Acabo
de chegar do Parque da Harmonia, em Porto Alegre, do "Acampamento Farroupilha", onde no Piquete dos Bancários
finalmente obtive a já afamada obra, que ora atravessa continentes, de um homem daqui, nosso, os "Causos do Santiago". Fila
pelo autógrafo do genial autor gaúcho, que com sua natural simplicidade atendia a
todos sem pressa. De registrar a delicadeza daquele povo do Piquete dos Bancários, a mocinha atrás do balcão das bebidas (belíssima loirinha) não sabia o que fazer de tão gentil, ela é daquelas pessoas que chamamos de inesquecíveis pela bondade e alegria espontâneas.
O artista, além da dedicatória (para mim: "Pro Salito, do blog Ainda Espantado, um abraço, desta vez não feicebuquiano"), abaixo dela fazia uma caricatura do fã, na própria obra, de modo que cada livro se tornasse uma relíquia que não tem preço, pessoal e intransferível, um ativo familiar para os que de nosotros descendem.
Na minha vez casualmente vagou um espaço na mesa de campanha e ele me convidou a sentar ao seu lado. A minha caricatura ficou trilegal. Não sou bobo, fui sóbrio, pois se vou merengueado nem Van Gogh me desenhava (bêbado ninguém pinta, como sabemos, pois não pára quieto).
Para maior felicidade, encontrei e cumprimentei efusivamente, na mesa ao lado, Judite e Olívio Dutra, camaradas de muitas antigas e novas peleias por nossos sonhos, que não via há séculos e que foram prestigiar o amigo Santiago (Neltair Rebés Abreu - Santiago do Boqueirão, 14/9/1950). Ao Olívio só disse que vamos levar essa para o Senado com um pé nas costas. A Judite estava no lado de lá, e na hora não tinha gaita, se não teria lhe convidado para dançar, amada lutadora, como há décadas dançávamos em humildes festas de arrecadação de fundos de campanha para o incipiente PT, com direito à carreteiro em panelões para a turma, na base de um pedaço de charque dá um grito e o outro não ouve.
Noite feliz. Na saída - precisava ir na abertura da Exposição da Carmen Medeiros, "Lugares Utópicos" - saí por um portão que não conhecia, pois o Parque da Harmonia atualmente é uma cidade, e quando vi estava numa escuridão, me perdi, uma utopia eu me perder em Porto Alegre, mas aconteceu, e logo veio o contratempo: levei um tiro, pelo estouro veio de perto, e de 38 longo - conheço o trovão, tenho um - quase me manda levar um papo com o Chefe lá do céu, foi por um triz, pois dei uma paradinha de repente, para medir onde pisava, ainda bem que estava de lado e apenas cortou minha gravata (azul, novinha, uma judiaria me estragarem). Eu desarmado. No escuro o preto do sobretudo me salvou, me enfiei numas árvores por dez minutos. Só pode ter sido por engano, pois nada fiz, quem anda comendo as senhoras de candidatos de direita é o Contralouco - temos grande semelhança física -, aquele quando bebe é um perigo, traça o que vier pela frente, até isso, as escravas direitosas, e rindo, o sem vergonha.
Enfim, a Carmencita há de me perdoar, eu não poderia comparecer a um fino ambiente com a gravata atorada e ar de quem escapou da morte, e temos muitos dias para apreciar a grande Exposição de suas obras, sin palabras as obras, maravilhosas, para não falar da moça, querida amiga e paixonite aguda que trago desde outras vidas, ahn, a exposição vai até o dia 21 de setembro, das 13 às 22 horas, no GNC, na Praia de Belas, 1181.
O artista, além da dedicatória (para mim: "Pro Salito, do blog Ainda Espantado, um abraço, desta vez não feicebuquiano"), abaixo dela fazia uma caricatura do fã, na própria obra, de modo que cada livro se tornasse uma relíquia que não tem preço, pessoal e intransferível, um ativo familiar para os que de nosotros descendem.
Na minha vez casualmente vagou um espaço na mesa de campanha e ele me convidou a sentar ao seu lado. A minha caricatura ficou trilegal. Não sou bobo, fui sóbrio, pois se vou merengueado nem Van Gogh me desenhava (bêbado ninguém pinta, como sabemos, pois não pára quieto).
Para maior felicidade, encontrei e cumprimentei efusivamente, na mesa ao lado, Judite e Olívio Dutra, camaradas de muitas antigas e novas peleias por nossos sonhos, que não via há séculos e que foram prestigiar o amigo Santiago (Neltair Rebés Abreu - Santiago do Boqueirão, 14/9/1950). Ao Olívio só disse que vamos levar essa para o Senado com um pé nas costas. A Judite estava no lado de lá, e na hora não tinha gaita, se não teria lhe convidado para dançar, amada lutadora, como há décadas dançávamos em humildes festas de arrecadação de fundos de campanha para o incipiente PT, com direito à carreteiro em panelões para a turma, na base de um pedaço de charque dá um grito e o outro não ouve.
Noite feliz. Na saída - precisava ir na abertura da Exposição da Carmen Medeiros, "Lugares Utópicos" - saí por um portão que não conhecia, pois o Parque da Harmonia atualmente é uma cidade, e quando vi estava numa escuridão, me perdi, uma utopia eu me perder em Porto Alegre, mas aconteceu, e logo veio o contratempo: levei um tiro, pelo estouro veio de perto, e de 38 longo - conheço o trovão, tenho um - quase me manda levar um papo com o Chefe lá do céu, foi por um triz, pois dei uma paradinha de repente, para medir onde pisava, ainda bem que estava de lado e apenas cortou minha gravata (azul, novinha, uma judiaria me estragarem). Eu desarmado. No escuro o preto do sobretudo me salvou, me enfiei numas árvores por dez minutos. Só pode ter sido por engano, pois nada fiz, quem anda comendo as senhoras de candidatos de direita é o Contralouco - temos grande semelhança física -, aquele quando bebe é um perigo, traça o que vier pela frente, até isso, as escravas direitosas, e rindo, o sem vergonha.
Enfim, a Carmencita há de me perdoar, eu não poderia comparecer a um fino ambiente com a gravata atorada e ar de quem escapou da morte, e temos muitos dias para apreciar a grande Exposição de suas obras, sin palabras as obras, maravilhosas, para não falar da moça, querida amiga e paixonite aguda que trago desde outras vidas, ahn, a exposição vai até o dia 21 de setembro, das 13 às 22 horas, no GNC, na Praia de Belas, 1181.
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