sábado, 27 de agosto de 2011

A Charge do Dias - De Aroeira

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Como é sábado, a discussão se feriu na palafita, pela primeira vez.

Regados a pinga uruguaia, batizada de flor, os convidados hesitaram, tímidos, lugar estranho, monte de nego armado.

Miravam as charges espalhadas nas mesas, nas telas dos computadores pelas paredes, mantendo a serenidade, compenetrados. Oh, sim, como está boa esta do Nani. Ui, esta do Duke...

Ei, diz o Açafrão, esta aqui do Cazo...

Mr. Hyde mirava a do Paixão, a do Xalberto, do Pater, e imitava a voz do Aldir Blanc cantando: Aos que me gozam no bar...

E percorriam o térreo da palafita, os malandros. Gustavo Moscão parou na do Paixão, umas crianças avoando, sei lá, e terminou a frase do Aldir Blanc, digo, de Mr. Hyde: Dizendo que eu sou o recreio das meninas... reszpondo, andurinhas fazem ninho... em ruínas...

Só não veio o Sponholz, uma pena, mas não dá. Alguma coisa sempre se aprende, com quem gosta de rumba uruguaia.

O sobrinho do Miquirina Segundo largou 18 copos e 6 garrafas de pinga boa na mesa. E ficou de prontidão, na adega tem mais cem, y cervezas. Mais a comida, que veio de Bujumbura, com a negra mais linda, ela mesmo deitou a mesa, com compostura, digna e muito séria, como é de seu jaez.

Juanito Diaz Matabanquero, como eu pronto para sair, deixou o chimarrão quentinho.

Às 10 da manhã perdi a paciência ao telefone. Desci as escadas, disse bom dia, abracei e beijei cada um, já volto meus irmãos, e saí. Saio com o bolero do Aldir na cabeça.  A melodia e a voz do Moacir Luz se perdendo, neste momento dizendo peguei meu remédio mas as mãos tremiam e o vidro caiu... Do Moacir e do Aldir temos retratos nas paredes.

Cá na rua, fecho cantando junto: Aos que me gozam no bar, dizendo que eu sou, o Recreio das Meninas, respondo andorinhas fazem ninho, nas ruínas...".

A saída foi a senha.

Quase se quebraram a pau.

Ao voltarmos, nos deparamos com montes de garrafas vazias, o som de rancheiras gaúchas, os viados de sorriso mole, arriadinhos, dizendo "como vocês demoraram"...

Mas tinham um resultado justo para a maioria, impensável aos perdedores. Todos sem voz, pero más o menitos inteiros. Moscão apagou.
João da Noite, olhos verdes agora em jeito de vidro, anuncia.

Deu...

AROEIRA, de O Dia (RJ).

Carlito Dulcemano Yanés, que chegou junto (fomos buscá-lo) correu a vomitar, o tema muito forte, e muitos dias de sofrimento, estava fraco. Uma beleza ver Carlito assim, o bobo, um lado do chapéu com um buraco de um entrevero com os bandidos de Mr. F. Febraban. Precisava comer e dormir.

Esse Aroeira... mas Juanito Diaz e eu aguentamos firmes. Uma canha aqui pra gente, Miquirina serviu, cada deu um tapa e pedimos outra sem precisar falar. Comida nem pensar por enquanto. Seu Aroeira, a benção.



5 comentarios:

  1. Respuestas
    1. Sim, jogo, aprendi aos 33, quando finalmente me soltei, ou morro ou decifro isso. Jogo mais ou menos. (eheheh). Já vi que jogas também. Bem vindo. mas eu nunca entrei em clube, aprendi em livros (Escaques, de Barcelona).

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  2. Foi o jeito de não enlouquecer, Renato. Abraço.

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