jueves, 4 de agosto de 2016

ACAPULCO, ME AGUARDE

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Há alguns anos juntei alguns trocados para viabilizar o assalto, e pensei: me vou para Acapulco, adeus Porto Alegre, até nunca mais, vou me encostar numas morenas lejos de aqui, com praias e música boa. Desabou um temporal por lá que quase matou todo mundo, inclusive a Sarita Montiel. Ela partiu logo depois, não pela inundação, chorei por ela.
Pasaran los años.
No ano passado, já meio sem grana, preparei novamente o assalto a um banco estranja, planejando no mesmo dia chegar a Acapulco de jatinho. Desabou outro temporal terrível por lá, dias seguidos, quem não morreu andava pela rua com a água pelo peito. Com a ventania nem 747 suportaria, fecharam o espaço aéreo. Abortei a operação.
Agora, que nos aproximamos de setembro, quando ocorreu o último desastre, retomo a operação. Não quero saber se lá teremos inundação, vulcão ou terremoto, vou de qualquer jeito.
Não me afogarei mais do que aqui, e para morrer qualquer lugar é bom.

Em setembro estarei em Acapulco.

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