"Tantos años de espera valieron la
pena para que estas lágrimas derramadas intenten describir esta noche histórica,
emocionante e inolvidable.
Quisquillosa, esquiva, histérica. Bienvenida a Boedo.
¡Yo a vos te amo, Ciclón!"
E O PAPA PAPOU
No
Brazilzil a Grobo passa ao vivo até torneio de cuspe em distância nos EUA, seu
patrão, e nas Oropas, por contratos do chefe.
A
Libertadores de America nunca foi considerada, mesmo sendo a competição mais emocionante do
planeta, depois da Copa do Mundo, salvo se tiver clube brasileiro no confronto,
e nem sempre, se o clube brasileiro for gaúcho, por exemplo, os patifes desconhecem: em 1983 não passou nenhum jogo, nem mesmo a decisão, quando o
Grêmio sagrou-se campeão do mundo num jogo que parou o mundo e imortalizou mais
a camisa tricolor. Aqui a sua filial RBS transmitiu, só para gaúchos e
catarinos, o resto do país, a depender deles, nem ficaria sabendo, mas ficaram
no dia seguinte, isso ninguém controla, como poderiam controlar com aquele
timaço acendendo o rastilho e o Renato explodindo? Futebol é diferente de
política, daquele o povo gosta desde criança.
O
mundo inteiro reconhece o Grêmio de Porto Alegre. Certa vez me surpreendi num
documentário sobre o Afeganistão, em primeiro plano o narrador da TV norueguesa
num campo devastado de bombas, falando agitado, e ao fundo, passando, olhos
assustados, um menino com uma camiseta... do Grêmio. Alguém deu algo que amava
ao menino refugiado, e ele, como todos ali, sabia muito bem de que time era -
um campeão do mundo lá do sul do mundo, um lugar imaginário, com comida, sem
bombardeios ianques, sem matança desenfreada, com escola para frequentar, com família tranquila -, uma relíquia aquela camisa,
senti no ato que deu-lhe esperanças de uma nova vida. Tenho certeza de que ele
sobreviveu àquele inferno.
Naqueles
tempos, depois, quando o Grêmio desfalcado perdeu um mundial, seria o segundo, quem não lembra
que o Felipão ainda começando a ser técnico, enrubesceu e, coagido, foi obrigado a dizer umas verdades, no ar, na tevê, na cara de um velho
que eles tanto exaltavam, que empurravam como poeta para vender jornal e papo mole na sua rede, mas que não
passava de um bobalhão que mal sabia juntar letras, aquele Armando Nogueira,
que já morreu, está gravado.
Aqui no Sul tinha um tal que o imitava,
nesse joguinho de tu me elogia que te elogio também. Professor. Imagino os cérebros que saíram da faculdade com professores assim. Quem não lembra do Cid
Moreira, aquele vendido, lendo notícias contra nossos times e todos que não
fossem do Rio e SP? Para não falar no amor à ditadura assassina. Era pago para
isso. Está rico, como seus chefes? Do quê? De dinheiro, ah, sai. Covardes.
Com
o Inter foram forçados a passar em rede nacional, FIFA em cima, pressionando, então passaram, mas torcendo
contra, como aliás torceu contra toda a imprensa paulista e carioca (a
imprensa, não o querido povo paulista e carioca), e atolamos no Barcelona, então tido
como seleção do mundo. Um bailado inesquecível do Iarlei.
O
resto do Brasil torcia por nós, são brasileiros, e o grito de emoção que se
ouviu quando Fernandão levantou a taça começou no Amapá, inundou Roraima e veio
descendo, engrossando mais em Goiânia, e se veio, por cima deles até o Chuí.
O
Papa Francisco festejou, feliz, o seu CLUB ATLÉTICO SAN LORENZO DE ALMAGRO, azul e rojo, levantar pela primeira vez o
título de Campeão da América. O Chico não assiste à grobo, não é loco, viu pela
tevê pública Argentina, o governo pagou para todos assistirem de graça todo o
campeonato, para que o povo não ficasse à mercê de ladroezinhos.
Agora,
aqui fico na torcida para que o San Lorenzo ganhe o mundo, como aqui já
ganhamos, só com dois grandes clubes, duas vezes.
Desde
el Sur.
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NE2: A charge é do artista Frank Maia, do jornal A Notícia, de Joinville, Santa Catarina, Brasil.
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