jueves, 1 de septiembre de 2011

Leny Eversong

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Leny Eversong (Hilda Campos Soares da Silva. Santos,1/9/1920 - São Paulo, 29/8/1984), foi e é uma grande cantora brasileira.

Infelizmente o nosso país ainda não se importa com o seu passado, a elite branca - que usa aqueles capuzes brancos da KKK, que coisa mais velha - prefere as jóias falsas do exterior, alimentam suas redes de tevê assim, e vivem uma vida de desgraçados que são, sem saber que a ventura desta vida... (por alguma razão sempre lembro do Lupicínio ao escrever deste jeito, naquele seu samba-canção Sozinha: ... e só por dinheiro, sabe o que fez essa ingrata mulher, fugiu com o doutor que eu mesmo chamei, e paguei pra curar os seus bichos de pé...).

Será mesmo, João da Noite, que essa gente tem amor? Vá saber.

Há lutadores insanos de tão valentes, como Ricardo Cravo Albin, que não deixam que tudo morra no esquecimento. Mas não é fácil... ter que depender da "bondade" dos pilantropos.

Saudades, Leny.




Tudo o que vai abaixo sobre a grande cantora é pesquisa de F. Fukushima, texto colocado no youtube com o vídeo. Valeu, Fukushima. Ela está em nossas memórias e corações.

Jezebel, de Shanklin, foi um dos maiores sucessos de Leny Eversong (01/09/1920-29/04/1984). Várias gravações de Jezebel foram feitas pelo mundo afora, com destaque para Frankie Laine e Edith Piaf, assim como o grupo Hermans Hermits, dos anos 60, entre outras. A artista, que fez sucesso no exterior, nasceu na cidade paulista de Santos, e ficou famosa pela sua potente voz e por cantar em vários idiomas. De acordo com o site Geocities, Hilda Campos Soares da Silva, seu nome de batismo, começou sua carreira aos 12 anos, quando se apresentou no programa Hora Infantil, da Rádio Clube de Santos, SP. Seu forte, desde então, eram as interpretações para os foxes estrangeiros.

Transferiu-se em 1935 para a Rádio Atlântica, também em Santos. Nessa ocasião, adotou seu nome artístico, e passou a cantar apenas em inglês. Decorava as letras com sua pronúncia perfeita, mesmo não falando o idioma. Em 1936, foi para o Rio de Janeiro, onde fez uma temporada de três meses na Rádio Tupi. Em 1937, assinou contrato com a boate Night and Day, casa noturna inaugurada no último andar do Edifício Martinelli, em São Paulo. Participou de inúmeros programas de rádio em São Paulo, principalmente nas Rádios Bandeirantes e Cultura.

Gravou seu primeiro disco em 1942, interpretando os estribilhos do fox "Tropical magic", "The nango" e "When I love, I love!" e a rumba "Week-end in Havana", com a Orquestra Colúmbia dirigida pelo maestro Totó, da qual era crooner. Um ano depois, gravou o fox "Tangerine" e o samba "Carioquinha", entre outras músicas com a mesma orquestra. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco solo, interpretando o fox-canção "Besame mucho", de Velasquez e o bolero "Por mi culpa", de Cesar Siqueira.

Gravou em 1944 seu segundo disco solo, interpretando o fox-trot "Stormy weather" e o fox "I can't give you anything but love". Em 1945, transferindo-se da Rádio Tupi, passou por duas rádios paulistas: a Excelsior e depois a Nacional. Em 1948, fez temporada na Argentina, apresentando-se como uma cantora americana. Na década de 1950, a cantora voltou a interpretar músicas brasileiras. Em 1952 gravou a marcha "Pode ir em paz", de Adoniran Barbosa e Hervê Cordovil e o samba "Volta por Deus!", de Mário Vieira e Conde.

No mesmo ano, gravou um de seus grandes sucessos, o fox-trot "Jezebel", de Shanklin. No mesmo disco, que contou com o acompanhamento de Poly e Seu Conjunto, gravou com Cauby Peixoto o fox-trot "Blue guitar", de Leyghton e C. Red Sorther. Em 1953 gravou o samba "Confissão", de Mário Vieira e o choro baião "Solidão", de Aldo Cabral e Ataulfo Alves. No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora Copacabana, onde estreou gravando o samba canção "E ele não vem", de Hervé Cordovil, e a valsa "Roda, roda, roda", de Jair Gonçalves.

Nessa época, gravou o LP "Leny Eversong em foco", que trazia vários sucessos: "Granada", de Agustín Lara, e "Nunca", de Lupicínio Rodrigues.

Em 1958, fez apresentação no Olympia de Paris, França. Lá, recebeu de um comentarista francês o slogan "A Voz do Amazonas". No mesmo ano, gravou com Roberto Audi, na Copacabana a toada "Geada", de David Nasser e Armando Cavalcânti e o fox "No azul pintado de azul", uma versão de David Nasser. Em seguida, foi contratada pela RGE, estreando com o rock balada "Sereno", de Aloísio Teixeira de Carvalho e a canção "Esmagando rosas", de Alcir Pires Vermelho e David Nasser. Em 1960, apresentou-se em Las Vegas, EUA, permanecendo em cartaz por dois anos. Nos Estados Unidos, chegou a gravar o LP "Leny Eversong na América do Norte", acompanhada pela Orquestra de Neal Hefti.

Por essa época, foi uma das pioneiras do rock no Brasil, gravando em 1960, os rocks "Carina", de Paes e Testa, com versão de Bruno Marnet e "Sabor a mi", de Alvaro Carrilho. Em 1963, gravou pela Copacabana o LP "Ritmo fascinante nº 1". Participou, em 1964, do filme "Santo Módico", de Robert Mazoyer. No mesmo ano, lançou pela RGE o LP "A internacional Leny Eversong", que trazia as músicas "Esmagando rosas", de Alcir Pires Vermelho e David Nasser, e "Stormy Weather", de Arlen e Koehler. Ainda em 1964, participou da montagem da "Ópera dos três vinténs", de Berthold Brecht, em São Paulo.

Participou também de alguns festivais da canção. Ainda na década de 1960, registrou em LP um show ao vivo, na extinta Boate Drink, ao lado de Cauby Peixoto. Em 1970, fez show no Canecão, Rio de Janeiro.

Passou por sérios problemas pessoais e de saúde a partir do início dos anos de 1970, ocasião em que seu marido saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou.

A cantora, a partir de então, ficou deprimida e foi aos poucos perdendo a saúde. Em 1983, ainda fez uma participação no programa televisivo "Show Sem Limite", de J. Silvestre. Vítima de diabetes, antes de falecer aos 64 anos, chegou a ter as duas pernas amputadas.

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