martes, 20 de septiembre de 2011

O 20 de Setembro

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A exemplo do que ocorreu em todos os rincões deste imenso país que é o Rio Grande do Sul, as coisas esquentaram lá no Botequim do Terguino na madrugada que passou. Belicosos, os gaúchos lá reunidos, baseando-se nas palavras de outros gritos de guerra que ecoaram campo afora, redigiram um ultimato à Presidência, ao Ministro da Defesa e a todos os demais ministérios em Brasília.

- Cambada de frouxos: chega de ladroagem, estamos declarando guerra, desta vez não se escapam! Temos 200 mil homens de a cavalo e 500 mil  farroupilhas na valente infantaria, mais uns 100 gaudérios candidatos a passar a "gravata colorada" nos generais de vocês. O primeiro que pisar em nossas terras (que agora inclui Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul) leva chumbo.

Mamados, atrapalharam-se no envio e o documento se perdeu, caindo nas mãos de um ex-ministro da Defesa, famoso por ser um gaúcho bunda-mole.

O sujeito resolveu fazer graça, em vez de capitular antes que os borrachos tomassem mais algumas, e respondeu cedinho:

- Aceitamos a guerra. O Exército brasileiro tem 6.380 tanques, 2.160 aviões, 298 navios e 20 milhões de homens aptos para o combate.

Hoje pela manhã, ainda sem saber direito como haviam chegado inteiros em casa na alta madrugada, reuniram-se novamente. Depois de muita discussão, entre um chimarrão e outro (pinga repugnaram), redigiram e enviaram novo documento ao espertinho:

- Retiramos a declaração de guerra... Não temos como alojar tantos prisioneiros.



Mas que dá vontade, a cada vez que vemos a cara do Sarney (et caterva), ah, dá.

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