viernes, 11 de marzo de 2011

Vê. (Quem sabe na próxima Primavera)

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Fim de carnaval?
Creio que não, começaremos outro na segunda-feira. Agora com máscaras... verdadeiras.

Fomos felizes, ficando em casa, ou na praia apesar da confusão, ou saindo de braços abertos pela Rua do Perdão?

Não há como saber. A gente vive de acordo com o estágio da cuca. O estágio da minha cuca é de sair dançando na Rua do Perdão, mesmo sabendo que tem olhos que criticam... Pode? Criticam. Ora vão se catar. Se fui infeliz, foi na rua, com as tripas à mostra.

Cada um...

A cabeça de outros é ficar em casa assistindo pela Globo (monopólio, o tumor maligno da ditadura, mas vá lá) os desfiles das escolas. Pois que bom! Lindas as escolas, mas onde as comunidades se divertem mesmo, namoram, é nos ensaios, ui.

Mas, fomos felizes? O que andamos fazendo pela vida, esta vida que logo vai se acabar, se 20, 30, 40 anos não são nada, passam num upa?

O que é ser feliz? Momentos felizes seria a melhor resposta, vinda do início dos tempos? Talvez. E o que são momentos felizes? A gente sabe, não é, sente, mas isso muda de pessoa para pessoa. Alguns são felizes mentindo, traindo, com sorrisos. Nosotros... bem, temos lá os nossos defeitos.

Como nada sabemos aqui na palafita (e é sincera a declaração), mesmo quando esta se fantasia de covil, resta lembrar a imagem de Jesus, o moço que virou lenda, que desprezava dinheiros, que não aceitava irmão tomar de irmão, que rebelava-se contra reis, ele e Madalena cheia do seu sêmem de todas as noites, ele que mirava a todos com serenidade e amor, ele que ainda existe em nossas memórias, apesar do mau uso, das mentiras, dos homens maus, seus inimigos, padres profissionais.

Certo é que vamos seguir em frente. Melhores, meus amigos. Melhores, sim, favor a nós mesmos e ao desconhecido.

Abaixo, uma mulher cantando, a Til (quem souber nome completo e tudo me mande) em local que cada um pode imaginar a sua maneira, a marcha Estão Voltando as Flores (Paulo Soledade), acompanhada de deficientes visuais em todos os instrumentos naquela rua de bairro não sei onde, mas onde mora gente, como se vê.

Vê.








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