domingo, 3 de julio de 2016

Yo en Montevideo

.
Naquela quarta-feira as mulheres chegaram do trabalho na boate às quatro e meia. Risos, tititi, cócegas, despertei irritado, ora vão... mas vi um mar de sorrisos e um copo de champanhe gelado na minha frente, pela mão da argentina Jacqueline Bel.

"Arianita" Mores, a caixa, me alcançou a grana, avisando: ganamos plata, pero Peñarol se fue cuesta abajo, Juanito!

Tinha que me trazer notícia triste. Fingi que não ouvi, ora se eu não iria saber que o Peñarol foi goleado em casa. Enquanto faturavam os trouxas eu assistia o jogo, pombas.

Contei, treze mil. Senti que a Frida e outras que andam se olhando demais enrustiram mais uns oito. Depois verei com calma.

Sorri e disse média de quinhentos por mulher, tá bom por hoje, vão tomar banho, descansem, queridas.

Ofrezco la vieja canción Doña Soledad por conta de Ariana Mores, que morava num muquifo da Av. Cataluña antes de ser meu amor.

A conheci por acaso, andando solito pela Cataluña de madrugada quando na esquina da Manuel Alonso vi um sujeito a espancando. Fui para cima e apunhalei o bandido, dez fincadas no pescoço. Desde então temos pacto de sangue.

A canção é o modo que tenho de dizer que sinto muitas saudades quando elas não estão, sonho acordado.

Como eu Alfredo Zitarrosa nasceu e morreu em Montevideo. Ele ganhou o mundo, enquanto eu..., deixa para lá, não é como eu queria mas está bom assim.


.

No hay comentarios.:

Publicar un comentario