Obviamente que o polonês Dariusz Swiercz não estava sozinho na premiação em Chennai, na Índia. No dia 16 de agosto também tivemos uma nova campeã do mundo de xadrez júnior (sub 20). Ela é... sul-americana.
Deysi Estela Cori Tello (Lima, Peru, 2/7/1993), detém o título de WMF (Grande Mestra Internacional), a mais jovem da América.
O maior orgulho do povo pensante andino, deve sua consagração unicamente ao próprio esforço, uma vez que no Peru, como no Brasil, o Estado (os patrunfos) é indiferente ao jogo ciência-arte, deixando ao abandono as suas crianças, tratando de empurrar somente futebol para distrair e empulhar a massa.
Não por acaso tem um irmão, Jorge Cori (30/7/95), o mais jovem Grande Mestre da história, aos 14 anos, superando a Bobby Fischer.
E têm boca. Após inúmeros sucessos no exterior, de deixar o mundo de queixo caído, mas sempre passando em branco em seu país (a imprensa é igualzinha a nossa, propriedade de patrunfos maus), ao se tornarem campeões mundiais, ela sub 16 e ele sub 14, recebidos no aeroporto por uma multidão (no xadrez 200 pessoas é multidão de arrepiar) deram bombástica entrevista.
Ela disse: “Espero que este éxito que acabo de lograr concientice a las autoridades del Perú porque tenemos buenos talentos que muchas veces se pierden por falta de apoyo. No todo es fútbol".
Jorge arrematou: "Quiero hacerle un llamado al presidente. Quisiera que nos reciba en Palacio de Gobierno. No lo hizo cuando gané la vez anterior. Seguro un Mundial escolar no era suficiente. Yo creo que ahora me lo merezco”!
Xeque-mate. O patrunfo Alan Garcia não teve alternativa.
Deysi é uma menina cuja maior emoção e recompensa é ouvir o hino nacional nas cerimônias de premiação. Nesses momentos, jamais esquece de agradecer aos pais o apoio e incentivo.
São os "Niños de Oro" do Peru. O nome Cori, em quéchua, casualmente é... ouro.
Salud, Niña de Oro. Bravo!
No hay comentarios.:
Publicar un comentario