Ao sair antes para comprar um presentinho pro meu priminho que amanhã completará cinco anos de idade, na
volta vim por lá e dei uma parada no bar do Nadir, ali perto da igreja Sagrada
Família na Rua José do Patrocínio. Tava superatolado de gente, digo, superlotado.
As mulheres de rodar a bolsa
- umas novas na parada, ui, o pessoal do AAA da Igreja, estes tomando água
mineral, os malandros, as travecas lindas e perfumadas, a turma da punga lá no
Centro, todos pularam em mim aos beijos e abraços de corpo inteiro.
Salito, seu malandrão, onde
andava por todos estes anos? Que saudade, eu era apaixonada por ti! E aí,
camarada, conseguiu fazer a vida? Tinha 17 filhas, quantas tem hoje, maluco? E
por aí vai, muitos choramos.
Todo mundo feliz. Respondi
tou morto e a corvada em roda, mas sabem como é, a gente dá um jeito, ainda não
precisei pegar em arma. As próximas dez cervejas são por minha conta, Nadir,
exclamei feliz.
O que vocês estavam fazendo
quando cheguei, amontoados lá no fundo? A gente tava vendo uma notícia na
Internet, uma vagaba Carmen Lúcia, que mal sabe tocar siririca e chupar pau,
livrou a cara de mais um ladrão podre.
Mudei de assunto. Alguém
quer jogar sinuca? Há anos não pego num taco, dou a sete livre. O Julião da
Maleva saltou: só a sete não tem graça, é covardia, Sala. Então dou a cinco, a
seis e a sete. Uma das bonecas novas se escalou.
O Nadir trouxe a caixa de
bolas, do às à sete. Ela encaminhou-se ao taqueiro, escolheu um taco enquanto
dizia: é hoje que te como, fama tu tem, quero ver.
Eu vou deixar, pensei.
.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario