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"Hoje não haverá o traguinho de fim de tarde no botequim, às cinco a turma estará se dirigindo para a frente da Prefeitura, coisa de dez minutos a pé. Vão mais cedo - o horário marcado é 18 h - para dar uma espiada nas imediações, dos meganhas tudo pode-se esperar. Um fato é por demais cristalino, transparente: no Rio Grande do Sul, como nos demais estados, o governador não tem a menor autoridade sobre as polícias civil e militar, como seu Secretário de Segurança também não, por óbvio. Na militar, então... Dizem uma coisa, governador ou secretário, e a tropa assente, atenciosa, compreensiva, sim, tudo entendido, o senhor tem razão, em seguida saem fazendo chacota do patrão eleito e agem de modo oposto, batendo, humilhando e escarnecendo de pessoas de bem, como na ditadura, quanto à arrogância e brutalidade, mas agora, ao contrário daquela, desobedecendo ordens da mais alta hierarquia. São Paulo é um caso à parte, o governador é um troglodita igual aos militares, a diferença é somente o seu berço de ouro e a Opus Dei. Remember Carandiru, nada mudou na tropa.
Bem, vão cedo também para ter tempo de pintarem o rosto junto à moçada das tintas, na marcha pela redução do preço das passagens, quem sabe comprar uma fita verde-amarela para amarrar na testa. Também vou nessa, claro. Estamos rezando para que o Senhor dê coragem a certos políticos, os representantes dos analfabetos funcionais, isto é, representantes de si mesmos, pois adoraríamos encontrá-los por lá. O Contralouco queria se fantasiar de vendedor ambulante e levar os molotovs do finado Hyde numa carrocinha falsa de cachorro-quente, foi um parto dissuadi-lo da idéia. Ficou resmungando, perguntando o que deve fazer, então, se os gorilas começarem a atirar em quem nada fez de errado, só com a adaga não dá para enfrentar bombas. Outro parto, agora para lhe retirar a adaga. Diz o Portuga que ele está desde às nove entornando dyabla verde, puto da cara, teve um momento em que foi às lágrimas, repetindo os meninos vão nos salvar, imagine um homem de 35 anos chorando às dez da manhã em frente a um liso de losninha, mas que não quis abrir o que foi que lhe aconteceu, o Portuga acha que é rabo de saia, com o Contra sempre é rabo de saia, mas sei não.
Bem, vão cedo também para ter tempo de pintarem o rosto junto à moçada das tintas, na marcha pela redução do preço das passagens, quem sabe comprar uma fita verde-amarela para amarrar na testa. Também vou nessa, claro. Estamos rezando para que o Senhor dê coragem a certos políticos, os representantes dos analfabetos funcionais, isto é, representantes de si mesmos, pois adoraríamos encontrá-los por lá. O Contralouco queria se fantasiar de vendedor ambulante e levar os molotovs do finado Hyde numa carrocinha falsa de cachorro-quente, foi um parto dissuadi-lo da idéia. Ficou resmungando, perguntando o que deve fazer, então, se os gorilas começarem a atirar em quem nada fez de errado, só com a adaga não dá para enfrentar bombas. Outro parto, agora para lhe retirar a adaga. Diz o Portuga que ele está desde às nove entornando dyabla verde, puto da cara, teve um momento em que foi às lágrimas, repetindo os meninos vão nos salvar, imagine um homem de 35 anos chorando às dez da manhã em frente a um liso de losninha, mas que não quis abrir o que foi que lhe aconteceu, o Portuga acha que é rabo de saia, com o Contra sempre é rabo de saia, mas sei não.
Como sabes, Salito, os amigos raramente tomam ônibus, pois todos moram e trabalham na Cidade Baixa, mas vão em solidariedade à massa (que em sua maioria não irá), e também para gritar a plenos pulmões o que pensam dos vermes da política e dos ricaços que com políticos no escuro do vão da escada enriqueceram em abjeta conjunção, vendo seus irmãos privados de tudo à luz do dia, na mais triste escuridão sob o rebenque, lobotomizados sob o reflexo da tela azul dos larápios das tevês mal havidas, quando não sob os berros de aiatogélicos de araque, sem saúde e educação, pobre povo, diariamente explorado por canalhas de todos os matizes."
Assim começou o recado escrito às pressas por Luciano Peregrino, quando encaminhou as charges do dia a este blog. A concentração será às 18 h, em frente à Prefeitura.
Após as charges, emendou ainda: "Bruno Contralouco manda um recado para o pessoal do protesto de Brasília: 'Se algum amigo entrar por bem no Congresso e encontrar um político, dê-lhe uma porrada por mim, bem no meio da cara, se eu estivesse aí quebraria sozinho esse prostíbulo'. Nicolau pede para que alguém trate de empalar o Feliciano Galinha Louca. Gustavo Moscão avisou: 'Que ninguém me toque no Renan Calheiros, ele é meu!'. Em seguida Tigran Gdanski foi no embalo e lascou um recado aos paulistas: 'Digam para o presidente do PT que vá tomar bem dentro daquele lugar, ele que tente erguer bandeira na marcha para ver, a passeata não é lugar para políticos de merda, menos ainda para mensaleiros'. Aí todos queriam mandar recados semelhantes, desliguei o notibuc dizendo que tinha enguiçado, de outro modo eu ficaria até amanhã aqui escrevendo.
Os ânimos se acalmaram com a chegada de João da Noite, o futuro prefeito de Porto Alegre, que disse que se for para fazer arruaça é melhor que todos fiquem no bar, já chega os louquinhos que saem para depredar o patrimônio do povo. Olhou para o Contralouco e disparou: 'Viu, Sr. Bruno, passeata para reclamar é como enfrentar o trânsito, sempre tem um desguampado que foi corrido de casa ou traído pela mulher, ou qualquer problema íntimo, e precisa descontar em alguém, aí já viu, em qualquer manobra malfeita chama o motorista do outro carro de corno, e sabemos como termina, imagine agora centenas de pessoas em precárias condições psicológicas num espaço apertado. Todo cuidado é pouco'. O Contra riu e respondeu: 'Ah, agora ele virou psicólogo, mas eu não sou corno, não', mas entendeu a mensagem.
De minha parte, eu gostaria mesmo era de estar no Rio, pra ver as caras dos espertos Cabral Guardanapo e Eduardo Paespalhão, amiguinhos atrás das moitas do Lula".
Aqui na palafita gostaríamos somente que o Lula, agora Lulaluf, e seus mensaleiros ficassem atentos à televisão, para ver o que conseguiram com a sua ignóbil putaria de coalizão. Forçoso reconhecer que, pelo resultado oposto ao esperado, parece que enfim esses politicalhos acabaram fazendo um bem ao Brasil. Em 15 dias o povo botou abaixo todo o seu papo furado, escancarando a escravidão imposta pelos múmios que eles, com 54 milhões de votos, tiveram medo de enfrentar, preferindo aderir às práticas dos criminosos.
Após as charges, emendou ainda: "Bruno Contralouco manda um recado para o pessoal do protesto de Brasília: 'Se algum amigo entrar por bem no Congresso e encontrar um político, dê-lhe uma porrada por mim, bem no meio da cara, se eu estivesse aí quebraria sozinho esse prostíbulo'. Nicolau pede para que alguém trate de empalar o Feliciano Galinha Louca. Gustavo Moscão avisou: 'Que ninguém me toque no Renan Calheiros, ele é meu!'. Em seguida Tigran Gdanski foi no embalo e lascou um recado aos paulistas: 'Digam para o presidente do PT que vá tomar bem dentro daquele lugar, ele que tente erguer bandeira na marcha para ver, a passeata não é lugar para políticos de merda, menos ainda para mensaleiros'. Aí todos queriam mandar recados semelhantes, desliguei o notibuc dizendo que tinha enguiçado, de outro modo eu ficaria até amanhã aqui escrevendo.
Os ânimos se acalmaram com a chegada de João da Noite, o futuro prefeito de Porto Alegre, que disse que se for para fazer arruaça é melhor que todos fiquem no bar, já chega os louquinhos que saem para depredar o patrimônio do povo. Olhou para o Contralouco e disparou: 'Viu, Sr. Bruno, passeata para reclamar é como enfrentar o trânsito, sempre tem um desguampado que foi corrido de casa ou traído pela mulher, ou qualquer problema íntimo, e precisa descontar em alguém, aí já viu, em qualquer manobra malfeita chama o motorista do outro carro de corno, e sabemos como termina, imagine agora centenas de pessoas em precárias condições psicológicas num espaço apertado. Todo cuidado é pouco'. O Contra riu e respondeu: 'Ah, agora ele virou psicólogo, mas eu não sou corno, não', mas entendeu a mensagem.
De minha parte, eu gostaria mesmo era de estar no Rio, pra ver as caras dos espertos Cabral Guardanapo e Eduardo Paespalhão, amiguinhos atrás das moitas do Lula".
Aqui na palafita gostaríamos somente que o Lula, agora Lulaluf, e seus mensaleiros ficassem atentos à televisão, para ver o que conseguiram com a sua ignóbil putaria de coalizão. Forçoso reconhecer que, pelo resultado oposto ao esperado, parece que enfim esses politicalhos acabaram fazendo um bem ao Brasil. Em 15 dias o povo botou abaixo todo o seu papo furado, escancarando a escravidão imposta pelos múmios que eles, com 54 milhões de votos, tiveram medo de enfrentar, preferindo aderir às práticas dos criminosos.
Hoje pela manhã, pelo que soubemos, pouco depois das onze, à exceção do Contra, os boêmios passaram no bar somente para a escolha das obras, que aí vão:
Laílson. Aqui, observa Luciano, parece, só parece, que o artista retratou o probo Renan Calheiros e uma frívola agronegociante chamada Kátia. Ah, e que faltou a guilhotina...
Erasmo.
Duke.
E Lila.
A coordenadora Leilinha também escolheu uma obra do Duke.
A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.
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