lunes, 31 de diciembre de 2012

Mário Reis, 105 anos, canta Chico Buarque

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Hoje recordamos o nascimento do espetacular Mário Reis (Mário da Silveira Meirelles Reis, Rio de Janeiro, 31/12/1907 - 5/10/1981). Há matéria sobre o grande artista neste blog, clique AQUI.

Hoje com o samba "Bolsa de Amores", do Chico, que foi censurado pela ditadura militar, gravado em 1971. A estupidez dos censores da "Redentora" não aliviava nem as nossas antigas glórias nacionais.

Para Jucão da Maresia, que diz não entender bulhufas de Bolsa: a composição, ainda que pouco difundida, é mais uma excepcional sacada do Chico, falando na Bolsa de Valores, lote de ações, ação ordinária (e não preferencial) ao portador, filhote (bonificação em ações), lucro, oscilação de mercado - no caso, queda na cotação, dividendo e bonificação em dinheiro, e evitando, sabiamente, falar em subscrição...

A respeito do samba, o Dicionário Cravo Albin esclarece o pretexto usado pelos milicos para censurá-lo:
 
A comparação entre a "moça fria e ordinária" com o mercado de ações na época em que se vivia o "Milagre Brasileiro" fez com que o samba fosse taxado de ofensivo à imagem da mulher brasileira. A gravação de "Bolsa de Amores" só seria lançada mais de dez anos após a morte do cantor, em 1993, no CD "Mário Reis canta suas criações em hi-fi", que contém os LPs gravados em 1960 e 1971.

Incomodado com a censura ao samba o cantor insistiu para que a faixa fosse mantida no disco, ainda que sem o som da gravação, numa clara atitude de protesto. O disco foi lançado num show no Golden Room do Copacabana Palace em três apresentações com casa lotada, tendo sido aplaudido de pé por mais de dez minutos. Foi uma de suas últimas aparições públicas.

 

 

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