lunes, 19 de marzo de 2012

Cu e voto

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Paulo César Pereio (Paulo César de Campos Velho - Alegrete, RS, 19/10/1940), o fantástico ator brasileiro, o Jean Gabin da América (a voz, amigos, que voz!), 87 filmes, 17 novelas e uma lista infindável de peças de teatro, tem uma senhora biografia. O homem é um mito.

Para começar: estava ao lado de Brizola na resistência ao golpe de 1961, quando os milicos tiveram que postergar a escuridão em que depois nos mergulharam. Foi o Paulo quem compôs, em parceria com Nara de Lemos, o Hino da Legalidade.

Para se ter uma idéia da personalidade do artista, anotem esta: certa vez fez campanha para a implosão do Cristo Redentor: "Aquela estátua é uma interferência indevida na paisagem. O morro onde ela está é lindo. O Cristo só atrapalha o visual do lugar".

Ultimamente anda meio afastado de programas de massa, é cult: desde 2004 é o apresentador do programa Sem Frescura, no Canal Brasil. Para ser debochado, ali não precisa representar: é ele mesmo, implacável.

Pois essa grande figura pretende voltar ao palco, mas desta vez o palco será outro. Também irá sem encenação, será ele mesmo, libertino, irreverente. Sincero de cortar fundo na carne, sua ou de quem quer que seja.

Resolveu ser vereador da cidade de São Paulo, pelo Partido Socialista Brasileiro - PSB.

Noves fora o partido, vamos considerar a hipótese de transferir o título de eleitor, para darmos uma sufragada no ilustre empinante, eterno boêmio. Só de pensar em vê-lo enquadrando os patrunfos, sem dó nem perdão... 

Cá entre nós: que besteira, Paulo, vai logo para deputado federal, está eleito!

Já bolou o seu primeiro slogan de campanha:

"Cu e voto não se pedem, se ganham".

Como eu disse, tá eleito.

Viva o Paulo!

Y así pasan los dias.


Salito (de volta).



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