viernes, 21 de octubre de 2011

Égua!, n'A Charge do Dias

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Ponto 1 - Das duas uma: ou ainda estamos com um humor de cão, resvalando na idiotice de culpar o maldito mundo quando no baile não toca a música que gostaríamos, ou quando "aquela" mulher não nos tira para dançar, deixando para trás a fila de babões que a querem (já é 3 da matina e ela dançou com 40, uminha e agradeceu, e lá de dentro do vestido vermelho fica me olhando, eu lá do fundo, última mesa, olho para o outro lado, vai ter que me tirar), ou são os nobres artistas que miraram com flecha em diagonal, pela física de ellos, exatamente como querem os verdadeiros criminosos. Vistas assim aqui da parte de cima da palafita (o exame e as escolhas não nos competem), é um grito de omissão, audível em todo o planeta.
Cada vez que escrevo Vista assim... recordo Hermínio Bello de Carvalho. Saravá, meu irmão, rei dos reis de amor, aí do alto.

Por alguma razão, a imensa maioria coloca no inferno o ditador capturado e a seguir assassinado a sangue-frio. Acompanhado do diabo, do Sadam, etc. 

Não vimos o Bush a caminho de tão agradável sítio. Nem o Tio Sam, aquele velho carniceiro.

Enfim...

Ponto 2 - No Botequim do Terguino os ânimos se exaltaram hoje, perto do meio-dia, por conta de uma charge infernal. O velho Terguino Ferro discutiu com Gustavo Moscão e negou-se a lhe servir bebida. Disse: "Agora as cervejas são todas minhas, não sirvo mais vagabundo". E começou a bebê-las, uma a uma, rosto fechado. Putz, chamar o Moscão de vagabundo..., foi para o espaço a lei maior dos boêmios, do respeito a todo custo. Todos os demais se prepararam para uma intervenção no braço, a qualquer momento. Mr. Hyde, que é do Beco mas estava de visita, simulou pegar uma seringa e injetar, para acalmar os malucos. Ninguém achou graça. O Gustavo abriu o jornal e ficou fingindo procurar algo, calmamente, mais sério que guri que fez arte. O Moscão calmo! Terguino ainda rosnou: "Gente que lê o Estadão tem mais que apanhar". Desceu aquele silêncio que grita. Algo não estava certo. João da Noite nos contou. João disse que nunca mais olharia para eles, se fossem às vias de fato. Briga de mão ou garrafa é para gentalha. Homem dá um tiro. Menos, João.

Às duas da tarde Terguino saiu detrás do balcão, Gustavo levantou-se da mesa 8, caminharam um em direção ao outro. A meio metro, alguns já se levantavam para intervir, quando os malandrões se abraçaram com ímpeto e desataram a rir, um levantando ao outro ao ar feito gangorra. Beijavam-se, os patifes. Era armação, os filhos da mãe estavam combinados, rir do nervosismo do pessoal. Não sabia dessa particularidade dos amigos: bons atores. Mas isso não se faz. Hijos de...

Ponto 3 - As obras escolhidas, às seis da tarde.

Os herméticos do Beco do Oitavo ficaram com o grande Cláudio, do Agora S. Paulo. Cláudio vem de dizer o que outro dia falamos: que ninguém aguenta mais a reprise do mesmo velho filme sobre gangues, o mesmo papo furado.





O Botequim do Terguino, em festa depois do inaudito fato, que deixou a todos tensos (agora entendemos, foi um treino sobre o que não se deve fazer, educativo), abraçou ao Renato, de A Cidade (Ribeirão Preto, SP).




E ele, Adolfo Dias Savchenko, que brotou na paisagem sem a negra Conceição e seu fusô enfiado (ninguém perguntou nada), pediu uma losna, olhou tudo, mirou o teto por duas horas e depois disse seco: "Fico com o  Niuton", referindo-se ao Newton Silva, do Jangadeiro Online (Fortaleza, CE). Égua bicho!




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