou até de morte, e levou o dele. Sobrevivi, a Dilma e o PT tinham pessoas mais preparadas, azar. De tão sortudo com a situação ganhei um câncer, familiares me salvaram, de letra.

Sobre a ameaça, às vezes consigo rir, embora na época tenha ficado muito preocupado. Devolvi a bola, nessas alturas já armado até os dentes. O cara ia saindo do prédio com seus aspones e seguranças, um morador de rua, esfarrapado, enfiou-se no meio deles, não representava perigo, e jogou um bilhete com letra e papel de presídio no peito do ameaçador presidente, me mandaram te entregar:

"Se uma filha minha se descuidar e atravessar a rua com o sinal fechado, for atropelada, erro dela, eu vou pensar que foi você. Morrem todos, tu e a tua família. Isso serve para outros afetos meus, a meu critério, seu canalha. S.".

Não deu nada. Dali alguns anos a Polícia Federal o prendeu por alguma coisa de negociatas. Deve estar solto, a Brasil Telecom era muito rica. Tomara que apareça por Porto Alegre. Sem acidentes.

A crítica quanto aos rumos é do jogo: nenhum governo acerta todas, muito menos agrada a todo mundo. Entretanto, mesmo "de mal" jamais deixei de reconhecer e propagar a inabalável honestidade da Dilma, sei porque convivi com ela em momentos cruciais onde a pessoa mostra a que veio. Vimos coisas de arrepiar, haja nervos e sobriedade para conduzir as coisas. Eles são maus.

Noites de trabalho, além dos dias, sempre com a distância devida entre um profissional contratado e uma Secretária de Estado (RS): "Secretária Dilma", "Dr. Fagundes".

Jamais contei a ela sobre ameaças que recebi. Cada um na sua, e eu sabia me virar, agora sei mais ainda, com esses dejetos humanos. Eles que se cuidem, saí da defesa e estou dentro da área deles, pronto a cabecear. Vamos ver quem vai para o cemitério antes, se bandido ou um sujeito como eu.

Não sei de onde ela tirou essa de doutor, se me recusei a fazer doutorado ao ver que na universidade lecionava um, um só, os outros tudo bem, alguns bons amigos, cara que não servia para carregar a minha pasta. Paciência limitada com gente fútil. No país dos diplomas nunca precisei mais do que um bacharelato em qualquer coisa para sobreviver.

Não somente honesta e corajosa - corajosa os torturadores, cruéis assassinos, da ditadura sabem há décadas: de aguda inteligência. E nenhuma paciência com ladrões, em geral gente muito fútil, como o covarde, espectro de homem, dos 51 milhões, o que se sabe até aqui, fora o resto em tantos anos, que desatou a chorar ao ir para a prisão pelo roubo que causou mortes de crianças, infortúnio de famílias paupérrimas. E como outros...

Em certas situações, com minha consciência, fiz o contrário do que desejavam certos órgãos do governo. De antemão ou no andamento nunca me perguntou nada, nunca disse nada, jamais tentou interferir, o que seria uma grande bobagem que nos tornaria inimigos: apenas recebeu o parecer/resultado, leu tudo, foi lá e subscreveu. 

Poderia me pagar o contrato e depois rasgar o parecer. Não, foi lá na frente de todo mundo e engrossou o caldo para o lado deles. Vergonha na cara não se compra, nem Brasília ou o Inferno mudam isso.

Porém o grande desagrado não foi de gente como eu, um cidadão como qualquer outro, que critiquei uma coisa ou outra como admite e ordena a democracia, nem dos partidos realmente de esquerda que como eu desejavam aprofundamento nas reformas sociais.

O monstruoso desagrado veio do capital financeiro de papel, da indústria de sonegadores, da elite, dos eternos ladrões do dinheiro público, do suado dinheirinho do povo. Dos ambiciosos grandes ruralistas e proprietários de terras. Dos escravagistas que odeiam pobres, e mais ainda se os percebem melhorando de vida.

Até aqui, em alguns aspectos, componentes da luta de classes, a lei da selva, ali com o poder de centro-esquerda acovardado há anos, desde a primeira posse do Lula, que implorei que no primeiro dia do seu governo chamasse o povo à TV, em horário nobre, para denunciar a Globo, cobra venenosa dentro de casa se mata, de outro modo ela volta a picar. 

Nada, os sabidos da Executiva de Sampa eram homens "vividos". Consta que o primeiro ato no Diário Oficial, além da posse de presidente e ministros, foi uma Portaria do José Dirceu nomeando a esposa para presidente de alguma coisa.

Se os admiradores do JD teimarem, tenho mais a dizer, que vocês não vão suportar. Também o admiro, de certo modo, não é moleque covarde e muito menos delator de mentiras. De repente foi algo simbólico, uma promessa, foi apenas um erro político, se é que houve, corrijam-me que amanhã mesmo corrijo este rascunho. Isso é nada perto das besteiras que cometeu. Condenado sem provas por um mandalete dos bandidos.

Nada de novo. Para mim importa, acima de tudo, é que os chacais rasgaram a Constituição!

Minha formação moral, se é que se pode falar nisso, e intelectual se rebela desde o íntimo com o que eles fizeram. Lutemos a boa luta, como diz um valioso companheiro, mas não: eles rasgaram a sagrada Constituição com evasivas, mas rasgaram-na toda.

Jogaram o País no caos, desde o momento em que das urnas surgiu o nome que eles não queriam.

O podre, acusado de ser um grande ladrão, do Aécio Neves, de tão leviano, bobo sem mundo real, viciado em droga branca, disse isso naquele dia. Suponho que os seus chefes tenham lhe chamado a atenção por entregar o plano quando deveria ser ainda segredo, mas entregou num momento em que o filhinho de papai ficou magoadinho por não ganhar o brinquedo de presidente que os chefões lhe prometeram.

Se eu ou o amigo aí que me lê, pobres e anônimos mortais, tivéssemos um amigão com quem andávamos sempre junto, ambos já enrolados em muitas denúncias, e de repente descobrissem um milhão mal havido (roubado) no apê dele, a vizinhança e os camaradas de leve passariam a nos dar as costas.

Mesmo aqueles que se diziam bons amigos, não nos perdoariam. Ninguém é trouxa, os caras sabendo que a gente tem mundo não acreditariam que entramos numa fria de bobinhos, já com montes de denúncias anteriores nas costas.

Teríamos que procurar amigos em antros de criminosos, na podridão humana. Estes nos receberiam bem.

Isso não é problema para o Temer. Os seus amigos são todos delinquentes. Sei, ele é um incompetente, claro que sei, mas de negociatas no vão da escada entende, sim, e como.

E o golpista, putrefato, tido como presidente da República... o vendilhão da Pátria ao estrangeiro, um canalha que todos sabem ser um canalha... aí, gastando o dinheiro da saúde, etc., para comprar o apoio da base de bandidos no Congresso.

Sei, o PT errou ao se associar com essa gentalha - não por falta de aviso -, o PMDB é sinônimo de Larápio, pelos seus dirigentes, nada a ver com filiados inocentes, e as exceções servem para confirmar a regra, se o PT errou, e nenhuma peneira vai tapar o sol, considere-se que o sujeito não apitava nada, e ninguém imaginaria que chegariam, por medo da cadeia, ao ponto em que chegaram, de rasgar a Constituição e assumir um projeto de governo ao extremo contrário, muito pior do que o programa perdedor nas urnas.

Os canalhas do Congresso, enganadores, traidores, eleitos por aqueles por quem Jesus em outros tempos pediu perdão, que por impedirem o prosseguimento da denúncia, proibirem a mera investigação de tão gritantes crimes, hão de pagar muito caro nas urnas. Sem prejuízo de mofarem numa cela amanhã ou depois. E suas gangues que chamam de partidos hão de se esboroar.

Estão destruindo o Brasil. Cadê as instituições, cadê a sociedade civil?

Num pequeno texto, quiçá pecando por personalismo, não cabe tudo, isso dará muitos e muitos livros, escritos por muitas mãos, mas isto é, sim, um libelo, que em lágrimas quentes cometo.
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(A foto é do psdb, o ninho, tirada do google)




O FIM DO MUNDO NO SÁBADO

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Se o mundo acabar pelo menos acabará na Primavera, que entrará hoje às 17:02h segundo os entendidos. Entendidos em estações do ano, bem entendido.

A propósito, um amigo disse que tem algo curioso no Google Sky, que estaria censurando um trecho da Constelação de Virgem (faz anos que não vejo uma), e que um site da NASA mostra um choque de dois corpos celestes não identificados até agora, pelo que uns crentes ou malucos, se é quem tem diferença, meteram o versículo 12 do Apocalipse no meio e pá: o mundo vai acabar neste sábado, dia 23 de setembro de 2017.

Por mi parte eu disse a ele, que, como ele, estou de boa. Que venga el cuerpo. Tou tranquilo. E feliz pela ideia do pavor dos donos do mundo, precupados que não levarão as suas riquezas para o inferno.

Ah, os nossos ladrões: políticos e empresários, chorem, filhos da puta, ahahah.

Eu espero acordar noutro mundo, um que não tenha bancos, cobradores nem oficiais de justiça. Só umas capetas em trajes menores. Nada de juízes patifes também: daria um dedo para ver a cara do Gilmar e de outros sarnentos no momento da explosão, teria um ataque de riso.

Bah, gostaria de ver a cara de tanta gente numa hora dessas. Conseguem imaginar a cara dos banqueiros? Imaginem também o Vampiro Temer todo cagado. E o Trump então? A do Feliciânus, desesperado atrás do Frota para um último encontro? O Bolsonaro numa tremedeira danada? Pensem aí, cada situação...

Por ora vou tomar um uísque e pensar numa mulher, ou melhor:

Alô, mulheres desnamoradas, corram pra cá enquanto é tempo, venham de bando, não sejam bobas! Temos até amanhã para treinar choques de corpos! Se não der nada ao menos a gente fica se conhecendo, e aproveita para marcar outra festa de vale-tudo para a semana que vem.
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viernes, 15 de septiembre de 2017

DE CARTEIRA BATIDA

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Andando pela Cidade Baixa entrei num supermercado caro, resolvi que ia fazer Bacalhau à Gomes de Sá para as mulheres nesta madrugada, tinha tudo em casa, oliva, batatas. Temperos, tudo, faltava apenas comprar o bacalhau. Ninguém neste mundo faz um à Gomes de Sá melhor do que eu, exceto a Mariza Banda, lá do Porto do Beco do Oitavo.

Bem, eu "ia" fazer bacalhau à Gomes de Sá, desisti. A cem contos o quilo nem morto, malandro. Mercado caro nada: ladrão. Fiquei meia hora cheirando - amo o cheiro, ui, me lembra de outra coisa - e não comprei, elas vão ter que se contentar com sopa de letrinhas com um osso buco para dar gosto.

Comprei algumas coisinhas: o buco, um pacote de massa, queijo ralado, pão e mortadela, temperos verdes e poucas latonas de cerveja, umas trinta. Foi quando passei no caixa que me bateram a carteira. Está tudo pela hora da morte, mesmo sem o quilo de bacalhau.

O guarda noturno Jerivá da Louca era quem dizia que as coisas não são caras, a gente é que ganha pouco. Inocente.

Pode ser em parte mas há sérias controvérsias quanto ao "não são caras", pois vi muitas grandes empresas botarem propina paga a políticos no custo do produto vendido. Quem paga a propina, no fim das contas, é o otário aqui que compra os seus produtos no supermercado ou em qualquer loja de qualquer coisa.

Quanto ao ganhar pouco é pura verdade, que o digam os professores eleitores da quadrilha, que no RS, além de ganhar pouco, recebem em migalhas parceladas.

Na volta pra casa, que dista meio quilômetro da mercearia, recebi exatos trinta achaques dos irmãos pedintes, de me empresta um trocado chefe, sai um cigarrinho aí doutor, o senhor tem uma moeda pra me dar...

Para não dizer que não dei abri a sacola e dei quatro dos dezenove pães para a mulher com nenê no colo. Boboca ela, se falasse antes teria trazido um saco de leite. Foi o meu pão, mas três das putiangas lá de casa tomarão sopa sem pão, ando marcando algumas que se fazem de loucas. Vou tirar nas cartas quem além de mim ficará sem pão, em baralho tiro a carta que quiser, disso elas não sabem.

Parava e explicava calmamente aos caras, um por um: não seja bobo, camarada, me morda antes de entrar na mercearia, depois não adianta, aí eles já me tomaram tudo.

De fato, a economia vai bem, como dizem os golpistas enquanto entregam tudo para os alienígenas.

Já em casa ouvi um samba, enquanto esperava as minhas putas chegarem do cabaré.