sábado, 28 de septiembre de 2013

Camila Costa - Valsa rosa

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Hoje voltamos com a cantora, compositora e violonista carioca Camila Costa, com Valsa rosa (Camila Costa e Ruy Quaresma), do seu antológico CD de 2005.

Uma valsa, um poema, um universo de sensibilidade. Como definir setembro na imaginação? Em A poesia, outra de suas composições, Camila diz que a poesia é um barco, solto em alto mar, talvez então o prenúncio de muito sol, as rosas precisam.




Estava ali, no roseiral
Toda gente olha e vê
E ela faz que não dá conta
E nem se apronta em temporal

Chorando o céu pra rir o mar
Amarelo ela não quis
Pensar que era breve
A vida alegre do colibri 

Quando vem o jardineiro 
Despontando como o sol
Fala às rosas plenamente
Como a lua para o mar 

E ela espera sempre o jardineiro 
Como as mulheres de um marinheiro
Dança a valsa rosa
À toa a rodopiar 

Se perfumou 
Ele não viu
Tinha pressa no olhar
Bombom nas terras tão paralelas
Como a visita de um sazonal
Quem dera as asas fossem dela
E voando sem janelas
Sem raízes, sem limite
Como a vida do colibri 

Quando entra fevereiro 
Ela arde de verão
Pelas mãos do jardineiro
Que faz brotar seu coração
E ela nua inflama de desejo
Pois é setembro na imaginação
Dança a valsa rosa
À toa a rodopiar 

Num dia firme, como num filme 
De Fellini ou Stephen King
Joana D'Arc, Frida Khalo
A inspiraram para lutar 

Pediu ao vento, que violento 
Arrancou-a do jardim
E então o colibri
Pegou a rosa enfim valsando pelo ar
Deixou-a sobre a cama dele e
Nunca mais foi lá 

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