domingo, 9 de marzo de 2014

O 8 de março

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E segue-se o Dia da Mulher, que suponho sejam todos os dias, como dos homens, como todos os dias são das mães e crianças, de velhos, de tanta gente.... de todos os humanos. Como dizia o outro, todo dia é dia de índio, de animais, de plantas.

As mulheres tem o 8 de março como dia de protesto, vigoroso, e vai crescer, visto que ainda estamos longe de um mundo melhor, mas nada pessoal nem localizado, é MACRO. E só assim o compreendo, ao 8. A luta é contra a ignorância. Ignorância é o que a palavra diz, não saber, ignorar. Por falta de escolas. E voltamos a bater na mesma tecla.

Quando as mulheres deixarem de ser escravas (macro) votarão em homens e mulheres, sem distinção, com propostas de políticas publicas igualitárias, e que as cumpram. Aqui no Sul ainda temos tristes problemas, que só a escola resolverá. Há lugares bem piores no Brasil, tanto que, quem abre a boca são mulheres das capitais. Igualzinho como no tempo das ditaduras: nos grandes centros urbanos a KKK dos bolsonaros, da católica que Francisco está colocando nos eixos, dos fanáticos outros, não conseguem identificar nem controlar, perseguir, machucar, o que já não ocorre em pequenas e médias cidades, nestas se abrir a boca acabou a sua vida.

Em certos países ainda extirpam o clitóris entre 12 e 14 anos, com faca suja, a família surpreendendo às onze da noite a criança dormindo numa casinhola da fronteira do Afeganistão, e sob a luz de vela a cortam para protegê-la de prazeres proibidos no futuro. Religião? Ora, se fosse só isso. Sim, a mãe junto, no mais das vezes é a mãe quem extirpa, repetindo o que com ela fizeram, crê naquilo, a coitada, com pais e irmãos segurando a criança à força. O diabo é a falta de livros, escolas, a incapacidade de raciocinar, de divisar o horizonte humanitário. As que se rebelam, antes queimavam, depois eram comunistas, hoje defendem aborto e muitos outros direitos naturais, se eles puderem as matam, para calar essa cadela, essa mulher, que nos botou no mundo!

Mulheres que matam, que insultam, gente vil, ora, delas o mundo está cheio. O que se reclama é equilíbrio, pois as leis, na imensa maioria dos países, fecham os olhos se o agressor for o homem.

Outro dia fui comprar dois tomates, pouco antes falei com uma amiga criança, mas amiga desde o tempo em que a peguei nenê no colo, eu com trinta. Tomamos umas cervejas, eu de bermuda e chinelo de dedos, esqueci os tomates, eu amo aquela guria. Era pertinho da mercearia onde eu iria. Na mesa de uma tropa onde ela estava fui maltratado por uma senhora, ela fria, malvada coroa, qualquer coisa que dissesse estaria errado, calei a boca.

Começou no Boa Noite. Boa pra ti, pra mim tu não sabe. Certo, ahn, bah, eu pensei em ir em Clube até, mas não vou, tocam sertanojos, eu gosto de marchinhas, de samba, mais marchinhas, sabe, carnaval à antiga. Foda-se, tem que respeitar os sertanejos, tu está discriminando os sertanejos. Não, dona, é que hoje é segunda de carnaval... Cada um faz seu carnaval, seu discriminador. Ahn, sim, concordo, só quis dizer do Carnaval que eu gosto! Posso ter gosto? E virei o rosto para o outro lado pensando que deve haver ainda...


Por mim que tu faça o que tu quiser, cara, ela ainda disse, como se eu fosse um assassino por não gostar de música sertanojas (nada e ver com sertaneja, que também pro meu gosto entrariam fora de hora). Eu me respondi em silêncio: eu não, sou um cara de paz, mas ainda hoje tu vai encontrar, quem procura...

Amanhã ou depois lerei no jornal que ela matou alguma criança, ou a algum boêmio na boa, no caso deste último no bar Rossi, porque em cama jamais me pegaria, não gosto de mulher agressiva, para não dizer outra coisa.

Tomei mais uns tragos em casa e não fui à Carnaval algum, temeroso de encontrar aquela senhora, eu desarmado, já viu... gente que joga nenê vivo no lixo, pela brutalidade que atinge a todos os humanos feridos de morte. Não, isso é caso isolado. A briga é MACRO, para um dia chegarmos no particular, um dia a bruta ignorância se esvairá.

Isso exemplo ruim, gente ruim. Se for falar dos espancadores, então, haja páginas.


Pelo que a turma briga é abrangente, as feministas e as mulheres em geral sabem disso. O desequilíbrio. Para cada assassina ou espancadora temos milhares de "homens" piores. Tem de tudo. Então as gurias aos poucos estão saindo do sério. Não como disse um militar da ditadura: "Às favas os escrúpulos", nunca, elas querem guerra, só que aqui pelo lado humano, e não dos assassinos que nunca tiveram escrúpulos.

O que reclamam é direitos iguais. E pedem pouco. Mas isso não se constrói assim tão fácil, entra a política, como forçá-los a legislar para todos? Começando por escolas para todos, boas escolas públicas, tão boas que acabem com as particulares. Como, se a maioria das mulheres, como seus maridos, ainda votam a cabresto, pela famigerada dívida de gratidão, quilo de arroz ou médico numa hora ruim? Como? 

E não adianta eu berrar, se adiantasse já teríamos. As mulheres berrando talvez mudemos para muito melhor, visto que a perfeição, na vida como em todas as artes, é mera ilusão que temos aqui neste pó do Universo.

Por isso voto nelas. Quanto mais bruxa, mais me fascina. Não andam por aí roubando, como esses coitadinhos.
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