lunes, 22 de agosto de 2011

Algemas são para quem sustenta as hienas

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O intelectual Luis Inácio Lula da Silva, que possui o cérebro algemado e nunca perde uma oportunidade para dizer besteira, ora bajulando a sua turma, a torcida do Corinthians, ora namorando a extrema-direita, agora virou defensor dos criminosos de colarinho-branco. Disse que alguém com documentos e endereço conhecidos não deveria ser preso como um "bandido qualquer". O ilustre pensador apenas esqueceu de definir "bandido qualquer".

O réu José Dirceu também andou dando sua valiosa opinião sobre o assunto, indo pelo mesmo caminho, em causa própria, mas aqui neste blog relutamos em transcrever bobageiras de chefes de quadrilhas.

É compreensível a postura do Sr. Lula: a turma da roubalheira foi nomeada por ele. Também muitos de seus amigos do mensalão podem ir direto para o camburão quando o Supremo Tribunal Federal - STF acatar o pedido do Juiz Joaquim Barbosa. Nossa bola de cristal nos diz que, fiel aos autos, o Joaquim vai fincá-los na cadeia. Claro, com o voto vencido dos amigaços, segundo a mesma bola de cristal.

Mas nem tudo está perdido. Na edição de ontem, domingo, do jornal Correio do Povo (RS), o colunista Oscar Bessi Filho trata de dar uma ajudinha ao honesto Lula, com o seu "Algemas - Novo Manual de (In)utilização". Alguns excertos:

"São passíveis de punição aqueles que optarem por trabalhar honestamente, com seus salários mínimos e sua dependência da coisa pública. E os que ainda (pô, se liga!) não estiverem legitimamente inseridos ou engajados em alguma organização filantrópica, dessas que lidam com drogas, armas ou verbas públicas, vitais  para a economia nacional e o fomento da crimindústria."

"Prisão: ato ou efeito do cidadão ficar trancado. Como ao chegar em casa, chavear as 17 fechaduras da porta, acionar o alarme, impedir os filhos de brincarem na rua...".

"Povo: o sujeito que paga a festa, e paga caro, mas fica do lado de fora. Ainda pode ser algemado por isso."

"Artigo único: a Polícia brasileira usará algemas no cinto, ou na pochete. e deu. Dali só retirará em casos extremos. Fica terminantemente proibido o uso de algemas contra ministros, parlamentares, chefes de poder Executivo ou Legislativo, assessores, cabos eleitorais e engravatados de todo gênero, puxa-sacos, coautores em geral e incapazes (de arranjar trabalho honesto)."

"Salienta-se, para fins de compreensão do texto, que o bolso do povo não é objeto do crime de surrupiu. Não questionem o porquê. E a liberdade de imprensa não vale para mostrar a autoria desses supostos crimes, visto que o uso e o abuso das verbas desviadas pode ser escancarado, mas não a sua punição."

"Assim, fica definitivamente estabelecido que o uso pleno de algemas fica restrito a ambientes como motéis, sex shops ou zonas de meretrício. É. E olha lá."

Então, Sr. Lula, despreocupe-se. Querendo pode mandar fazer pulseiras vermelhas, de renda, para presentear os amigos. Imagine a gargalhada quando o senhor entregar, dizendo: "Eis aqui as algemas pelo montão que desviaste".



(A charge é do Ique, sobre o fora-da-lei Daniel Dantas, o elemento que diz temer somente a polícia e juiz de primeira instância, porque "lá em cima eu resolvo tudo").

domingo, 21 de agosto de 2011

A Charge do Dias

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É do Zop.

Onde estão os estudantes?

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A moçada do Brasil, hoje silente diante do horror, amordaçada pela vergonha de ter errado, intimamente se sentindo compromissada com o erro - erro que desabou sobre as nossas cabeças com a Carta de Recife e não quisemos ver -, onde está? Por que o Congresso Nacional é um antro e as praças estão vazias? Onde estão os estudantes? 

Passa da hora de virarmos as costas aos que nos mentiram, aos josés dirceus caras-cortadas na cera da ignomínia, os tratantes mentiram, sim, mas nunca esqueçamos de que quem errou fomos nós, a Carta avisava com todas as letras o que viria.

Precisamos recomeçar. Joguemos fora todas as tralhas, cantemos, recuperando a voz, sem deixar de vislumbrar o passado, para manter a memória viva, lúcida.

Talvez uma das maneiras seja voltando a algum começo, algum lugar, recomeçando de lá a reconstruir o Brasil que sonhamos. Um desses lugares pode ser o jovem Raul Seixas, maluco de amor. Imaginemos o que estaria cantando hoje, 22 anos anos depois de sua partida, diante dessa orgia que a Dilma está tendo a coragem de coibir.

Vamos ficar bem quietinhos, abandonando-a à sanha dos cleptomaníacos asquerosos, somente pelas mentiras do Lula e sua turma de bandidos, patrunfos sem-vergonhas?

sábado, 20 de agosto de 2011

A Charge do Dias - Clayton

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Ufa, hoje não houve briga. Adolfo Dias Savchenko examinou as propostas dos butequeiros e disse "Não!, vale a minha e fim". Muito democrático. Afora a necessidade de se afirmar, há um agravante: como João da Noite, Adolfo tem pavor da festiva agremiação "Põe a Mão no Dindim do Brasil", aquele bando de salafrários (Deus meu, o mestre-sala Padilha vai voltar, olhaí, cuidado com a carteira, geeeeeente!). Só rindo mesmo, um animal como esse merece um riso ridente, e uma forca.

E a charge é a do Clayton Rebouças, de O Povo (CE). Os irmãos do Ceará nos dão cada coisa...



Dez a zero para Adolfo, colocou o dedo bem em cima da ferida. Mil a zero para o grande Clayton (abraço, irmão!): um espantalho que só permite a aproximação do que não presta, em singela representação de aves que comem carniça, elas que não pensam, que são queridas, em alusão terrible a humanos que pensam. Pensam?

Nunca ouvimos dizer que o novo ministro é ladrão. Sim, sabemos que isso é um milagre, político honesto, hummm... Sendo assim o damos por limpo, para início de conversa. Vá lá que não saiba distinguir uma abóbora de uma pitanga, mas até aí morreu neves, os que o antecederam também não sabiam. Sabemos apenas que o político profissional Sr. Jorge Alberto Portanova Ribeiro Filho é ex-presidente da ARENA Jovem (o partido da ditadura). Foi Secretário da Justiça do governo Jair Soares, onde durou pouco.
Isso de ministro me traz à memória a minha mãe, que sonhava...

(Parêntese)

Minha mãe sonhava. Naquela pobreza de amargar, no fundo sonhava que o seu guri um dia seria ministro. A pobre, naquele fundão de miséria, viu, pelas reclamações e papos de professores daquele mato, que o guri dela era diferente, diziam doido. Era? Foi expulso.

(Ainda sou, mãezinha querida. Perdi a festa particular dos seus 88 anos por culpa da Avianca, que me largou em Porto Alegre tarde demais, atraso de seis horas. De nada adiantaria reclamar. Mas a senhora sabe que penso na senhora desde sempre, todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos. Não briguei com os funcionários da Avianca, mas lembrei dos políticos da Infraero e da ANAC. Deixa estar.).

Depois de todos os horrores desta vida, onde o guri dela perdeu órgãos se defendendo na rua, mãos contra ferros, por teimoso, que fez de tudo, comeu quem quis, tudo, tudo... e ainda não terminou o serviço, só uma coisa ela não sabe, não tive coragem de dizer e ninguém é doido de dizer por mim, não é justo, nunca e menos ainda agora, que ela está muito velha, 88.

Coisas que aqui neste blog se diz todos os dias. Que ninguém, neste agreste Brazil, chega a ministro se não sujar as mãos. Ninguém!

Desculpe-me, minha mãe, por eu não querer ser ministro. O preço era muito alto diante das coisas básicas que a senhora me ensinou.

Fechado o parêntese maior, estávamos falando do quê mesmo? Ah...  

O único probleminha é que é "homem" do Temer, o vampiro do sangue gelado, velho nababo conluiante (daqueles que vivem de sussurros no ouvido, feito china de bordel vagabo), a herança das heranças de um sistema falido, esse que compra tudo o que vê reluzindo como ovo jogado ao ar em dia ensolarado, em algo tinha de ser loiro. Mas é frio. Goza calculado. Se o "ministro" gaúcho tem chefe, e um chefe assim, negócio desfeito, sai pra lá!



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Carlito, Cazuza e o fedor

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Carlito passa pelas nove da manhã com o chapéu puxado nos olhos, cara de poucos amigos, e como de hábito incendeia tudo com o som de algum "maluco". Desta feita acompanhado de Lucas, um bageense tão honesto quanto perigote, mais um centímetro e aquela adaga não o deixa dobrar a perna.

Hoje incendiou muito bem.  Como todos sabem, aqui na palafita Cazuza sempre está de aniversário.

Cazuza pegou em cheio. Fede mesmo, e muito. Os muquiranas não passam de uns caboclos ignorantes, porém, como os pastores universais, leram O Ivo viu a Uva, o suficiente para ludibriar e se apossar dos direitos básicos dos nossos irmãos que vivem na mais profunda escuridão.

Ou alguém pensa que enriquecem tomando dos seus pares, os outros ladrões? Não, meu senhor; não, minha senhora: é da massa ignara que tomam. Mais o assalto aos cofres públicos, à socapa, o que dá na mesma.

Orgulham-se disso. São da mesma estirpe dos valentes punguistas que furtam (furtar = pegar para para si, às escondidas, coisa alheia) doce de criança ou moeda da lata do mendigo.

Por essas e outras é que todos os sábados, quando está em Porto Alegre, Carlito Dulcemano Yanés, virado da noite boêmia da Cidade Baixa, sai pela rua gritando, agora com o chapéu no pico da testa: "Vamos quebra-los a pau, meu povo! Vamos assaltar bancos! Vamos enforcar os políticos". Naquele seu dialeto português-cubano de Montevideo... Quem não o conhece pensa que é louco. As classes armadas (cada vez que escrevo isto me vem à cabeça o Deus Lhe Pague, do Joracy) o conhecem, mas, por conhecê-lo, fingem que não vêem, muitos deles até o admiram e protegem, se preciso. Por via das dúvidas, Miquirina Segundo e Kafil o seguem a uma razoável distância, sempre tem o risco dos bandidos de Mr. F. Febraban aparecerem em mais de cinco.
Daqui nos preocupamos um tantinho com Carlito, vai que um dia ele comece... Sabemos que as classes armadas acabarão o calando, depois d'ele levar uns duzentos mafiosos para o inferno.

Mr. F. Febraban não me faria isso, me levar Carlito. Sabe que eu viraria diabo, envolto em labaredas. O temor que temos é de um coitado de um assecla cometer uma bobagem, querendo agradar o banqueiro.

Para Carlito: Sossega, leão. Quem sabe Ju Betsabé, que retornou de Floripa...




Para judiar do irmãozinho Carlito, e incentiva-lo a deixar de ser brabo, vai uma pintura de Betsabé, a primeira, se banhando.
Do incrível artista Cornelis Cornelisz van Haarlem (Holanda, 1562  - 1638).





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(Hoje saindo da capa: Quatro dias depois da bomba de Nagasaki, o Imperador do Japão, antes de suicidar-se, escreveu uma carta para seu povo pedindo perdão pelo crime cometido pelo Bush da época. No Brasil, o restaurante McGraxa's vai bem, lotado de crianças. No rádio, toca lixo em inglês. A colônia progride.)




viernes, 19 de agosto de 2011

Aracy de Almeida

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Espetacular artista brasileira, Aracy Teles de Almeida (Rio, 19/8/1914 - 20/6/1988) era uma menina pobre, que desde os tempos de criança sonhava em ser cantora de rádio, o que acabou acontecendo a partir de seu encontro com o compositor Custódio Mesquita, para quem cantou "Bom dia, meu amor", de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano.

Uma das duas maiores intérpretes da obra de Noel Rosa (a outra é Marília Batista), começou a cantar profissionalmente na Rádio Educadora, em 1933, por intermédio de Custódio Mesquita, tornando-se um dos nomes mais conhecidos da fase de ouro do rádio. Por essa época, já conhecia Noel Rosa e, segundo o pesquisador Antônio Epaminondas, saía muito com o compositor, "ele de violão em punho, frequentando tudo o que era casa suspeita, botequins, nas imediações da Central do Brasil, na Taberna da Glória, etc. e ela ainda de menor"...
Ricardo Cravo Albin nos diz mais sobre esse patrimônio nacional que foi Aracy, AQUI

A atriz e cantora Neusa Romano dá uma idéia do estilo da maravilhosa doida no palco.



 
 
Três Apitos (Noel), gravação de 1951.


Perdeu a mulher pro bicheiro, n'A Charge do Dias

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A discordância está se tornando contumaz na turma da charge diária.

De um lado, o pessoal do buteco do Beco do Oitavo, um tantinho mais politizado, grande consumidor de pré-sal, como agora chamam o uísque (salta um pré-sal, Portuga!), insistindo na crítica política, quanto mais ácida melhor.

De outro, os cachaceiros do bar do Terguino Ferro querendo dar uma variada nos temas (há gente tentando dar conotação sexual ao nome do dono do bar, mas esqueçam, o tadinho não tem culpa). Também todos estamos de acordo.

No meio, Adolfo Dias Savchenko, empinando vinho cruzado com vodka, que por vezes parece não ter pulso para fazer valer a sua opinião, que era para ser decisiva. Quer agradar a todos. Vamos repensar a suas responsabilidades, senhor Adolfo, está parecendo o patrunfo Lula, cuidado com a herança maldita que poderá deixar ao substituto, quando a palafita resolver substitui-lo.

Enfim... De novo temos duas, ambas de cinema.

Por conta da turma do Bar do Terguino, vai o Aroeira, do jornal O Dia (RJ).






Já os pré-salitos do Beco do Oitavo vieram com o Jarbas, do Diário de Pernambuco, em corrosiva agricultura.




E já que Adolfo anda momentaneamente desmoralizado (dizem ser dor-de-cotovelo, perdeu a Joana Furacão para um bicheiro), a palafita se intromete e inclui outra charge, escolha de João da Noite, o nosso sábio, que diz sentir nojo e desprezo pela maioria dos integrantes de certa, digamos, agremiação.

É do Iotti, do jornal Zero Hora (RS).




Deysi Estela Cori Tello

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Obviamente que o polonês Dariusz Swiercz não estava sozinho na premiação em Chennai, na Índia. No dia 16 de agosto também tivemos uma nova campeã do mundo de xadrez júnior (sub 20). Ela é... sul-americana.

Deysi Estela Cori Tello (Lima, Peru, 2/7/1993), detém o título de WMF (Grande Mestra Internacional), a mais jovem da América.

O maior orgulho do povo pensante andino, deve sua consagração unicamente ao próprio esforço, uma vez que no Peru, como no Brasil, o Estado (os patrunfos) é indiferente ao jogo ciência-arte, deixando ao abandono as suas crianças, tratando de empurrar somente futebol para distrair e empulhar a massa.

Não por acaso tem um irmão, Jorge Cori (30/7/95), o mais jovem Grande Mestre da história, aos 14 anos, superando a Bobby Fischer.

E têm boca. Após inúmeros sucessos no exterior, de deixar o mundo de queixo caído, mas sempre passando em branco em seu país (a imprensa é igualzinha a nossa, propriedade de patrunfos maus), ao se tornarem campeões mundiais, ela sub 16 e ele sub 14, recebidos no aeroporto por uma multidão (no xadrez 200 pessoas é multidão de arrepiar) deram bombástica entrevista.

Ela disse: “Espero que este éxito que acabo de lograr concientice a las autoridades del Perú porque tenemos buenos talentos que muchas veces se pierden por falta de apoyo. No todo es fútbol".
Jorge arrematou: "Quiero hacerle un llamado al presidente. Quisiera que nos reciba en Palacio de Gobierno. No lo hizo cuando gané la vez anterior. Seguro un Mundial escolar no era suficiente. Yo creo que ahora me lo merezco”!
Xeque-mate. O patrunfo Alan Garcia não teve alternativa.

Deysi é uma menina cuja maior emoção e recompensa é ouvir o hino nacional nas cerimônias de premiação. Nesses momentos, jamais esquece de agradecer aos pais o apoio e incentivo.

São os "Niños de Oro" do Peru. O nome Cori, em quéchua, casualmente é... ouro.

Salud, Niña de Oro. Bravo!



jueves, 18 de agosto de 2011

A Charge do Dias

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Hoje a turma foi de Paixão, da Gazeta do Povo (PR).

Mais um rato caiu fora ontem. Valente para roubar e mentir, subitamente resolveu fugir. O que teria havido?


miércoles, 17 de agosto de 2011

Dariusz Świercz

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Dariusz Świercz (Polônia,  Tarnowski Gory, 31 de maio de 1994) é o novo campeão do mundo de xadrez júnior, título obtido ontem em Chennai, na Índia, na 50ª edição do Mundial, que contou com 126 combatentes de todo o planeta.

Dariusz obteve o título de Grande Mestre aos 14 anos, é o mais jovem GM na história da Polônia.

Nesta batalha, era o nono maior rating, atrás de feras que já ultrapassaram a barreira dos 2.600. Pois, avis rara, desceu da montanha, foi lá e não quis nem saber.

Tigran Ordakowski, gaúcho do Alto Uruguai (aquele mesmo que certa noite, de fogo, implicou que Piazzolla na verdade era polaco, aliás, que tudo o que há de bom no mundo veio da Polônia, inclusive os gaúchos), que novamente anda lá pelos lados da Cracóvia arrastando a asa para as loiras pintadas de marrom, deve estar exultando.

Ao Tigran e a todos os irmãos poloneses, os nossos cumprimentos pelo grande feito do polaquinho. Esses polacos...

Ao Dariusz: Bravo, seu moço!