sábado, 3 de septiembre de 2011

A Charge do Dias

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Segue a discórdia.

Adolfo Dias teve a cabeça feita pela Joana Furacão, ela disse que achou o desenho bonitinho, quer uma banheira bem grande, como a da deputada que saiu de lombo liso. A charge é do Clayton, de O Povo (CE). 




O pessoal do Botequim do Terguino, em meio às bebemorações pelo aniversário do dono o bar, o Terguino Ferro, ficou com o Nani. Saúde, Terguino!



O pessoal do Beco do Oitavo de cara fechou com o Zope.


Jula de Palma - Tua

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Jula de Palma (Jolanda Maria de Palma - Milão, 21/4/1931) começou a trabalhar no início de 1950, como cantora de rádio. No início da carreira preferiu canções francesas, mas a sua voz poderosa e sofisticada começou a ficar famosa graças a sua interpretação de clássicos de jazz. Blues in te night é célebre.

Em 1959 cantou no "Festival di Sanremo". Um escândalo para a sociedade italiana, ainda hoje hipócrita até a raiz dos cabelos. Mesmo a imprensa, habituada às surubas dos papas e dos muitos ricos, se disse chocada (por trás, agradando aos donos de tudo, como hoje ainda faz). O povo foi de arrasto.

Tudo por causa da sua interpretação apaixonada da música "Tua" (Letra de Bruno Pallesi - música de Walter Malgoni), considerada muito provocante. Uma injustiça sem precedentes.

Foi banida da televisão nacional (RAI) por alguns anos. Só faltou colocarem sal nos lugares que pisou.

O tempo foi passando, e o povo, sempre ele, que nunca viu nada de mal, repensou, exigiu a sua volta. A imprensa repulsiva (hoje chupa Berlusconi) deu para trás.

A Jula mulher novinha, como continua sendo hoje a senhora Jula, era uma moça com muito pudor. Nunca quis voltar ao assunto, nem cobrou a desfeita que lhe fizeram. Apenas mudou-se da Itália, sem raiva, família bem constituída.

Em 1970 cometeu a epopéia de apresentar-se em concerto no famoso Teatro Sistina de Roma, com a sua fantástica e refinada vocação para o jazz. Até Desafinado, do Jobim, cantou naquele palco de reis e rainhas.

Andou pelo mundo, foi e voltou, a rede mundial possui todos os dados. Até hoje, aos 80, está perto dos seus fãs e amigos do mundo todo, principalmente por ser a mulher séria que é, e pelo jazz (só clicar no nome bem lá em cima).

O vídeo abaixo é de poucos anos depois da maldade que lhe fizeram em 1959, no palco de San Remo, a fita original a RAI esqueceu em algum lugar, talvez numa cela de padres adoradores de Onan, mas é praticamente igual.

Saúde!, Jolanta.



viernes, 2 de septiembre de 2011

Jaque e Vacca, uma dupla e tanto

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O nobre ministro Joaquim Barbosa, do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou que a deputada Jaqueline Roriz (Partido da Mamação Nacional, PMN-DF) seja notificada e apresente sua defesa na denúncia feita contra ela pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Ela terá 15 dias para se manifestar. A denúncia foi levada à Justiça no dia 26 de agosto. Nesta semana, a parlamentar foi absolvida em votação na Câmara dos Deputados e escapou da cassação por quebra de decoro.

No Supremo, Jaqueline, flagrada em vídeo mamando coisas estranhas, isto é, recebendo dinheiro roubado do povo das mãos de Durval Barbosa, o delator do “mensalão do DEM”, foi denunciada por peculato.

Agora, vejam só a foto do repórter Ailton de Freitas, quem correu cumprimentar efusivamente a honesta deputada pela sua absolvição? Ele, Cândido Vaccarezza (PT-SP), o líder do governo da Câmara dos Deputados. (Dói-nos sujar o blog com essa dupla, pior o Vacca, temos lembrança do Tesoureiro Geral, mas fazer o quê). Sim, consta que o elemento é mandalete do honesto José Dirceu. Dilma, onde andas com a cabeça?

A charge é do Nani.

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Entre outras pérolas, esse cara é o autor da frase, a respeito do não menos honesto Delúbio: Ele foi punido, pagou pelo que fez. Temos um projeto político mais amplo do que um erro que o Delúbio cometeu”. Projeto "político"? Fala sério.
 
O que ele chama de "erro" é crime, bem  capitulado em leis brasileiras. Pagou como? Não vimos o camburão, nem algemas, nem dez anos de sol quadrado. O Delúbio pagou a tua parte, Vacca? Você é líder de quem mesmo?

Bem, dá para entender, o "líder" e sua catrefa estão atolados até o pescoço de "erros" muito piores.

Os ratos da política

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Hoje a jornalista Beatriz Fagundes, em O Sul (RS) aponta a artilharia para o peito do governador. Prometer ele soube. Fala em condenação à ilegalidade do "bico".  Quando não a coisa pior, Beatriz. Da bem remunerada Gangue da Matriz não se ouve um pio. Vale a pena replicar aqui a matéria.

Fábula de La Fontaine

"Há muito, muito tempo, os Ratos reuniram-se em assembleia para decidirem em conjunto o que fazer em relação ao seu inimigo comum: o Gato. Depois de muito conversarem, um jovem rato levantou-se e apresentou a sua proposta: 'Estamos todos de acordo. O perigo está na forma silenciosa como o inimigo se aproxima de nós. Se conseguíssemos ouvi-lo, podíamos escapar facilmente. Por isso, proponho que lhe coloquemos um guizo no pescoço'. A assembleia recebeu estas palavras com entusiasmo. Foi então que um Rato Velho se levantou e perguntou: 'E quem é que vai colocar o guizo no pescoço do Gato?' Os ratos começaram a olhar uns para os outros, e não houve nenhum que se oferecesse para levar a cabo semelhante tarefa. Então o Rato Velho, terminou, dizendo: 'Propor uma solução é fácil, o difícil é pô-la em prática'."

Essa é a fábula de La Fontaine, e serve de moldura para a situação dos integrantes da Brigada Militar (soldados) que supostamente seriam responsáveis pelos episódios de queima de pneus durante as madrugadas nas rodovias e avenidas do Rio Grande do Sul.


Li que o Comando já teria as identidades de três ou quatro responsáveis pelos incêndios. Li também que o governo ameaça interromper as negociações se as manifestações (queima de pneus) não forem cessadas.

É de conhecimento público e notório que os servidores da BM e PC que garantem a segurança pública no RS recebem o menor salário na Federação. Sem exceção, todos reconhecem essa condição de miserabilidade. Nossos soldados, sargentos, inspetores, escrivãs e congêneres são condenados a praticar a ilegalidade do "bico". O segundo emprego, a segunda fonte de renda. Mas o Estado (o patrão), sabedor desta condição maligna a que estão submetidos os trabalhadores, vem se mantendo como apenas um ecônomo e não como um administrador definitivamente responsável por colocar a "casa" em ordem.

Se, hoje ou amanhã, o Comando da Brigada Militar apresentar à sociedade gaúcha dois, três ou quatro integrantes da instituição como sendo responsáveis pelas queimas de pneus, prometendo enquadrá-los nos rigores de seu estatuto, estaremos assistindo apenas o Gato flagrando o miserável Rato que, insano, teve a coragem de tentar colocar o guizo.

Deprimente. Em meio aos festejos da "Legalidade" e nas vésperas do 20 de Setembro, qualquer atitude radical do Palácio Piratini (prendendo soldados, encerrando as negociações) soará como um acinte à história dos Farrapos e às barricadas que protegeram a Praça da Matriz naqueles dias cinzentos de 1961.

Naqueles dias, tropas da Brigada Militar foram então colocadas em estado de alerta para defender o Palácio e armou-se o clima de guerra civil. A capital do Estado tornou-se, durante os 12 dias que durou a crise, uma praça de guerra. O Brasil dividiu-se. De um lado estavam os legalistas, mobilizados por Leonel Brizola e apoiados por parte considerável da sociedade civil, que se mantinha fiel à Constituição; do outro, alinhavam-se os golpistas da junta de Brasília, cuja sustentação civil mais significativa vinha do tonitruante Carlos Lacerda, o mais expressivo líder da UDN e velho inimigo dos getulistas.

Comemorar os bravos atos dos brigadianos durante a Legalidade, enquanto se determina perseguições nos dias atuais, soará como hipocrisia social inaceitável. Como o Velho Rato da fábula, não temos o método, a melhor forma, mas, todos, conhecemos o problema - salários indignos, aviltantes -, portanto, cabe aos administradores, sem ameaças ou demonstrações de força, radicalizar na busca de uma solução para o velho problema.

A conferir!

Homenagem a Paulo Maluf

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O povo da palafita não poderia se manter alheio, quando o assunto é roubalheira da grossa. Então une-se à homenagem feita ao "Dr. Paulo", injustamente tido como o maior larápio da história do Brasil, com o Lute, do Hoje em Dia (MG).



A Charge do Dias

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Embatucaram novamente. Hoje é compreensível, os artistas vieram arrasando.

Pelo Botequim do Terguino, deu Rico, do Vale Paraibano (que apesar do nome é de São José dos Campos - SP):



Pelo Beco do Oitavo, aludindo ao honesto José Dirceu, deu Marco Aurélio, de Zero Hora (RS).


Adolfo Dias Savchenko, horripilado com o despertar de outro monstro, veio com o Casso, do Diário do Pará.




jueves, 1 de septiembre de 2011

Absolvidos e condenados, n'A Charge do Dias

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Adolfo hoje encaminhou a festa, danado de feliz. Mandou botar na conta todas as bebidas, levou 20 quilos de carne da boa: churrasco para os amigos.

Tudo porque Joana Furacão brotou na paisagem. Com um olho roxo e morta de cansada, reclamando de dores no corpo e culpando a pimenta da bóia da mãe velha pelo incômodo naquele estratégico lugar. Ficou uma hora se lavando no chuveiro, depois comeu o lanche que ele preparou e caiu na cama num sono de Bela Adormecida.

Adolfo explicou: "A pobrezinha, teve problemas com a família, e parece que surgiu um ex-namorado na parada, que hoje é muito atencioso, amigo, que precisava chorar as mágoas, depois pintou hospital com o avô, que teve um ataque. Ela voltou, isso é o que importa."

Nem percebeu o silêncio encabulado das turmas já reunidas e gritou "Hoje é tudo por minha conta". Está certo, Adolfo.

E prontamente escolheu a charge do Dias. Todos aceitaram, fim de assunto. E aqui na palafita aplaudimos, que charge.

É do Thomate, do jornal A Cidade (Rio Preto, SP).









Do Lupicínio: Sozinha

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A reação foi imediata. Ju Betsabé, Maria Vai, Laura Sorriso e meia-dúzia de zezinhos-ricos que as cercam (algo devem querer, para passar o tempo), mais alguns  loucos do Beco, jamais tinham ouvido falar de Sozinha.

De Bagé, entraram agora, uma enxurrada de cartas eletrônicas.

Não sei o que fazem acordados a esta hora, gente bem doida.

Enfim. Ju Betsabé saiu fora na hora, ali é mais embaixo, e nos premiou com uma carta que outro dia divulgaremos.

Prefiro mostra-la, à Sozinha, com a voz de um velho parceiro, simples, sincero e agradável. Além de excelente cantor, nesse dia solto em roda de amigos. Linda também a saída à francesa do Lupicínio, jogando tudo nas costas de um matuto...

Dinho Caninana (detalhes no porvir, é muito discreto, precisamos autorização).

Abraço, Dinho. Onde anda, meu amigo?




Leny Eversong

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Leny Eversong (Hilda Campos Soares da Silva. Santos,1/9/1920 - São Paulo, 29/8/1984), foi e é uma grande cantora brasileira.

Infelizmente o nosso país ainda não se importa com o seu passado, a elite branca - que usa aqueles capuzes brancos da KKK, que coisa mais velha - prefere as jóias falsas do exterior, alimentam suas redes de tevê assim, e vivem uma vida de desgraçados que são, sem saber que a ventura desta vida... (por alguma razão sempre lembro do Lupicínio ao escrever deste jeito, naquele seu samba-canção Sozinha: ... e só por dinheiro, sabe o que fez essa ingrata mulher, fugiu com o doutor que eu mesmo chamei, e paguei pra curar os seus bichos de pé...).

Será mesmo, João da Noite, que essa gente tem amor? Vá saber.

Há lutadores insanos de tão valentes, como Ricardo Cravo Albin, que não deixam que tudo morra no esquecimento. Mas não é fácil... ter que depender da "bondade" dos pilantropos.

Saudades, Leny.




Tudo o que vai abaixo sobre a grande cantora é pesquisa de F. Fukushima, texto colocado no youtube com o vídeo. Valeu, Fukushima. Ela está em nossas memórias e corações.

Jezebel, de Shanklin, foi um dos maiores sucessos de Leny Eversong (01/09/1920-29/04/1984). Várias gravações de Jezebel foram feitas pelo mundo afora, com destaque para Frankie Laine e Edith Piaf, assim como o grupo Hermans Hermits, dos anos 60, entre outras. A artista, que fez sucesso no exterior, nasceu na cidade paulista de Santos, e ficou famosa pela sua potente voz e por cantar em vários idiomas. De acordo com o site Geocities, Hilda Campos Soares da Silva, seu nome de batismo, começou sua carreira aos 12 anos, quando se apresentou no programa Hora Infantil, da Rádio Clube de Santos, SP. Seu forte, desde então, eram as interpretações para os foxes estrangeiros.

Transferiu-se em 1935 para a Rádio Atlântica, também em Santos. Nessa ocasião, adotou seu nome artístico, e passou a cantar apenas em inglês. Decorava as letras com sua pronúncia perfeita, mesmo não falando o idioma. Em 1936, foi para o Rio de Janeiro, onde fez uma temporada de três meses na Rádio Tupi. Em 1937, assinou contrato com a boate Night and Day, casa noturna inaugurada no último andar do Edifício Martinelli, em São Paulo. Participou de inúmeros programas de rádio em São Paulo, principalmente nas Rádios Bandeirantes e Cultura.

Gravou seu primeiro disco em 1942, interpretando os estribilhos do fox "Tropical magic", "The nango" e "When I love, I love!" e a rumba "Week-end in Havana", com a Orquestra Colúmbia dirigida pelo maestro Totó, da qual era crooner. Um ano depois, gravou o fox "Tangerine" e o samba "Carioquinha", entre outras músicas com a mesma orquestra. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco solo, interpretando o fox-canção "Besame mucho", de Velasquez e o bolero "Por mi culpa", de Cesar Siqueira.

Gravou em 1944 seu segundo disco solo, interpretando o fox-trot "Stormy weather" e o fox "I can't give you anything but love". Em 1945, transferindo-se da Rádio Tupi, passou por duas rádios paulistas: a Excelsior e depois a Nacional. Em 1948, fez temporada na Argentina, apresentando-se como uma cantora americana. Na década de 1950, a cantora voltou a interpretar músicas brasileiras. Em 1952 gravou a marcha "Pode ir em paz", de Adoniran Barbosa e Hervê Cordovil e o samba "Volta por Deus!", de Mário Vieira e Conde.

No mesmo ano, gravou um de seus grandes sucessos, o fox-trot "Jezebel", de Shanklin. No mesmo disco, que contou com o acompanhamento de Poly e Seu Conjunto, gravou com Cauby Peixoto o fox-trot "Blue guitar", de Leyghton e C. Red Sorther. Em 1953 gravou o samba "Confissão", de Mário Vieira e o choro baião "Solidão", de Aldo Cabral e Ataulfo Alves. No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora Copacabana, onde estreou gravando o samba canção "E ele não vem", de Hervé Cordovil, e a valsa "Roda, roda, roda", de Jair Gonçalves.

Nessa época, gravou o LP "Leny Eversong em foco", que trazia vários sucessos: "Granada", de Agustín Lara, e "Nunca", de Lupicínio Rodrigues.

Em 1958, fez apresentação no Olympia de Paris, França. Lá, recebeu de um comentarista francês o slogan "A Voz do Amazonas". No mesmo ano, gravou com Roberto Audi, na Copacabana a toada "Geada", de David Nasser e Armando Cavalcânti e o fox "No azul pintado de azul", uma versão de David Nasser. Em seguida, foi contratada pela RGE, estreando com o rock balada "Sereno", de Aloísio Teixeira de Carvalho e a canção "Esmagando rosas", de Alcir Pires Vermelho e David Nasser. Em 1960, apresentou-se em Las Vegas, EUA, permanecendo em cartaz por dois anos. Nos Estados Unidos, chegou a gravar o LP "Leny Eversong na América do Norte", acompanhada pela Orquestra de Neal Hefti.

Por essa época, foi uma das pioneiras do rock no Brasil, gravando em 1960, os rocks "Carina", de Paes e Testa, com versão de Bruno Marnet e "Sabor a mi", de Alvaro Carrilho. Em 1963, gravou pela Copacabana o LP "Ritmo fascinante nº 1". Participou, em 1964, do filme "Santo Módico", de Robert Mazoyer. No mesmo ano, lançou pela RGE o LP "A internacional Leny Eversong", que trazia as músicas "Esmagando rosas", de Alcir Pires Vermelho e David Nasser, e "Stormy Weather", de Arlen e Koehler. Ainda em 1964, participou da montagem da "Ópera dos três vinténs", de Berthold Brecht, em São Paulo.

Participou também de alguns festivais da canção. Ainda na década de 1960, registrou em LP um show ao vivo, na extinta Boate Drink, ao lado de Cauby Peixoto. Em 1970, fez show no Canecão, Rio de Janeiro.

Passou por sérios problemas pessoais e de saúde a partir do início dos anos de 1970, ocasião em que seu marido saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou.

A cantora, a partir de então, ficou deprimida e foi aos poucos perdendo a saúde. Em 1983, ainda fez uma participação no programa televisivo "Show Sem Limite", de J. Silvestre. Vítima de diabetes, antes de falecer aos 64 anos, chegou a ter as duas pernas amputadas.

Escenario y Salón: A premiação

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Honra ao mérito.

Escenario:





Y Salón: