martes, 22 de diciembre de 2020

EU TE AMO

 


(...)


Derramei oceanos de lágrimas, ensopei as raízes da árvore da praça, os travesseiros de muquifos de cabarés em noites de solidão que nunca terminavam, mas nunca disse "Eu te amo" para mulher alguma. Disse depois para as crianças, para as mulheres não. Não entenderiam.
O Eu te amo naquele sentido de sou só teu porque confio em ti. Não sou homem de uma mulher só nem leviano mentiroso, tinha ciência da grandeza das três palavras, era algo de responsabilidade de vida e morte, sem volta, então fugi, não disse, não poderia assumir tamanho compromisso num crescimento duvidoso com pessoas duvidosas, ruins até, a minha vida duvidosa, estarei vivo amanhã?
Recentemente disse duas vezes, para duas mulheres que amo, certo de que não menti, certo de que fiz certo. Acho que cresci ao tempo em que estrelas nasceram.

(...)

No hay comentarios.:

Publicar un comentario