Uma enxurrada de charges falando em pescaria inundou os butecos neste sábado, desde os mais longínquos recantos do país. No Botequim do Terguino o Gustavo Moscão disse que não estava entendendo.
O Contralouco, copo de caipirinha na mão imitando um microfone, contou-lhe parte da história, aludindo ao esporte predileto do Moscão, o boxe: "Senhooooooras e senhoooooooores: deste lado, com 1,80 m, pesando 100 Kg, 100 lutas ganhas por nocaute no cansaço de rezas, o famoso... Angorá do Bispo! Deste outro lado, com 10 cm, pesando 60 gramas, o tolinho dos mares, ele, o... Sardinha!".
Gustavo Moscão ficou resmungando: "Agora que não entendi nada mesmo, o Contra pirou ou já tá bêbedo".
Pressionados por Leila Ferro, os boêmios passaram logo para a escolha da obra do dia. Queriam colocar todas, mas tiveram de optar por apenas uma.
J. Bosco, de O Liberal (Belém, PA).
No Beco do Oitavo não foi preciso teatralização, todos entenderam bem demais. Fecharam com o Simanca, de A Tarde (Salvador, BA).
A senhorita Leila não tira da cabeça o Lula careca, "ares de ricaço, com aquele chapéu ridículo". Escolheu a obra do Nani.
O boêmio João da Noite, para regozijo dos empinantes, que o admiram e adoram, desde cedo andou para lá e para cá, do Beco para o Botequim, do Botequim para o Beco, entornando uns merengues bem escolhidos. Sempre que cruzava pela Leiloca, enchia a menina de elogios. Ao final, suplicou e conseguiu arrancar "uma chargezinha, só uminha". Ninguém resiste ao lero do João.
Do Amarildo, da Gazeta Online (Vitória, ES).
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