martes, 30 de diciembre de 2014

Vou para Cuba

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Antes pedi com muita educação no facebook, no DÁ UM TEMPO, CAMARADA, para o pessoal esquecer eleições perdidas, hoje é Natal, aniversário de Jesus Cristo, como convencionamos. Mas não adianta, tem gente que só dando de punhal. Antes de excluir, sigo educado e conto meus planinhos imediatos, coisas simples, com grana mais ou menos segurada, pois ainda não peguei na Mega (pegarei em 31 de dezembro, ou não, os planos não mudarão).

Pretendo em janeiro subir até o Rio de Janeiro, morro de saudades do mar do Leme, como do boteco do Antônio ali no calçadão, vou para a água furar onda e na volta tem sorrisos e caipirinha pronta. Numa quarta-feira entrarei, roupa leve e chapéu, no bar Carioquês, ouvir e aplaudir saxofone, violino e violão, com Renato AroeiraCláudia Barcellos e Kiko Chavez

A baiana Rosália não mora mais na Tonelero, mas passarei em frente de onde morava e atirarei um beijo in memorian, ela faleceu em 2003 num acidente. Meu Deus, a Rosália quase me matou de tão bom, um vulcão que não sossegava no apagar da vela, e assinava suas cartas e bilhetes de amor com "lia", antes um desenho de mão própria ou uma foto de uma rosa, rosa mesmo, rosada.

Dar um abraço no Nani, a quem devo capa e ilustrações do meu último livro. Um abraço também em Marlene Robin, amiga da minha terra, um show de pessoa, doce, finíssima de cultura em qualquer área do conhecimento humano.

Passarei no hotel Bandeirantes (tomara ainda exista, acho que sim), da Barata Ribeiro quase com Santa Clara, e abraçarei a turma, companheiros de cervejadas e risos. Morei lá meio ano por ano por muitos anos. 

Sairei nas bandas de fim de tarde, latinha de cerveja na mão, no samba. Vou me grudar com alguma carioca, mineira ou capixaba, ou marciana, agora estou mais velho, quero para casar, não é apenas o corpo mas também diálogo e companhia.

Na maior parte do tempo não desgrudarei da mana Lourdinha, que mora no Leme (aí Maria Landi). Assistirei e aplaudirei Gabriel da Muda e Moacyr Luz E Samba Do Trabalhador, se der no jeito enxugarei algumas cervejas com eles.

Levarei um lero com a maluca da Sindia Santos, temos o que conversar, ela é amigona de primeira qualidade.

Tirarei fotinho com Camila Costa depois do seu show, um recuerdo. O mesmo outro dia com o pessoal do Sururu na Roda, com Nilze e Silvio. Assistirei ao Michael Arce e sua gaita de boca. O Michael Arce é jovem, mas é o amigo artista mais antigo que tenho, vem do extinto Orkut, por onde tivemos boas conversas, ele é sensacional.

Tanto por fazer no Rio, até lá lembrarei de pessoas que agora me fogem.

Também vou aproveitar para resolver uns quinze probleminhas de paternidade que tenho em Botafogo, Flamengo e na cidade de Itaguaí, ali depois de Santa Cruz, onde tenho só um. Assumo.

Depois de umas três semanas assim, vou para Cuba. Eu livre, libre! Se tiver me acertado com a marciana, carioca ou sei lá, ela irá junto.

Vou sim, tomar trago no Centro histórico, ouvir aquelas músicas maravilhosas e, se der no jeito, me empernar com uma cubana que dá duas de mim, vem, negra louca, assim.

No Galeão sei que encontrarei filas imensas de pessoas que vão curtir o Pateta, ou o Miquei (nem sei escrever isto) em Miami.

Passarei por eles sem olhar, respeitando as suas escolhas, com o pensamento firme na minha felicidade. 

Ah, Havana, enfim.



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