jueves, 19 de mayo de 2016

Procurando Johnny Alf

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Achei Johnny Alf! Ufa, depois de duas horas folheando capas, não sei quem vem aqui e deixa tudo em desordem, é a Nana Caymmi dentro do Scarlatti, o Emílio Santiago descapado, a Luciana Souza dentro do Jamelão, o Jamelão dentro do Nelson Gonçalves, que foi visitar o Nei Lisboa, que não tava em casa e deixou em seu lugar o Lucho Gatica, que cedeu sua moradia para a Elizeth Cardoso, a Elizeth que emprestou a casa para o Telmo de Lima Freitas, que cedeu seu rancho para o Adoniran Barbosa, o Roberto Ribeiro e a Clara Nunes espremidos dentro do Mozart, que está desaparecido com suas concertantes, não me surpreende, esse é louco de atar.
A Libertad Lamarque se mudou para o Nat King Cole, adiante o João Nogueira reclama que assim não dá, ele e mais cinco apertados num álbum de jazz, um deles o Luiz Melodia, que exclama que loucura, isto parece a cabine 103 do hospício do Engenho de Dentro, a seguir ouço um choro de menina e vejo a casinha da Nilze Carvalho abandonada, isso não se faz, o Zeca é outro que tomou chá de sumiço, deve estar sorvendo uma gelada no bar da esquina, o seu Cartola deu uma saidinha junto com a Jovelina, encontro a Lia de Itamaracá aborrecida num disco que não é meu, o Arthur Moreira Lima emputeceu e meteu o pé na estrada, uma confusão danada, o Lúcio Cardim se instalou na residência do Lupicínio, bem, esses se entendem, mas o cara que mexe nos meus discos parece que bebe, só falta ter-me arrebentado a agulha, a última.
Encontrei um maço de cigarros com o Aldir Blanc, de uma marca que eu fumava, ah, Vida Noturna, depois vou botar. Miro a imensidão de discos que não cheguei a folhear, só duas horas, e imagino o trabalhão que terei para organizar, uma semana, por baixo.

Hoje Johnny Alf completaria 87 anos. Abro uma gelada em sua memória. Tintim!

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