sábado, 17 de marzo de 2012

Na cerveja da Copa, rodízio de máfias na Charge do Dias

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Miquirina Segundo telefonou às 9 h, estacionado defronte ao Açougue Beleza, em San Pablo. Hoje haverá churrasco no Armênia, o bairro esquecido da metrópole. "Falam que até durante o dia há fantasmas andando n'algumas ruas abandonadas do Armênia, nas madrugadas se ouve gritos terríveis, o expurgo de toda a tristeza do insepulto genocídio turco. Andamos misturados a eles, ninguém nos vê, mas estamos bem vivos, tanto que Salito desafiou Mr. F. Febraban a vir nos procurar...", disse Miquirina. Acrescentou que está duro de convencer Carlito Dulcemano Yanés a retornar, o companheiro insiste em continuar limpando os domínios da turma de Mr. F.  Febraban: Jardins, Pinheiros e Morumbi, esconderijos de mafiosos.
Enfim, bom churrasco, hermanos.

Neste momento recebo as obras do dia, escolhidas pelos boêmios do Botequim do Terguino e do Beco do Oitavo, sob a coordenação de Leila Ferro, que também indica a sua. Este João da Noite acaba dar o primeiro gole no suco de frutas, hoje melão com laranja. Espreme-se as laranjas sobre o melão espanhol batido, claro. Suco batizado, mais claro ainda.

O Beco do Oitavo escolheu a charge do Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE). Bebida nos estádios. Por falar nisso, outro dia a hipocrisia nacional criticou um patrunfo por receber um bicheiro no palácio. Pois é. Receber o ditador Kadafi podia, né? Receber o terrorista Bush?, claro que sim, com honras. Receber mafioso? Normal.

Os Patrunfos, mentirosos de sempre - os que compraram mandato e a imprensa dos barões do mal-havido, vêm lidando mal com este assunto da bebida nos estádios. Pensando bem, são os mesmos que atocharam nos abobados esse bode na sala chamado cigarro, mas o cigarro fica para outro dia. Acendo um.

A rigor não se trata de permitir a venda de cerveja, a proibição que existe é uma bobagem, de algum filhinho-de-papai ceguinho de nascença que não tinha o que fazer e misturou tudo. Em tempos idos sempre bebemos nos estádios, era festa. Beira Rio superlotado, cem mil pessoas, em dia de Grenal, em tese um dos jogos mais "perigosos" do Brasil, e rebordosa era coisa rara, não mais que em butecos e bailes.

O problema é a maldita droga, que por sua vez tem origem em problemas sociais que os mesmos patrunfos criaram, agora explodindo sob a forma de um problema social muito maior, que reúne os anteriores sob efeito do estimulador sintético (bosta de vaca é que não é). O infeliz que vai criar confusão no estádio é o mesmo que, não havendo estádio, criaria confusão no baile funk, e, não havendo este, em qualquer outro lugar, até um dia descobrir os endereços certos, alguns deles citados no primeiro parágrafo.

Na realidade o que o mafioso da Fifa quer é atropelar a Constituição e as Leis do Brasil. Não que ele seja contra as leis do Brasil ou do Burundi: é pelo dinheiro de negócios com máfias associadas. Entre outros abusos, quer monopólio, que a cerveja a ser vendida seja só a sua, e não apenas dentro do estádio, também em seu derredor. Quer me obrigar a ingerir aquela porcaria. O seu João do Ovo, que vende outra marca - seus butequeiros detestam a Bundaweiser, terá que fechar o buteco que tem há anos a um quarteirão do Beira Rio, e que é o seu sustento, só para agradar o raposão. Isso apenas no que se refere a bebida, de que tratamos agora, pois na verdade envolve uma série de "produtos" que pretende empurrar goela abaixo do nosso culto povo.

De tantas (a lei inteira o é), uma piada:

Art. 11. A União colaborará com Estados, Distrito Federal e Municípios que sediarão os Eventos e com as demais autoridades competentes para assegurar à FIFA e às pessoas por ela indicadas a autorização para, com exclusividade, divulgar suas marcas, distribuir, vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos e serviços, bem como outras atividades promocionais ou comércio de rua, nos Locais Oficiais de Competição, nas suas imediações e principais vias de acesso.

Sabemos que quem assinou a promessa de dar tudo para eles foi o Lula. E daí, já vimos esse sujeito até permitir a entrada de uma gigantesca cruz no palanque, em meio ao comício, por meia-dúzia de doentes (aquilo era mais que fanatismo) religiosos que lhe dariam "apoio". Saímos de lá na hora, vomitando. Então o que ele faz ou deixa de fazer, brandindo como sua a Carta aos Brasileiros que o Delfim Netto escreveu, vale coisa nenhuma.

Puxa, fugi do assunto. A obra do Sinfrônio! Por enquanto desejamos felicidades aos piratas daqui e d'além mar.



 


Tive de tomar três copos de suco depois dessa. Ufa. Aprendam com os mais velhos, amigos: 3/4 de suco, 1/4 de gin. Dos deuses.

Bem, prosseguindo, ía para a escolha do Botequim do Terguino. Opa, parece sugerir a escória humana, o capeta sob a forma de insegurança e covardia. Sobre essas pobres almas tudo já foi dito.
A obra é do grande Humberto, do Jornal do Commercio (Recife, PE).



A senhorita Leila Ferro escolheu a charge do Casso, do Diário do Pará (Belém, PA). Falamos nisso na capa lá em cima, é de doer. E o otário aqui ainda lembra dos brasileiros famosos, os pobres de alma, que só ajudam alguém se a comissão for boa.

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