martes, 18 de junio de 2013

Protestos pelo Brasil, n'A Charge do Dias

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Hoje cedinho a turma já estava de volta ao botequim. Trataram logo de escolher as obras do dia. Miss Leilinha Ferro, a coordenadora da coluna, liberou geral, entrou numa de que a situação é única e o blog precisa registrar o maior número possível de charges.

Registramos algumas observações dos companheiros, tudo gente que já viu quase tudo na vida. 

- Verdade é que os merdas dos governantes sujaram as calças, bem feito. Encagaçaram-se depois de dar porrada e vieram dar uma de bonzinhos. Há uma semana só tinha valentão pelo Brasil afora, chamando as pessoas de baderneiras. Agora, com cem mil na rua, começaram a ver o que é bom para a tosse, no grito não mesmo. Será que algum imbecil desses vai querer botar o exército na rua, para abater a população? Pago para ver e sou um que eles terão que matar -, disse Gustavo Moscão.

- Os molotovs do Hyde estão guardados na casa do irmão dele, tem uns cem - animou-se o Contralouco.

- Pera aí, gente, nada de confusão, eles vão entregar na boa, não são doidos, ditadura já era - lembrou Jussara do Moscão.

- O ruim é que sempre aparecem aqueles caras que já foram espancados covardemente pelos meganhas, outros que já se quebraram na vida por causa dos agiotas donos de bancos, estes bandidos sempre cercados de seguranças, aí já viu, agora aproveitam para se vingar -, falou Tigran Gdanski.

- Aparecem também os bandidos comuns, saqueadores, de noite todos os gatos são pardos -, tornou Jussara.

- Perceberam que, à exceção do Plínio de Arruda Sampaio, nenhum político deu as caras na manifestação de São Paulo? - disse Jezebel.

- Esse pode mostrar a cara. Os outros não são bobos, pra que aparecer, pra serem linchados? - disse Lorildo de Guajuviras.

E seguiram por aí, uns concordando, outros discordando em parte.

Às obras.

Flávio.



Aroeira.



Cazo.



Mariano.



Duke.



Miss Leilinha Ferro escolheu somente uma: Benett.



A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram  no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

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