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Como nem tudo são crisântemos nesta vida, recebi uma longa carta de um arcebispo ecuatoriano, o Arregui (centro da foto), me descendo a soiteira no lombo. Doeu-se, o indivíduo, pelo modesto texto de abertura deste blog (AQUI).
Como nem tudo são crisântemos nesta vida, recebi uma longa carta de um arcebispo ecuatoriano, o Arregui (centro da foto), me descendo a soiteira no lombo. Doeu-se, o indivíduo, pelo modesto texto de abertura deste blog (AQUI).

Ser abstêmio é um direito seu, compreendo sua infelicidade, mas admita que essa estória de abster-se de alguns prazeres foi escolha sua. Se, como dizia o meu amigo Faustin von Wolffenbüttel, sem uma garrafa ao alcance da mão é difícil resistir à tentação de dar um tiro na têmpora, bem imagino como deve ser sem a garrafa, solteirão e com essa indumentária.
Só o senhor não pegou o espírito da coisa, então explico: nada, rigososamente nada, do que aqui se escreve é verdade. Incluídas essas estórias de que padres são experts em punheta só para o consumo externo, nas internas gostam mesmo é de crianças, se é que já falei isto. Entendeu agora? Tudo mentira. Sacou mesmo, ou preciso explicar de novo? Quanto aos boêmios, o senhor vai gostar mesmo é de quando eu chegar no grande Lúcio Cardim.
Sugiro que por ora o reverendíssimo coloque a rodar Flores Negras aí no seu toca-discos, maravilhoso bolero do cubano Sergio de Karlo, que partiu em janeiro mas que antes disso teve tempo, entre outras coisas, de trabalhar com a nossa Carmen Miranda lá na Broadway, esta que se vestia de modo discreto se comparada a certas eminências. Aposto que quando chegar na parte em que diz "Aunque viva prisionero, en mi soledad mia alma..." o amigo já vai estar levitando, para cair de joelhos ao final, no "pero el dia vendrá, en que tu seas para mi nomás, nomás".
Um abraço e lembranças a Nossa Senhora da Boa Esperança do Lupanar, que certa vez muito me ajudou.
Salito
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Admira-me que você ainda dê papo prum sujeito desses, Salito. Abraço. Joaquim Balaio Neves
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