Ontem a tigrada foi longe no Botequim do Terguino.
Alô, Palmeira das Missões: não me culpem pelo nome de algumas figuras, não fui eu que botei. Ou é nome mesmo, ou apelido. No caso do Terguino é nome, direitinho lá na certidão de nascimento e na carteira de identidade. Terguino Ferro é o nome completo, aí já viram, né, ele conta que muito foi caçoado na infância, hoje chamam de bullyng, ou bulingue, um anglicismo que se deve à incompetência dos nossos letrados, que diante de uma língua tão formidavelmente rica, a nossa, não encontram uma expressão para indicar o caçôo maldoso, quando não criminoso, que todos de uma ou outra forma sofremos. Mais tarde, ele diz, veio a compensação, pois lhe serviu de propaganda para esportes de alcova, e mais não podemos dizer sobre tão calientes exercícios físicos, vez que este blog é lido por menores de idade.
Bem, dizia que foram longe, com cantoria até alta madrugada, só pararam quando Bruno Contralouco resolveu incendiar os trapos de um fiscal da prefeitura e de alguns milicos, no total seis elementos, que foram lá reclamar do barulho às três da matina. Como não quiseram ver as otoridades quebradas a pau - em seis o Contra bate com uma mão só - suspenderam os trabalhos. O pessoal é cumpridor das leis, imagine depois acabar preso, uma vergonha inominável, pois o Estado, que somos nós, cobra, se vinga, justamente, hoje apareceriam uns trezentos meganhas armados.
Alô, Palmeira das Missões: não me culpem pelo nome de algumas figuras, não fui eu que botei. Ou é nome mesmo, ou apelido. No caso do Terguino é nome, direitinho lá na certidão de nascimento e na carteira de identidade. Terguino Ferro é o nome completo, aí já viram, né, ele conta que muito foi caçoado na infância, hoje chamam de bullyng, ou bulingue, um anglicismo que se deve à incompetência dos nossos letrados, que diante de uma língua tão formidavelmente rica, a nossa, não encontram uma expressão para indicar o caçôo maldoso, quando não criminoso, que todos de uma ou outra forma sofremos. Mais tarde, ele diz, veio a compensação, pois lhe serviu de propaganda para esportes de alcova, e mais não podemos dizer sobre tão calientes exercícios físicos, vez que este blog é lido por menores de idade.
Bem, dizia que foram longe, com cantoria até alta madrugada, só pararam quando Bruno Contralouco resolveu incendiar os trapos de um fiscal da prefeitura e de alguns milicos, no total seis elementos, que foram lá reclamar do barulho às três da matina. Como não quiseram ver as otoridades quebradas a pau - em seis o Contra bate com uma mão só - suspenderam os trabalhos. O pessoal é cumpridor das leis, imagine depois acabar preso, uma vergonha inominável, pois o Estado, que somos nós, cobra, se vinga, justamente, hoje apareceriam uns trezentos meganhas armados.
Odoacro (de novo: não tenho culpa), primo do Aristarco de Serraria, de visita ao bar, não se conteve e no início da noite pronunciou breve oração. Levantou-se e de copo na mão arengou:
- Hoje comemoramos, ó irmãos de botequim e de vida, o sucesso do Brasil. Assombramos o mundo pelos nossos dirigentes, homens de esquálidas virtudes, míseras e apenas para os seus, ignóbeis no campo da honra, rasgados em intrepidez com a pecúnia furtada que lhes enche de coragem, bestializados pela ganância sem fim, corações de cortiças encontradas no lodo...
- Diz logo, Odoacro, não vai ficar falando a noite inteira para ao fim chamar os caras de filhos da puta, chama logo, disse a mestra Jezebel do Cpers, impaciente, queria logo entrar na música.
Odoacro hesitou, tinha muito a dizer, parece o Fidel Castro, pelo tempo dos discursos e pela barba, mas consentiu e arrematou:
- Bem... se é assim, doutora, ahn... esses truculentos parasitas de vícios e opróbrios, buracos-negros de egoísmo em nosso continente-universo chamado Brasil, originário do pau que poderia dar cor, abrasando, se houvesse ainda, o pau arabutã, aos seus cadavéricos rostos, simulação de pudor, arapucas de pegar os simples, enojantes por falsas, de centenas de milhares prendemos uma meia-dúzia. Filhos da puta!
Aplausos.
Gustavo Moscão também aplaude, depois diz para Tigran Gdanski, ao seu lado:
- Só entendi o filhos da puta. E uns caras, brrr...
- Então entendeu tudo, Mosca, respondeu Tigran.
- Só entendi o filhos da puta. E uns caras, brrr...
- Então entendeu tudo, Mosca, respondeu Tigran.
Outro dia Aristarco já havia esclarecido que o primão leva o nome de Odoacro em homenagem ao sujeito que destruiu o Império Romano. Os velhos eram cultos. E aqui notem, ó palmeirenses, que interessante: só
se fala, com quilômetros de filmes e milhões de páginas, do Império Romano, seus imperadores, seus heróis e seus loucos, mas nada se diz sobre
quem venceu aos valentões; pior, insinuam que eles perderam para si mesmos. Por
que será que esquecem os exércitos, que chamam de hordas, de Odoacro, será que se previnem, comendo o cérebro, de nosotros?
Bem, mania de mudar de assunto.
Seguiu a festa. Combinaram para hoje, domingo, um grande churrasco em homenagem a Joaquim Barbosa. De salgar com avião agrícola. Como sempre, fecharão o trânsito no Beco do Oitavo com sinalizadores grenal (pintados de vermelho e azul para diferenciá-los dos da prefeitura, que são cor-de-laranja azeda), veemente aviso de que se elementos hostis, a começar pelos fiscais da prefeitura e milicos, passarem dali sofrerão as consequências. Esperam uns cem visitantes, além dos moradores do Beco do Oitavo e do Beco da Fonte (este as escadarias da 24 de Maio). Virá gente da Serraria, da Tristeza, da Cefer, do Menino Deus e de outros tantos bairros. Chupim da Tristeza disse que só da sua parentalha virão uns trinta: - Pelo Joaquim a negada vai andando até a África, se for preciso, disse.
Cícero do Pinho promete a estréia do seu breve grande sucesso, composto em parceria com o ator e teatrólogo Nicolau Gaiola, que fez a letra, o "Samba do Mensalão".
Por telefone agora soube que o Negrote, o sem-teto que mora embaixo do Viaduto dos Açorianos, convidado de honra dos boêmios para todas as festas e jantares, está desde às sete da manhã ajudando ao Clóvis Baixo, Wilson Schu e Marquito Açafrão com os preparativos, é muita tábua, cavalete e cadeira para carregar. Pela mesma ligação soube que Bruno Contralouco e Luciano Peregrino foram vistos ao amanhecer na Rua João Alfredo, de noite atravessada, cantando num boteco. Também me mandaram abrir o correio eletrônico.
Abri e entendi a razão de ficarem até tão tarde. Não foi só a cantoria: adiantaram-se e já escolheram as obras que ilustrarão esta coluna d'A Charge do Dias.
Ficaram com os seguintes artistas do traço e do pensamento:
Amarildo. Aqui Silvana Maresia explicou ao Gustavo que curso superior era esse.
Dálcio.
Sponholz.
E Sid.
Miss Leilinha Ferro, a coordenadora, ficou com o Jarbas.
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