domingo, 4 de marzo de 2012

Aldo Rebelo e a FIFA na Charge do Dias

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José Aldo Rebelo Figueiredo é um jornalista e escritor alagoano de 56 anos (Viçosa, 23/2/1956), que decidiu seguir a carreira política. Hoje é deputado federal por São Paulo. Milagrosamente, depois que um seu partidário foi acusado de meter a mão, tornou-se Ministro dos Esportes do Brasil.

Dizemos milagrosamente porque é muito raro se ver políticos honestos chefiando ministérios. Antes de ser Ministro, coube-lhe ser o Relator do Código Florestal, um rabo de foguete que ninguém, salvo notórios patrunfos, queria encarar, pois de um lado tínhamos bandidos fanáticos e de outro mocinhos fanáticos, o Brasil no meio. A função requeria um homem sério e corajoso, para sairmos vivos daquela guerra. Entre mortos e feridos, parece que nos salvamos todos, mas a luta continua.

Aldo Rebelo, na opinião, formada há muitos anos, dos habitantes desta palafita, precisava ser o Presidente da República, quem ler sobre a sua trajetória entenderá as razões. Biografia de estadista. Possivelmente isso jamais ocorrerá.

A FIFA, como todos sabemos, é uma CBF gigante, isto é, um gigantesco antro de roubalheiras, corrupção desmedida, uma máfia de fazer corar assaltantes de bancos. (A charge é do Mário Alberto, de 05/10/11, que mostra o gato daqui torcendo pelos de lá).

O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, é um francês que já foi picão de marketing da entidade. Enrolou-se até o pescoço numa negociata em 2004, que rendeu uma multa astronômica para a máfia, mas a entidade não o demitiu, a pretexto de que o cara sabe fazer lucro. Disso estamos certos.

Pois agora, por ter alguns interesses inconfessáveis contrariados, a reboque da demora na aprovação na Lei Geral da Copa pelo congresso nacional, vem a FIFA, através de seu empregado fazedor de lucros, apelar para o insulto. Não à crítica elevada, categórica, mas insulto mesmo, em linguajar rasteiro.

Aldo Rebelo não hesitou, de modo ponderado, como é de seu jaez: com esse sujeito o Brasil não conversa mais.

Esse é o tema inicial dos debates que desde cedo se desenrolam no Beco do Oitavo e no Botequim do Terguino, nesta bela manhã de domingo. Logo que pudermos traremos os pensamentos dos boêmios, através das informações do nosso correspondente João da Noite, via nótibuc direto do palco dos acontecimentos.


Bem, 11:00 h e recebemos algum material. Com a palavra, João da Noite:

Novamente os pés de cana estão em Reunião Conjunta, hoje aqui no Botequim do Terguino. O Beco do Oitavo fechou e vieram todos para cá. Recém atearam fogo no tonel deitado no meio da rua, as carnes já estão espetadas lá dentro. Os espertinhos todos em mesas na calçada, a maioria na base de caipirinha de vodka, conversas animadas. Eu dou uma bebericada e uma olhadinha para a gostosa que passa no outro lado da rua, vai e vem faz tempo, me olha e sorri, a bandida, como se eu não soubesse que é casada.

Enquanto Leiloca organizava as obras do dia, com o Lúcio Peregrino comandando o nóti, acabaram voltando ao tema dos gatos pescando. O Carlinhos Adeva (o "Adeva" é para diferenciar do Carlinhos Piroca, a quem todos chamam somente de Carlinhos Pi), o advogado primo do Nicolau, chegou pelas nove e foi direto ao assunto: "Vocês esqueceram uma obra sensacional, seus babacas!", e apresentou a tal obra. Todos ficaram maravilhados, o outro Carlinhos exclamou: "Dez!". Tigran Gdanski: "Baita dentro!". Clóvis Baixo já ficou sugerindo colocar o retrato do artista nas paredes do buteco (ainda nem colocaram as outras). De fato, Salito, dez a zero.

É do Rico, do Vale Paraibano (São José dos Campos, SP).








E João da Noite, de noite atravessada, se engarrafou. Quando percebeu a dificuldade para encontrar as teclas do nóti, pediu aos especialistas na geringonça, Leiloca e Lúcio, para gravarem os debates dos empinantes. Não nos perguntem como conseguiram, mas eis que recebemos a gravação, de ótima qualidade.

Não rodamos o áudio porque há trechos proibidos para menores de 33 anos. Sabendo-se que a idade média do distinto público é 27 anos, já viu, né... Quando Marquito Açafrão percebeu que estavam sendo gravados, alertou o pessoal: "Olhaí, gente, cuidado com o que se diz!", ao que Mr. Hyde deu de ombros: "Ora, uma que Salito não é doido..., bem, é meio, mas não vai colocar a íntegra, estamos em casa, é reunião privada; outra é que só imagino o que deve ter dito em particular aquele puto do Jèrôme, se disse o que disse para todo mundo ouvir".

Pronto. Ali já estavam falando da prostituta ladrona, a FIFA.

Nicolau Gaiola demonstrou suas preocupações institucionais: "Só me falta o Aldo Rebelo comprar essa briga, coisa que nenhum desses cagados do congresso até agora teve peito, e a Dilma lhe tirar a escada".

Muitos boêmios ficaram temerosos só de pensar nessa barbaridade. Lúcio Peregrino externou o medo: "Deus nos livre, mas bem sabemos do que são capazes alguns dos seus aspones, de repente lhe fazem a cabeça, os vendidos".

O Contralouco não gostou do que disse o Baixinho Romário: "Ora, ondié que o Romário anda com a cabeça, chamar o cara de 'mal-educado'? Mal-educado é o cacete!, é um moleque filho da puta!". Ai, ai, ai.

Tigran Gdanski concordou: "Pois é, se a mulher do Romário fosse costureira, por exemplo, e atrasasse a entrega de um vestido para o elemento sair à noite na França, e ele saísse dizendo para todo mundo que ela merecia um chute na bunda, o que o Romário faria? Eu matava. Nesse caso a costureira é a mãe Pátria de todos nós. Esse Jerôme poderia reclamar da nossa mãe, em alto nível, até processá-la por perdas e danos, mas chute ele que vá dar no rabo da mãe dele!".

Carlinhos Pi: "Quando desembarcar no Brasil, deveriam era mandá-lo de volta na hora, deve ter um jeito de acabar com o visto de entrada desse lalau".

E os ânimos foram esquentando. Em certo momento a Leiloca saiu espavorida lá para dentro, o verbo desceu a um nível insuportável. No áudio dá para ouvir até a voz das "vizinhas gostosas", fazendo coro aos palavrões. A Jussara do Moscão só repetia: "Pra viado filhinho de papai a gente não dá bola, pessoal, ele quer só aparecer".

O mestre Terguino Ferro saiu lá para fora levar uns tragos e umas linguiças de tira-gosto e aproveitou para meter a colher: "Acalmem-se, amigos, pois já mandei buscar a minha faquinha de capar vagabundo, deixa ele passar por Porto Alegre, deixa...". Gustavo Moscão saltou: "Eu só quero dar um soquinho mata-cobra nele!".

E paramos por aqui.

A obra eleita é do grande Pelicano, do Bom Dia (São Paulo, SP). 




Leila Ferro não esqueceu da sua. Uma graça, lendo a menina escrever: "Escolhi o fim da picada, tio Salito, amanhã vou levar pro Colégio e mostrar aos professores que falam em laicidade do estado". De fato, Leila, é o fim. É do Paixão, da Gazeta do Povo (Curitiba, PR).



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