AOS
ASSOCIADOS DA AGB
Assunto:
RESPEITO
Sem
respeito, queridos amigos, nossos pais e avós já ensinavam, nada funciona, a
sociedade vai por água abaixo.
A
gente cresce e um dia descobre que nem cabaré funciona sem um mínimo de
respeito. Em cabaré que mereça esse nome os homens se cumprimentam gentilmente
com um sinal de cabeça, se de chapéu tocam a aba com os dedos.
Os
homens se tornam até amigos, se ouvindo música na sala, aguardando a vez
enquanto os quartos não liberam, se um deles tomar a palavra e falar de
futebol, uma beleza, logo estão sorrindo amigavelmente.
Se
no cabaré tem conjunto musical com pista de dança, Evódio na gaita, Conceição
no microfone, Estevo na bateria, Luiz no contrabaixo, Ernesto ao violão, e
outros, tiram a dama para dançar com elegância e polidez. E dançam na penumbra.
Claro,
durante o tango ela abre as pernas e se esfrega para excitar o bailarino e
arranjar um programa, mas isto faz parte do show, é com algum pudor, ela é terceirizada, precisa
lutar pela vida, todos sabem.
Chamam
a cafetina de D. Polaca, D. Luizona, D. Mimi, com estima e certa submissão. A
Dona também os trata bem, com afeto maternal, conhece suas preferências,
arranjará aquela loirinha especial. Hoje quero a novata Marcela. Oh, meu filho,
é impossível, muita gente na frente, mas vou tentar dar um jeitinho.
O sujeito
que se passa no ambiente, profere palavrões ou tenta arranjar briga, perde o
respeito dos demais habitués do nobre recinto. Não pode agredir a trabalhadora
terceirizada nem acusar sem provas que alguém bateu a sua cuba libre que havia
deixado na mesa.
Em
casos assim, a depender da gravidade, é jogado no meio da rua, ou leva um tiro
na cara lá dentro mesmo.
O
mesmo na vida além-cabaré, pois lá dentro aprendemos a conviver com os nossos
semelhantes também lá fora.
É
por este patrimônio de urbanidade que esta Associação luta incansavelmente.
Pelo
seu presidente a Associação aproveita para emprestar a sua solidariedade e o
respeito aos doutores Rodrigues Janota e Gilmar Porcão, contumazes visitantes
de uma associada de Brasília. Ambos tem toda a razão naquilo que dizem um do
outro, não é caso para providências de punição a um ou a ambos, foi uma mera
briga de bugios, já passou.
Nós,
amigos, que escolhemos esta nobre profissão, devemos estar muito atentos para
que não ocorram problemas com os consumidores, sendo sempre solícitos e respeitosos para com os clientes.
Vai
também a nossa solidariedade aos congêneres de Curitiba, onde as coisas andaram
saindo de controle.
Lamentamos
mortificados que em um dos congêneres curitibanos tenham ocorrido situações
onde alguns ficaram merecendo o arremesso na rua ou o tiro na cara, isso é
profundamente lamentável, um péssimo exemplo para os demais prostíbulos da
nação.
Saudações
e felicidades a todos.
João
da Luzia
Presidente da Associação dos Gigolôs do Brasil - AGB
Rua da Olaria, s/nº - Porto Alegre (RS)
Presidente da Associação dos Gigolôs do Brasil - AGB
Rua da Olaria, s/nº - Porto Alegre (RS)
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