lunes, 2 de mayo de 2011

Eu tive um sonho ruim

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Segunda-feira. Tédio?

Tédio nada, seu moço, sua moça.

Apenas colocando em ordem o covil, seis camisas sociais penduradas num pau entre a janela e onde  planto o meu chapéu (vai saber o o nome daquilo, um pau cheio de pauzinhos dos lados, para chapéus. Mulheres penduram a bolsa). Depois de meses em asas de metal, turbinas, hélices, números, volto para casa, esperançoso.

Abri um vinho português, chove lá fora. É escrever Chove lá fora e lembrar a valsa do Tito Madi, que mania de música.

A dor de não saber, saber lá fora, onde estás, como estás, com quem estás agora.

Ligo música, ah, música... Cazuza festeja o dia das mães com antecipação. Só as mães são felizes.

Eu disse que voltava. Mr. F. Febraban já sabe que voltei.

Primeiro vou pagar algumas contas, não esperam.

Salito, como os muitos amigos que possui, só recebe cartas de duas mulheres, a da companhia de eletricidade e da escondida do telefone (poucos sabem quem é o dono).  Tintim com vinho Periquita.

De quebra, aparece um tal de Condomínio Santo Antônio, de 300 contos por mês, nem sei quem é esse cara, mas me veio com uma conta de 1.200, quatro meses, janeiro a abril. Paguei em carne viva, Ainda me sobra dois paus.

Frida Von Allerbaum liga no justo momento em que acho um LP esquecido perto de um cesto de vime que um dia foi de roupas. Hoje de teias de aranha.

Lembro da bruxa paraguaia que se encarnou em mim. Leu a minha alma, e não foi pegando na minha mâo: 9 a zero para o Inter. Eu disse vai se catar, pela alma. Vai que acertasse o grenal... Só rindo.

Cazuza. Nâo posso falar desse cara. Por motivos de lágrimas.

Beso, Agenor, também não gosto de banqueiros, mas você não deveria ter se matado. Poderia ter me telefonado um minuto antes. Do pó, da poeira, hoje riríamos.

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