miércoles, 16 de febrero de 2011

Refresco com Nei Lopes

Nei  Braz Lopes (Rio de Janeiro, 9/5/1942) é do Irajá, mas já botou fogo em todo o Rio, no Brasil e no mundo.

Cantor, compositor (uma penca de clássicos e dezenas de jóias, sambas que todos conhecem por outras vozes) e escritor de muitos livros (pesquisador de negritude e de música), é um dos caras mais premiados do Brasil. Infelizmente, como se sabe, há obstáculos na cultura dos barões que não permitem que o povo todo perceba a sua grandeza.

Falar desse cara requer tempo. O Cravo Albin já começou, AQUI.

No vídeo cantando um samba de sua autoria, do ano de 2000, com Dudu.


No tempo que Dondon jogava no Andaraí
Nossa vida era mais simples de viver
Não tinha tanto miserê, nem tinha tanto tititi
No tempo que Dondon jogava no Andaraí
No tempo que Dondon jogava no Andaraí

Propaganda era reclame e ambulância era dona assistência
Mancada era um baita vexame e pornografia era só saliência
Sutiã chamava-se porta-seios, revista pequena gibi, iiii...
No tempo que Dondon jogava no Andaraí
No tempo que Dondon jogava no Andaraí

Rock se chamava fox, e tiéti era moça fanática
O que hoje se diz que é xerox, chamava-se então de cópia fotostática
Motorista era sempre chofer, cachaça era Parati, iiii...
No tempo que Dondon jogava no Andaraí
No tempo que Dondon jogava no Andaraí

22 era demente, minha casa era meu bangalô
PATAMO era socorro urgente, todo cana dura era investigador
Malandro esticava o cabelo, mulher fazia misampli, xiii...
No tempo que Dondon jogava no Andaraí
No tempo que Dondon jogava no Andaraí

Hortifruti era quitanda, jeans era só calça Lee, diz aí:
No tempo que Dondon jogava no Andaraí
No tempo que Dondon jogavano Andaraí

Loteria era contravenção, muleque pequeno guri, segue por ai.
No tempo que Dondon jogava no Andaraí
No tempo que Dondon jogava no Andaraí...

No hay comentarios.:

Publicar un comentario