sábado, 30 de agosto de 2014

Lupicínio Rodrigues - Cem anos

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Seguindo em direção ao centenário de Lupicínio, hoje vamos com seu clássico Maria Rosa, composto em parceria com o grande Alcides Gonçalves. Na voz dele, Paulinho.

É de época, pombas, de modo que peço que feministas reclamações sejam feitas ao leiteiro, quando este entregar a garrafa amanhã de manhã. Hummm, garrafa de leite, obviamente, pois certa vez, quando era entregador de leite, fui trabalhar borracho, direto da boemia, tinha entrado no beiço num bar, o Batelão, onde Lupi e Rubens Santos cantavam, o porteiro era meu amigo, uma noite inesquecível. 

Mas ali começaram os meus problemas, me atrasei e cheguei no serviço quase seis da manhã, levei um esporro do chefe, piorou quando às sete me enganei e dei uma garrafa de pinga que tinha no casaco para uma alemoa, acabei apanhando de um gigantesco alemão, que se prevaleceu do meu estado lastimável. 

Assim, as senhoras descontentes com a letra que o encham de osso, ao leiteiro, quando o receberem de bobes nos cabelos e de chambre à porta, pois este leiteiro ouvirá em silêncio, ares de concordino, não será como eu que sugeri à alemoa tirar a sua raiva lá dentro, peladinha.


Esta mulher que outrora a tanta gente encantou
Nenhum olhar teve agora, nenhum sorriso encontrou
E então dos velhos vestidos que foram outrora sua predileção
Mandou fazer essa capa de recordação
Vocês marias de agora, amem somente uma vez
Prá que mais tarde esta capa não sirva em vocês


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