Como os amigos devem ter percebido, sempre que possível tecemos elogios aos bancos e aos facínoras que os dirigem. Talvez por isso em nada tenha nos surpreendido a matéria do pensador Mauro Santayana, de 26/10/2011.
A QUEBRA DA ESPANHA E O RISCO SANTANDER
Por Mauro Santayana
A imprensa internacional informa que o Banco Santander, do Sr. Emílio Botin - acusado, entre outros processos, com a cumplicidade de alguns familiares, de evasão de divisas e de manter, desde o franquismo, contas secretas na Suiça - está sob investigação das autoridades inglesas por ter efetuado empréstimos, não divulgados, de sua filial britânica à matriz espanhola.
Como o país de Cervantes está em crise profunda, a suspeita dos ingleses é a de que Botín esteja transferindo dinheiro de suas filiais do resto do mundo para a Espanha, mediante “empréstimos” intergrupo. Uma eventual quebra da matriz provocará a falência de suas filiais externas.
Embora Botin negue que isso ocorra e que “cada filial é responsável por sua capitalização e suas necessidades de financiamento”, descobriu-se que, nos últimos anos, milhões de euros foram transferidos do Santander da Grã Bretanha para a matriz espanhola, por meio de uma “divisão” pouco conhecida da filial inglesa, a Abbey National Treasury Services.
Os documentos mostram que a filial do Reino Unido “emprestou” mais de dois bilhões de libras esterlinas, o equivalente a dois bilhões e trezentos milhões de euros, à matriz espanhola, e que existem acordos de “financiamento” entre o Santander da Espanha e as filiais do grupo no Brasil e nos Estados Unidos.
Esse quadro é descrito por um analista do UBS AG, Alastair Ryan. Em entrevista ao Wall Street Journal, ele afirma ter havido significativo volume de livre movimento de capitais no interior do Santander recentemente.
Maiores informações sobre esse aspecto da atuação do Banco do Sr. Emilio Botín podem ser obtidas pela área de fiscalização do Banco Central do Brasil, junto à FSA (Financial Services Authority) inglesa.
Foi esse tipo de gente que deixaram entrar no Brasil na época do PROER.
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