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Ontem à noite, com João da Noite, Walter Schumacher e Jacque Viúva Negra, tomamos todas na calçada do bar O Porto, ali no Beco do Oitavo.
Ontem à noite, com João da Noite, Walter Schumacher e Jacque Viúva Negra, tomamos todas na calçada do bar O Porto, ali no Beco do Oitavo.
O Centro de Porto Alegre, e a cidade como um todo, é maravilha nesta época: os chatos e os barulhentos estão todos na praia.
Dolores, por ora, lejos de mi.
Dolores, por ora, lejos de mi.
Salito sem escolta. Naquela rua os mercenários de Mr. F. Febraban podem até entrar, mas sair não saem.
Depois da chuva ao entardecer, uma noite amena, sábado luminoso, que tornou-se mais agradável com a chegada do compositor João Palmeiro (João Luiz Silveiro Palmeiro - Rio de Janeiro, 03/04/1941), de quem voltaremos a falar em longa entrevista que está sendo preparada por Walter, com músicas, fotos e tudo.
João Palmeiro é gaúcho de boa cepa, estava de passagem pelo Rio quando nasceu.
No lero que levamos, muitas histórias inesquecíveis, sabe tudo da noite da capital dos últimos 50 anos. Recordou seu antigo parceiro Mutinho (Lupicínio Moraes Rodrigues. Porto Alegre, 04/02/1941), baterista e compositor, sobrinho do Lupi, que se mandou mundo afora há décadas. Interessante este cara: nas suas muitas canções em parceria com Toquinho e outros artistas, as melodias são dele, o baterista. Os parceiros entravam com a letra.
João revisitou com saudades a Ivaldo Roque e Paulinho do Pinho, entre muitos outros. A Elis, que gravou uma bossa de sua autoria. A vivacidade do poeta é contagiante, com os olhos brilhando narra fatos, festas, porres, como se estivesse lá agora. Lá pelas tantas o nome de Raul Ellwanger por alguma razão foi citado de passagem, o que nos fez chegar ao bunker e rolar um "onde anda você".
A obra do Raul é magnífica, é um dos grandes da música brasileira. Mas o que nos chamou a atenção foi algo que não tínhamos visto, de alguma maneira nos passou despercebido: o pungente relato dos anos de chumbo. Anos que mal vimos, talvez por morarmos de favor num lupanar que não queremos lembrar, lá isolados do mundo, sonhando em um dia cursar o Supletivo de segundo grau.
Postaremos a seguir o texto do Raul.
Por enquanto, ficamos com uma canção do Mutinho, letra e interpretação do Toco.
Qual é, meu chapa, pq não diz logo a rua André da Rocha, lugar dos teus comparsas. Se os caras quiserem mesmo te apagar, uma horinha destas tu vai ver. Beco do Oitavo... bolas.
ResponderBorrarMas até que tá jóia a conversa, uma vez na vida...
Gostei!
ResponderBorrarTirante a idiotice de dizer que só porque a pessoa vai pra praia é chato. Bundão, burraldo e invejoso, é o que tu é.
ResponderBorrartou esperando a relação dos vereador.
ResponderBorrarSe você não gostasse de "O Caderno", Juzinha, Deus meu, ninguém mais gostaria.
ResponderBorrarBeso!
Sala