jueves, 26 de septiembre de 2013

Ele que bebe e eu que levo a culpa, n'A Charge do Dias

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Bem, o titular deste espaço andou atarefado lá pelos lados do Burundi, e a senhorita Leila Ferro, a substituta imediata, esteve envolvida com provas na faculdade, de modo que a coluna A Charge do Dias ficou sob a responsabilidade do Sr. João da Noite. Enfurnado no bunker, no subsolo aqui da palafita, o boêmio começou o estrago no domingo à noite. Afora uma visita que outra ao botequim, o indivíduo nada fez a não ser enxugar as nossas bebidas de estimação. Os colaboradores da casa juntaram num saco o resultado da festança: quinze litros de bebidas quentes vazios, mais oitenta cascos de cervejas. A turma precisou examinar todos os dois mil discos (discos mesmo, vinil), arrumando as capas trocadas.

Certo, sabemos que a oposição, a começar pelo Sr. Hans Hoff da Silva, que lê diariamente esta etílica publicação, anda espalhando que é o próprio titular que vez em quando toma uns fogos homéricos, agora deu de espalhar que para cada conto que escreve, com vistas ao livro anunciado para breve, lá se vão dois litros e uma caixa de loiras. Como sabemos, contra línguas perversas não há defesa, então deixemos que falem. Só que achei dois litros muito pouco, seu Hans, mormente se o texto contiver tristezas e recuerdos.

Considerando o consumo das minhas bebidas pelo elemento (a chateação está aumentando, comecei chamando-o de Sr., depois parti para indivíduo, agora já está em elemento) deu-se que o beberrão simplesmente esqueceu de postar as colunas de segunda, terça e quarta. Somente hoje Leilinha conseguiu tempo para verificar e me advertiu. Certo, ontem publicou matéria de autoria do antropológico doutorando Alex Moraes, mas assim é fácil, era só copiar e colar.

Enfim, reassumo.

O Botequim hoje está em festa desde cedo. O motivo é  o aniversário do próprio Sr. João da Noite, e agora entendo o que se passou nos dias anteriores: estava preparando o corpo. Obviamente que o ápice da festa será à noite, com jantar, beberagem, discursos e cantoria, por enquanto somente o Sr. João e mais meia-dúzia de desocupados bebem, os demais estão no pingadinho. 

Carlinhos Adeva, o Diretor Jurídico do Partido dos Boêmios (em constituição) deu uma passada somente para abraçar o companheiro, aproveitou para participar da escolha das obras do dia e se mandou de volta para o escritório, precisa dar entrada em uma ação ainda hoje.

Ele saiu e Bruno Contralouco falou:

- É contra os juros extorsivos de um banco, ele adora fuder com banco, eu preferiria atirar um míssil.

Nicolau Gaiola, ao ver que Luciano Peregrino furunga nas notícias do notibuc, pede encarecidamente que hoje o poupe, nada de notícia ruim, e conclui:

- Como notícia boa os jornais nunca trazem, desliga essa bosta.

O Contralouco diz que pontualmente às 18h o caminhão de entregas trará ao bar o presente que comprou para o João. Homens e mulheres entreolham-se, sem uma palavra pensam a mesma coisa: o que será que ele aprontou desta vez, lá vem bomba.

Bem, Leilinha recuperou as obras dos dias anteriores, que somaram-se às do dia, participando novamente. Irão em dobro, para compensar a incúria do aniversariante. Escolheram as seguintes.

Morettini. Os amigos teceram comentários interessantes, mas vão me desculpar, enchi desse sujeito. Digo apenas que Wilson Schu falou em deportá-lo para a ilha Zarzala Koh, no Mar das Arábias, essa que surgiu do terremoto.



   Aroeira.



Duke.



Nani. Aqui saiu uma boa, algo que Luciano tinha visto nas notícias. Ele disse: 

- Sabem da maior, quase caí de costas pela desfaçatez dos americanos. O terrorista Obama e sua delegação simplesmente não se fizeram presentes durante o discurso da Dilma, que abriu a Assembléia da ONU. Estavam no bar do prédio, tomando uísque e rindo da nossa cara. Logo depois dela o Obama iria falar, esperaram a Dilma terminar para caminhar até o salão nobre. Mas devem ter ficado sabendo depois da porrada que levaram, porrada que teve grande repercussão em todo o mundo, não houve uma voz que a criticasse.

Nicolau Gaiola não reclamou, ao contrário, disse:

- Uma vez na vida uma notícia boa...



Sponholz. Aqui a turma se soltou. Clóvis Baixo estranhou:

- Estranho isso, quanto às putas, deve ser só para olhar, pois os políticos são todos broxas, o Luciano aí que entende do assunto (aludindo à fama do Luciano, injusta, segundo ele, de ter comido as mulheres dos caras).



Newton Silva. - Bem, pelo que temos visto, isso seria o correto, teria observado Carlinhos Adeva.



Miss Leila Ferro ficou com apenas uma. Sinovaldo.



A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

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