Saí do Rio de Janeiro espavorido, por
um problema com uma branquinha minha num colégio de velhas não fodidas. Larguei
tudo. Eu estava num assunto grave entre ladrões financeiros, ficaram
apavorados, onde vai? Para o Galeão mas não demoro.
Eu volto, esperem, não saiam daqui, antes de meia-noite volto.
Fui lá, peguei o primeiro avião para
Porto Alegre, enquanto a menina estava saindo de lá do colégio peguei os boletins em casa,
ela veio e eu fui, não me viu. A senhora diretora não queria me atender, e isso
que eu estava bem vestido, terno azul marinho, camisa azul clarinha, o fino, e
gravata vermelha.
Quando falei em chamar advogados a
velha me recebeu. Educadamente mandei-a enfiar onde quisesse o boletim que uma
maluca deu pra minha menina. E joguei em cima da mesa duzentos boletins, dois
enormes sacos cheios, fui tirando e atirando na mesa: Ou me mentiram em
duzentos, ou este lixo está errado, ou tu quer, senhora, discutir este assunto
na Justiça Federal?
Voltei para o Rio de Janeiro no vôo
das 19:30h do mesmo dia, depois de dizer a eles todos, nessas alturas tinham
chamado advogados, que se a minha menina sonhasse que estive ali eu rasgaria o
Acordo de paz, fiz constar no acordo.
Um mês depois uma junta médica disse
que a moça profa era louca, exonerada. Exagerados. Avaliaram, contrataram, e me vêm com
essa de louca? Fase ruim, momento ruim na vida, deu azar comigo sem me ver, mas não agrediu nem insultou a minha branca, algum vagabo a transtornou. até que fez uma observação ruim no boletim.
Prometi a mim mesmo, quando voltasse
a Porto Alegre, procurar a professorinha, e assim fiz. No fim das contas salvei
duas meninas, uma de 9 e outra de 21.
Fiz jus aos meus 33, que diziam ser a
idade de Cristo.
*
(A imagem é da interrnet, como mera ilustração, no caso um menino indo para um mundo diferente, com aquele friozinho na barriga).
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