viernes, 1 de abril de 2011

Alguma coisa acontece no meu coração

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Nesta sexta-feira enchi. Lleno de odio. Algunos van a pensar que ha sido un acesso de fúria, ou que andei mexclando uísque com antidepresivos, o que, finalmente, aconteció lo que desea... desejavam, lo que querian, e esperaban: que enlouquei de vez. Pero no, solo enchi, em portunhol, espangués, para que todos me entiendam.


No décimo-sexto andar de aquel edifício de avenida Paulista, a las diez de la mañana, manhã, juntei todos los preciosos documentos que tenia, tinha, sobre la mesa e los distribuye, distribuí, que droga, calmamente en los tres cestos para papeles da amplia, nao, de la espaciosa sala, contígua a de diretoria de criminales, no, bando de asesinos, que celebrabrando, comemorando, o cumpleanos da Redentora. El Golpe traicionero.

Me voy a salir, una mujer brasileña, gostosa, me ayudará a escribir, hablar es una cosa, escribir otra.

Por la vuelta.

Apesar de ahora o roubo estar muito mais fácil, ellos lamentam no poder más assistir a una torturita com clima: madrugada alta, gélidos calabouços como escenario daquel viejo teatro, penumbra, o carrasco aleijado de capuz, o cabo de vassoura en el culo, no ânus, a mocinha comunista soluçando antes, ojitos arregalaos, berrando después hasta morir en sangre. A nudez e a beleza de viver sem Deus nem nada. Ainda se satisfacem hoy, zem, pero de otra manera, menor, no se sientem realizados.

Alguém piensa que essa gente simplemente evaporou? Não, ainda são los dueños do Brasil. Mas, na sala ao lado, lidando com ministros de "isquierda"... yo, eu, que vivi de jogo, nervos de aço, não suportei.
Cansei de vomitar ao chegar en mi casa, ahora quiero fogo.


Reservei três papéis, cópias de ofícios de um ministron (o "boquinha de mamar, ahm...", como dice Salito) para empresários de construção civil, del sistema financiero e das comunicaciones. Tinha mais d'estos, para otras respeitáveis gangues da economia de la esclavitud, tratando de cómo recuperar certos investimentos realizados en agosto e septiembre, mas eu precisava solamente tres. Peguei meu isqueiro e feito, uno em cada cesto.


Já que certas drogas la polícia federal no vê para quemar, eu queimo, não sirven como pruebas nos supremos tribunales de los Mismos. Vou quemar tudo! todo!, junto con una carreta de camisetas chinesas, da Coteminas, del viejo ladrón que ha de morir.


Quebrei o maldito notibuque viciado e drogado pelas suas negociatas contra o cofre da parede, tenho outro, limpo, e quando o incêndio parecia evidente abri a porta e saí em direção ao elevador, metendo a mão na cara dos gerentalhas que me surgiam pela frente. Hijos de puta.

Idioma... calma. Demorei como demoro agora para construir um párrafo em bom português.

Quando os seguranças se coçaram eu já estaba com o ferro ao alcance da mano, mão, passei batido. Em cinco minutos eu estava andando por las calles de San Pablo, avenida.

... Ufa. Ahora vai.

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Antes de jogar no lixo o telefone celular, que enche as burras daquele velhaco que se julga muito Vivo, usei-o por última vez: “Alô, presidenta, é Dulcemano, não morí, no, e vai tomar bem dentro do teu pezão”. Disse el nombre porque nestas alturas no creo que lembre de minha voz, que lembre de nada.

Ahora sim:


Arranquei a gravata e sorri, sei lá, tinha algo me ardendo por dentro, uma coisa boa, me sentia como se estivesse no Estádio Centenário, no meio da massa e do foguetório, Peñarol entrando em campo.

Dobrei rua, andei, dobrei, virei e dobrei de novo, quando vi estava na São João, onze da manhã, o buteco bem em mi, na minha frente intimava: “Viene, loco, entra, soy teu último reduto...”.


Ele que pensa.

As sirenes dos bombeiros lá de longe arrebentando mis tímpanos, que gritem, que gritem. É de dor?


Entrei e gritei de irritação, em portunhol instintivo: Estoy endemoniao, hermano, salta um RG triple!”.


Se ele inventasse de preguntar o que era RG, yo quebraria el, o, bar, ele junto, mas que nada, sem tirar los olhos do ferro lá se veio com aquele copão cheio,  Rabo de Galo, aguardente com vermute, temperatura ambiente mesmo, como supo deve ser.


Ahora, que já peguei a grana guardada na pocilga de hotel para onde ontem me desviei, que munido de cartão e documas frios já saquei no caixa toda a grana que um tal de João Espanhol da Silva possuía (si, do banco daquel nojento que vive en ocultación atrás de esclavos armados), pienso... en como llegar no aparelho que arranjei para uma hora destas.

Perfecto mi portugués, no?

Porto Alegre me aguarda. De antemano, é bom saberem que de ahora em diante todas as mulheres são minhas, sempre quis ter um exército así. Cansei de parceiros água morna, ora suplicando restos, ora imitando o Pedro Caroço, o perro malvado que só queria... se arrumar.

Se arrumar? Só eso? Vacarajo de San Pablo? Hijos de puta do inferno. Lula y sus compañeros, malditos.

La música será otra. Conmigo no, no mentiras.
Carlito






















2 comentarios:

  1. Não, guria, um acidente. Carlto andou se irritando com algumas pessoas na avenida paulista, mas deu em nada, só queimou aquele andar inteiro, talvez mais uns dois. Ninguém morreu, que eu saiba e que não merecesse. Mandou a carta, email lá do Armênia, eu pubiquei (louco por encrenca), mas cortei partes.
    Grato pelo recado e desculpe a demora, sei que vais entender.
    Eu não entendi nada.
    Beso.

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