sábado, 18 de diciembre de 2010

O Desguampado (1)

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Muchas gracias, Bet, pela postagem em nome e a pedido de Salito. Aprendeu, é? Pelo menos com a senha dos outros, eheheh.

Eu estava preso naquilo que já foi aeroporto, em Guarulhos. Hoje aquilo é pior que a rodoviária de Porto Alegre, que cobra xixi dos pobres de paris para sustentar os galos de briga dos "donos" do que é público. Eterna concessão governamental na base da simpatia para políticos impotentes.
E falam em Copa do Mundo... Infraero? Mais uma estatal dirigida por incompetentes cabos-eleitorais, como todas as estatais e ministérios. Competentes para, digamos, se dar bem.
De quebra, tendo que ouvir no restaurante finório (?) deles, uma gaúcha falando toda fanha em "namorido", certamente se referindo a um abobado rico que virou ministro ou coisa parecida. Essa nem pintada de ouro, depois de dez anos de cadeia sem namoricar, para usar o linguajar da moçoila. Ufa. Uma hora destas acabo voltando para o Burundi.

Agora num hotel em Maceió.

Compareço ao blog com um tango viejo nessa de Desguampados. Nele, o registro maiúsculo de uma coisa chamada Decepção.

Eu era menino e ouvir o tango pela El Mundo de Buenos Ayres me marcou muito. Carlito Gardel, que havia morrido numa queda de avião em Medellín em 1935, num dia de São João, lá a cantar, e estávamos em 1966. Duas da matina, com impossíveis pensamentos, o ouvido colado ao radio de válvulas que tínhamos em casa. Pegava tudo. Da Tupy do Rio à BBC de Londres. A fascinação de pelo rádio visitar outros planetas. A mãe dormia, a querida mandona, como sempre brava com o pai que tardava a chegar, ele lá em algumas cervejinhas para fugir por alguns instantes, mas quem perdia o sono era eu.


Agora capam os rádios já na fábrica, só se ouve o que eles querem, que BBC nada, seu idiota, contente-se com a Éldorado... com toda a evolução tecnológica disponível. A divisão do butim. Sarney com metade, família Toninho Malvadeza com outra. No meio, fazem dar mais, sobra para outros sortudos, incluindo a RBS do Sul, Collor Coca aqui. Jamais entenderei isso de tomar doce de crianças, para tanto juntando-se em grupelhos. Sentem-se fortes. Os estrangeiros obrigam aos nossos filhos ouvirem somente a "eles". Com os meus não levaram, mas dói ligar o rádio, ver a criançada na rua.  E só por dinheiro..., como dizia Lupicínio em "Sozinha".

Na rua, nos amigos, no colégio: os Beatles. O império matancero anterior. Era obrigação gostar, moda imposta. Eu não gostava. Um gritedo danado, e de onde haviam saído aquelas figuras, que diziam ser mais que a gente? Eles não diziam, mas a propaganda até hoje diz. Hoje gosto um pouquinho dos besouros, os entendo, tem seu valor, mas o dinheiro..., nem eles sabiam que eram massa de manobra. O que caiu em si, humanista, não por acaso o melhor, trataram de achar um maluco para mata-lo e assumir o grande feito. De psicologia para conduzir doidos o FBI entende. Qualquer torturador mediano entende. E o pirado segue prisioneiro tomando remedinhos para não... cair em si, e contar da lavagem cerebral. E ninguém se importa, não sai mais nos jornais carcomidos pelas agências deles.

Mania de desviar o assunto.

Ah, o tango que marcou. Espantei-me, não sabia direito o que Enrique Santos Discépolo, o Discepolín, queria dizer. Nunca havia bebido e nem sonhava com amor, exceto o platônico, a paixão com espinhas, pela professora alemã. Cinco contra um.

Para o  Hans, que tem problemas com o espanhol (não tem biblioteca, livros, por perto, Hans?), a letra inicia com algo assim: Sozinha, murcha, escangalhada, a vi nesta madrugada, sair de um cabaré...

Para O Desguampado, vai Esta Noche me Emborracho (não deixo dados sobre o grande Discépolo, amado, porque ele vai merecer página inteira aqui, em breve).

E o tango vai com ele, o próprio: Carlos Gardel, El Morocho del Abasto, aunque que no en vivo. E chega de beber por hoje, Juanito, tonteei um pouquinho, ora mamãe.





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