jueves, 24 de enero de 2013

Dilma Apagã, Ivete SanGalo e outros bichos, n'A Charge do Dias

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Lúcio Peregrino abre as "Notícias do notibuc" a milhão, já  com algumas dyablas verdes dançando no teto:

- Os velhacos do gigante jornal de extrema-direita El País, da Espanha, publicaram uma foto de um sujeito entubado, dizendo ser Hugo Chávez à beira da morte. A Venezuela reagiu com vigor à calúnia. Constatada a evidente falsificação, tiveram que retirar o jornal das bancas. Morrer o Chávez vai, todos vamos, o problema é outro. A amada presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chamou-os de canalhas. A chefã do Brasil não deu um pio. Gente, esses caras do El País são amicíssimos do chefão da máfia do Santander, a quem a Dilma Apagã concedeu audiência no Palácio (AQUI).

Leilinha Ferro, riquinha de comuna, de lá detrás do caixa diz: - Eu vi a notícia antes, tio Lúcio, bah, uma barbaridade, essa elite de direita não tem limites, se pudessem assassinariam o presidente Chávez.

Marquito Açafrão deixa no ar uma pergunta que seguiria noite adentro rolando nas cabeças dos boêmios: - E quem você pensa que botou essa peste nele, Leilinha? Pesquise como Fidel sobreviveu, você vai cair de costas, o pior emprego do mundo era ser experimentador da sua comida ou bebida, remédios, etc.

- Lucinho, não ficaria melhor Dilma Apagona? -, pergunta Jezebel do Cpers.

- Dá na mesma, não? Se o masculino é Apagão, o feminino tanto pode ser Apagã como Apagona, né, fessora? É que Apagona me parece muito pé de chinelo, esse "ona" me soa vulgar, e agora ela é gente fina, segue os passos do Lulaluf, concede audiências e gaita do BNDES a ladravazes e mafiosos que conspiraram contra, mas que são reis, possuem casas de agiotagem, exploram petróleo, boates ricas, minérios, energia eólica, transportes, gado, plantações transgênicas, têm jatinhos, iates, o mundo aos seus pés... Tudo roubado do povinho sem escola. Respeito o teu saber e doutorados, mas gosto é gosto, doutora. Outro dia o Walter Schiru chamou uma ministra da Dilma de cadela, um horror, machucou meus ouvidos. Esse "ela", como o "ona", não me desce bem. Eu já chamo, quando tenho de chamar, de cã: aquela Marta é uma cã, gosto é gosto, me regozijo com os nossos  senadores, quando dizem, cheios de pose lá no púlpito: Vossa excelência é um cornão de marca maior e espião do império ainda por cima, ao que o colega replica E vossa excelência é um espião do império e cornão de marca maior ainda por cima, e ambos têm razão, se senadoras seriam cornãs e espiãs, quer dizer, as regrinhas dos academicossauros no máximo podem servir como indicativos, certo?

Não dá tempo para a Jezebel responder e prossegue, sem atropelo: 

- Certo, doutora, mas vá explicar isso para a UFRGS e congêneres..., a federal gaúcha certa vez me escamoteou três pontos na prova de português do vestibular, em vez de dez tirei sete, e eu tinha mais conhecimentos que eles e todos os seus antepassados juntos, e isso que nem apelei para o babacão - babacã, o que eles eram e ainda são. Como fui  mal em química e biologia, que detesto e contava acertar o mínimo de gato, marcando "A" em dois terços da prova, e consegui, matérias que nada tinham a ver com quem pretendia Direito e Matemática, estas desirmãs somente na aparência, uma de cada vez, para garantir a comida, e só depois cair no amor da Filosofia, então pelos três pontos de Português fiquei de fora da lista no gargalo, na época não havia cotas para miseráveis como eu. Bem, só na redação marchei com um ponto, não sei se pelo título, na verdade subtítulo que coloquei ao tema que determinaram, tipo fale da sua cidade, problemas e virtudes, por aí, com a "criatividade" de sempre daqueles analfabetos. "Tesão e o Frescotauro", assim chamei o texto, e usando da mitologia caí de pau na perfídia dos donos da capital gaúcha, com uma pontada de punhal na própria universidade, caprichando no vernáculo, com categoria. Nunca esqueci esse momento da minha vida, nos anos seguintes era comum acordar sobressaltado pela madrugada, urrando de medo. Um dia entendi: eu adoraria que discordassem das verdades que escrevi, poderíamos estender a discussão, até golpe pelas costas admitiria, reprovação por raiva, vingança no ora como ousa nos criticar. Não era isso. O medo maior, que me assombrou noites e noites, oculto no fundo do meu cérebro, era o que de fato tinha ocorrido: que eles não tivessem compreendido. Aí não tem jeito. Passou. Bem... seguindo, outra ministra, no caso ex-ministra, do Lulaluf, era chamada de ladra por uns, de ladrona por outros, eu a chamava de ladrã, muito mais agradável, olhem que elegância: "A ministra é finíssima ladrã, de antiga linhagem". O mesmo para outras grandes chefias. Não deixo nenhum nome para não despertar a ira de alguma senhora por algum imperdoável esquecimento, vai que tenhamos muitas em atividade.

- Lúcio, posso dizer uma coisa? -, pergunta Jezebel. 

- Claro...

- TODAS AS MINISTRAS DA DILMA E AS EX DO LULA SE ENCAIXAM! UMAS VÃO DE CASAL!

- Tá, mas não precisa gritar. Ahn, seguindo, já ouviu alguém dizer "esta é minha irmona"? Jamé. É irmã, né. Se o herói insurgente é afegão, ela é afegã, nunca afegona. O repórter da Zero Hora é anão mental, se mulher anã, não anona. Os aspones do governo sabes, né?: tudo babão. Como seria a Rose do Lulaluf? Babã, obviamente, mas nada a ver com atividades orais, antes que alguém pense. Por falar em babão, temos no governo um sujeito, "homem do Sarney", que até ontem era digno representante da ditadura, agora lidando com bilhões, chamado lobão. Se mulher, lobã, claro. Como no filme pornográfico aquele, "Lobã e as 3 porcas energéticas", uma suruba danada, nada de meter a mão, vai o braço inteiro.

- Tu é muito sabichão, Lúcio -, diz Jezebel, deixando, propositadamente, a bola picando.

- Apenas bacharel sabichão, enquanto você é doutora sabichã. Mas veja: o filhinho do papi von Minério diz Gata eu tou muito doidão, ela responde Uau, eu também, muito doidã. Superlegal. Tabelião, tabeliã; ancião, anciã; (a)pagão, (a)pagã; cagão, cagã; vilão, vilã; capitão, capitã; beberrão, beberrã; negrão, negrã; cidadão, cidadã; putão, putã; artesão, artesã; cirurgião, cirurgiã. O Eike Maravilha von Minério é ladrão e cornão, que já sabemos que se mulher seria ladrã e cornã, mas também é bobalhão, e caímos na bobalhã. Um dia li o blog Espantado indo de bundona pra cima da deputada; grave erro, mas fiquei frio pra não ferir a suscetibilidade dos redatores, pois trilegal é bundã, atentem para a sonoridade: Manuela Bundã, lindo. Dizemos Jussara do Moscão para a nossa companheira...

- Epa, me incluam fora dessa -, disse Jussara.

- Só pra explicar pra doutora, Ju... então..., ficaria legal dizermos Jussara Moscona? Horrível, nem para a mulher nascida em Moscou serve. Antes o blog colocou uma cantora russa, imaginem assim: E agora, senhores, a sensacional cantante moscona Miriam Sekhon... Não dá. Já Jussara Moscã é outro papo. Agora suponham o Gustavo Moscão, o amado companheiro que cobre... de carinhos a companheira, vai passando na rua numa boa e alguém comenta: Aquele cara é fodão, tem uma pegada de canhota... Beleza, a admiração pública ao nosso ex-boxeador, e homem de bem, nos enche de orgulho, e não apenas pela canhota, bate bem com as duas. Agora ela passando: Aquela cara é... fodona? Não mesmo, é fodã,  olha o charme: Lá vai a mulher do Gustavo, aquela boêmia é fodã. Bela. Para o mocetão, vai uma mocetã, não mocetona. Alguns você estranha, Jezebel, porque não está acostumada, lecionando doutorado tem muito figurão cagalhão, se professoras já viu: figurã cagalhã, mas há um pouco de teleonomia em tudo isto, dado que...

Com todo mundo na risada, Jezebel também ri e exclama: - Pára, pára! Socorro!, onde fui me meter! O Contralouco baixou no Lúcio, pessoal! Segue aí as notícias, meu caro.

De lá da sinuca nos fundos ecoa a voz do Contralouco, que ouve melhor que o seu gato: - Me incluam fora dessa também, mas quando meu gatinho crescer e ficar um gatão, vou arranjar uma gatã pra ele.

- Se vier a tornar-se um gatarrão, arranje-lhe uma gatarrã, nobre Contralouco -, responde Lúcio antes de prosseguir.

- Protesto de anteontem do médico Mr. Hyde sobre o estupro cometido pelo jornal de extrema-direita Zero Hora, do império RBS subordinado à Globo charlatã, repercute no blog Ainda Espantado, única voz, pela voz do Hyde, a mandar o jornal judéio do sul criar modos.

Agora foi o filósofo Aristarco de Serraria quem interrompeu a leitura: - Esperemos que alguém leia, pois Salito diz que o Sr. Google finge que ele não existe nas buscas, só por não lhe dar dinheiro e ser seu inimigo no caso das propagandas massivas y otras cositas más.

- O Sr. Google não passa de um cafetão! Se mulher a doutora embarcaria em cafetina, mas prefiro cafetã. Sei que a linguagem dita culta recomenda cáften e caftina, doutora Jêze, mas a palavra que os otomanos nos legaram, o seu qaftãn, leva til, mas... ah, bem, pra esses caras que tiveram a sorte do berço de ouro, piano e línguas em aulas particulares aos cinco anos, e usam covardemente essa vantagem para tomar as moedinhas dos infelizes, tem que ser no popular mesmo: cafetão de merda. Esse papo de gênio disso ou daquilo não tem nada a ver, no caso de Mr. Google, que são dois caras, um o pai era doutor em ciência da computação, pioneiro em inteligência artificial, com acesso ao que de melhor a ciência do seu país, os Estados Unidos, produzia. O outro é judéio fugido da Rússia para os EUA, com os pais - um fujão e uma  fujã - expoentes no mesmo ramo na época da fuga, sendo a mãe fujã ainda hoje especialista da NASA. Isso quem diz sou eu, pessoal, para chegar ao ponto: dêem condições, escolas de excelência, aos pobres da Vila Diabo, para ver gênio... Esse Google tem por trás o Departamento de Estado americano, que pretende vigiar o mundo, pois sabem bem o que fazem neste mesmo mundo, têm motivos fortes para receio. Enquanto vigiam, ainda tomam a grana dos otários. 

Contralouco, de lá dos fundos: - Se eu pego um cafetão desses...

Na mesa ao lado, Silvana cochicha para o Jucão: - O Lúcio está encapetado, alguma coisa andou acontecendo...

- Terroristas de Benjamin Netanyahu, os que vêm matando a tiros e de fome os palestinos e querem jogar bomba atômica nas crianças do Irã - era Irão, ficou Irã, e se por sinonímia chegarmos à Pérsia, e lá toparmos com um persão, a mulher seria persã, não persona, esta palavra que me traz saudades de umas tiangas com quem vivi na Calle Alzaibar de Ciudad Vieja, e nesse tranco me acordo de um golias ciumento de uma rubia, um uruguaião, que se mulher suponho que seria uruguaiã, jamais uruguaiana - seguem mandando em Israel, eleitos pela maioria extremista do povo judéio. Que Alá proteja os inocentes!

Silvana Maresia cochicha de novo: - Perfeito, andou pela Palestina, pela Pérsia, para acabar comendo a mulher dos outros em Montevidéu.

Lúcio pára e torna a implicar com a Jezebel: - Eu sei que pode ser "judeu" o habitante de uma Judéia fabricada que nunca existiu, doutora Jêze, mas prefiro judéio, espero que a senhora não se importe.

Jezebel, morta de medo de que ele começasse com um discurso sobre "deu" e "déio", sorri e se mantém caladinha.

Nicolau Gaiola, eterno descontente com a seção "Notícias do notibuc", se manifesta: - E eu quero saber de judeus ou judéios, Lúcio?, pula isso.

- Surpreende-me que um ator e dramaturgo da tua categoria, que só não é uma celebridade porque se recusa a submeter-se às regras dos biltres das redes de TV, queira se manter alheio ao que acontece no mundo, amigo Nicolau. Não se importa de os judéios estarem fazendo muito pior, ao povo palestino, do que o nazistão, se mulher nazistã, do Hitler fez com eles?

Contralouco exclama, voltando: - Se eu pego um judéio desses...

- Não é isso, Lúcio, não incomoda, tu sabe que não, é que venho ao bar para beber e relaxar, ora, e nunca tem notícia boa nessa bosta de notibuc, desliga essa porra.

- Então beba e pense noutra coisa. Se notibuc fosse grandão e mulher, grandã, esta a exemplo de computador que vira computadora para a morocha, amiga da rubia, estudiante da Escuela de Computación, sairíamos do notibucão e, pela regra do cão, pá, notibucã. Mais uma bem gelada aqui pro Nicolau, Terguino! E outro martini com azeitona pra doutora Jezebel! -, e vai em frente.

Silvana sibila para o Jucão: - Pronto, agora comeu a morena, amiga da loira, lá na Calle Alzaibar.

- Lula Algemas de Ouro diz que..., ah, não, essa nem eu aguento, foda-se o campeão - campeã - em deslumbramento. Taí, viu, Nicolau, pulei uma.

- Não imagina o bem que me fez, meu querido amigo, você é o guardião - guardiã - da minha tranquilidade -, responde Nicolau.

- Justiça de São Paulo extingue 12.434 cargos de assessores de porra nenhuma, todos aspones apaniguados de políticos. Se a moda pega Brasília ficará deserta. Sim, Gustavo, galã deriva de galão, galo, embora os entendidos digam que a origem se perdeu, que belos etimólogos temos. Galar vocês sabem, o empregado ganha uns dias de gala quando se casa, uma folguinha - folgadão, folgadã - um dia ou três, a depender do patrão - patrã, os escravagistas não dão nada, que se foda de madrugada, se o cansaço permitir. Ser galo é o sonho irrealizável dos aspones, pois a ave, além de comer milho pela mão dos outros e dormir empoleirada em pau duro, faz sexo com aquele buraquinho, satisfação dupla numa enfiada só, não precisariam andar caçando em ruas escuras à noite, e de quebra se equilibra com o bico nas penas da nuca da galinha que lhes dá guarida, nesta segunda parte eles são bambas, esses de Brasília.

- Por falar em galo, o governador do Ceará, Cid Gomes, nestes casos é bom dar o nomezinho do gatarrão, pagou 650 mil reais para a Ivete Sangalo inaugurar um hospital fodidão - fodidã -, como todos os hospitais públicos, no interior do estado. O Ministério Público quer que devolva a grana, com o dele, dele é só força de expressão, pois não sabemos de onde veio a pecúnia, pois à Sangalo pode ter faltado vergonha na cara, mas tem a desculpa de que o governo a contratou porque quis, salvo se ela, que na hora de receber deve ser pessoa jurídica, deu algum "retorno" aos políticos por baixo dos panos, no que não acredito.

O Contralouco e o Clóvis Baixo explodem em gargalhadas. Clóvis chora de rir, murmurando: - Não acredita, ahahah... não acredita, ahahah...". Os risos contaminam os presentes, a algazarra do bar é ouvida em Marte, os vizinhos comentam com as patroas - patrãs? -, Hoje a turma vai longe, vamos pra lá que tá bom. Lúcio fica com cara de trouxa.

Contralouco, sério, depois que todos se acalmam: - Se eu pego um cara desses... Povo bem desgraçado..., como é que elegeram esse bandido?

Enquanto Jucão fazia contas em guardanapos de papel, Silvana Maresia tomou a palavra: - Gente, vocês ouviram o mesmo que eu, ou estavam rindo de outra coisa? SEISCENTOS E CINQUENTA MIL REAIS! Para dar pulinhos e cantar água com açúcar num hospital em que falta álcool e água boricada, onde volta e meia morre gente pelos corredores ou na fila lá na rua; onde falta médico, enfermeiro e material, falta tudo, de gaze para cima! Esse vagabundo - vagabundão, vagabundã, no rastro da bundã que se trata no Sírio Libanês - sabe muito bem que para garantir votos bastaria dotar o hospital de boas condições, isso o povo enxerga e reconhece. Por que isso, então, se não para ter retorno por baixo dos panos? Será que foi meio a meio? Com essa, a Ivete São Galo morreu pra mim.

Jucão: - Sendo show de duas horas, fazendo só dois shows por dia, e trabalhando só cinco dias por semana, a esse preço a São Galo ganharia 28.600.000,00 por mês, isto é, 14 Mega Senas comuns por mês, e 343.200.000,00 por ano. Pegaram o numerozinho? Trezentos e quarenta e três milhões e duzentos mil por ano. Não há cristão - cristã - que aguente uma fincada dessas, se isso não der cadeia às partes envolvidas, então os cearenses não são de nada.

Lúcio mete bala:

- Bandido que governa o Rio de Janeiro, aquele amigão, doutora, da Delta amigã do Carlinhos Cachoeira, não sossega, quer porque quer expulsar os índios do antigo Museu do Índio, para entregar a área - nobre pacas - aos seus amiguinhos da especulação imobiliária, possivelmente ao Eike Maravilha von Papai Minério. Primeiro mentiu que era exigência da FIFA, pois fica perto do Maracanã, mas a FIFA negou na carinha dele. A Rede Globo tá no meio da maracutaia. Por falar nisso, outro dia recebi um e-mail inacreditável de um amigo, pera... Me dá mais uma dyabla, Terguino, e uma Serramalte estúpida. ... Olhem aqui, vou ampliar... a Globo dizendo que os índios invadiram o local onde estão, os índios - indião, indiã -, há 150 anos, na área doada por um conde ou duque com o fim específico de abrigar estudos e a memória indígena:



Contralouco, de novo: - Se eu pego um cara desses... Povo bem desgraçado..., como é que elegeram esse bandido?

- Movimentos anticorrupção criam abaixo-assinado contra o frio arrombador de cofres públicos Renan Calheiros, amigo do Collor, do Lula, do Al Capone, do Ronald Biggs, do Maluf, do José Dirceu - trairão, trairã -, etc, nessa linha, que será o próximo presidente do Congresso Nacional, substituindo ao idem Sarney Neanderthal, amigo dos mesmos. Depois vamos todos assinar, pessoal.

(a quem interessar, o abaixo-assinado está no Avaaz, AQUI)

Nicolau Gaiola se interessou: - Depois nada, a gente acaba esquecendo, vamos assinar já! 

O botequim contava com 26 almas no momento, contando a Leilinha e o Terguino. Todos assinaram. As ausências mais notadas, até ali, eram as dos diretores das mesas centrais Aristarco de Serraria, Carlinhos Adeva, Mr. Hyde, Tigran Gdanski e Wilson Schu.

- Fascistas, digo, gremistas - gremistão, gremistã - da RBS, daquela Zero Hora, dizem que o Grêmio, que ontem sifu de 1 x 0 contra a LDU no Equador, já está classificado, é garantido que vence de goleada em Porto Alegre no jogo de volta. Então tá.

O Portuga, que chegou para dar uma mão ao Terguino, o  bar logo estará lotado, abre o tarro: - Não foi bem assim, ó gajo secador...

- OK, dei uma exageradinha, de goleada não falaram, mas precisam fazer 2 e juram que está no papo - papão, papã -, é jogo jogado. 

- Jogo jogado?, então tá, vão ver o que é bom no apagar da vela -, disse Clóvis Baixo.

- Apagar da vela me recorda a Dilma Apagã -, diz Lorildo de Guajuviras.

Parada na calçada, em frente à porta de vidro do botequim, uma quarentona, digo, uma quarentã, linda, dentro de um terninho vermelho, salto 10, com um sorriso de desmaiar a boemia inteira, acena para dentro.

Silvana torna a sussurrar ao Jucão: - Acho que chegou a "alguma coisa que andou acontecendo" ao Lúcio.

Lúcio em seguida a vê, se levanta rapidamente: - Volto depois, pessoal, hoje não devo demorar. 

Todos ficaram pensando a mesma coisa: de qual político ou empresário ricaço a madame seria esposa? Mas ninguém disse um ai.

Nicolau suspirou: - Salvo pelo gongo, gonga no caso, eu tava por aqui com essas drogas de notícias.

Seguem bebericando seus tragos, papeando amenidades do dia a dia.

Chupim da Tristeza entra no botequim, sorriso aberto, pandeiro encapado a tiracolo, e o Contralouco se adianta: - Ô negão, a partir de hoje tá proibido de chamar a Zilá de minha negona. É minha negã, muito mais fino, ela vai amar.

Uma hora e meia depois, com o retorno de Lúcio Peregrino, que chegou com a boca nas orelhas e não quis mais saber de notícias, partem para as charges do dia. Dose dupla, pela falta de ontem.

Elegeram as seguintes:

Nani, de ontem.



Nani. De novo! De hoje, só dá Nani.



Frank, de A Notícia (Joinville, SC).





E Erasmo, do Jornal de Piracicaba (Idem, SP). Aqui o Gustavo Moscão embatucou. Como diz o apelido, mosqueia em algumas coisas (para mulher é ligeiro como só). Na verdade todos custaram a sacar, não é tão simples, mas Gustavo foi o único a admitir de cara. Depois Lúcio o esclareceu.




Jezebel do Cpers: - Leilinha amadinha, acabamos escolhendo as 4 pensando que eram 3, ficou de fora uma fatal... Sei lá, erramos as contas, eu que conferi os votos, o martini me pegou. Deixa colocar mais uma, vai...

- Tá, mas só desta vez, tia Jeze, acho que vocês fingem que erram, eu, hein...

- Amorosa da tia. Sobre o milionário assunto do Ceará. Há um artista da terra que não quer nem saber, mete o pau sabendo do perigo direto, diferentemente de algumas unidades da federação, onde ninguém critica o poder. Deixo de ser hipócrita, ora: diferentemente do RS, que eu vejo, e  outros estados, segundo os companheiros ao meu lado. É o Newton Silva.

- Bah, pessoal, esse é meu amigo de Fortaleza! -, alegra-se Leilinha.




Leilinha Ferro ficou com o Lila, do Jornal da Paraíba (João Pessoa, PB).



E com o Boopo, da Tribuna de Amparo (Amparo, SP). Clóvis Baixo: - A Leilinha marcou mesmo, na paleta, esse elefante, digo, esse chefe de quadrilha.




(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro)

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